Reportagem
|

Covid-19. A situação ao minuto do novo coronavírus no país e no mundo

por RTP

António Cotrim - Lusa

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a propagação do SARS-CoV-2 à escala internacional.

Mais atualizações

VEJA A INFOGRAFIA COM TODOS OS DADOS ATUALIZADOS DA SITUAÇÃO EM PORTUGAL. CLIQUE AQUI


00h09 - Peritos da OMS desaconselham uso de medicamento remdesivir

Um grupo de peritos da Organização Mundial de Saúde (OMS) desaconselhou o uso do medicamento antiviral remdesivir para tratar a covid-19, por falta de provas de que seja eficaz.

O painel de peritos internacionais, especialistas de todo o mundo que fazem parte de um grupo de desenvolvimento de linhas orientadoras da OMS, não sugere o uso do medicamento em doentes hospitalizados com covid-19, estejam ou não em situação grave, por falta de provas de que influencie a sobrevivência ou a necessidade de ventilação.

O remdesivir tem sido apontado como um tratamento potencialmente eficaz para casos graves de covid-19 e é muito usado para tratar pessoas hospitalizadas.

A recomendação agora divulgada, segundo um comunicado da OMS, baseia-se numa nova revisão de provas, comparando os efeitos de vários medicamentos contra a covid-19, e inclui dados de quatro ensaios internacionais que envolveram mais de 7.000 pessoas hospitalizadas com covid-19.

Após uma revisão exaustiva das provas o painel de peritos concluiu que o remdesivir "não tem qualquer efeito significativo na mortalidade ou noutros resultados importantes para os doentes, como a necessidade de ventilação ou a rapidez nas melhoras", diz o comunicado.

Os especialistas sublinharam que não há provas de que o remdesivir tenha qualquer benefício para os doentes. E desaconselham o seu uso, quer pela possibilidade de efeitos secundários quer pelo que implica a sua administração (intravenosa).

Em 16 de outubro foram divulgados pela OMS os resultados de um ensaio que patrocinou segundo os quais os medicamentos remdesivir e interferon não eram eficazes na luta contra a covid-19.

Nesse mesmo dia, em conferência de imprensa, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que até então a dexametasona corticosteroide era a única terapêutica comprovada como eficaz contra a covid-19, para doentes com doenças graves.

23h45 - Biden rejeita novo confinamento nacional

O presidente-eleito dos Estados Unidos, o democrata Joe Biden, rejeitou hoje um novo confinamento a nível nacional, apesar do aumento no número de infeções pelo novo coronavírus em todo o país nas últimas semanas.

"Nenhuma circunstância poderia justificar, aos meus olhos, um confinamento nacional total. Acho que seria contraproducente", vincou Joe Biden, em Wilmington, no Delaware.

O ainda Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), o republicano Donald Trump, também já tinha rejeitado um novo confinamento nacional, na eventualidade de permanecer no cargo, na primeira conferência de imprensa que deu depois de Biden ter sido declarado o vencedor.

23h14 - Bruxelas faz recomendações sobre alívio de restrições para evitar nova vaga

A Comissão Europeia vai apresentar aos países da União Europeia (UE) recomendações sobre o levantamento gradual das restrições adotadas para conter a covid-19, visando evitar uma eventual terceira vaga, dadas as "lições tiradas" no verão.

"Todos aprendemos lições com o que ocorreu no verão, [nomeadamente] que o levantamento das medidas restritivas após uma vaga - neste caso foi depois da primeira - é bastante complexo e que aliviar essas restrições demasiado cedo pode ter bastante impacto na situação epidemiológica", afirmou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Falando em conferência de imprensa, em Bruxelas, após um Conselho Europeu por videoconferência sobre a pandemia de covid-19, a responsável vincou que, "desta vez, as expectativas têm de ser melhor geridas".

Por essa razão, "vamos apresentar uma proposta para uma abordagem gradual e coordenada para o levantamento das medidas de contenção e isso será muito importante para evitar o risco de uma nova vaga", referiu Ursula von der Leyen.

As declarações da líder do executivo comunitário foram feitas numa altura em que se especula como serão as restrições na UE na altura do Natal, o que vai sempre depender da evolução da situação epidemiológica, embora a própria responsável e alguns especialistas tenham já advertido que esta será uma época natalícia "diferente".

23h07 - Costa espera resolução do bloqueio polaco e húngaro e que Portugal tenha 16 milhões de vacinas

O primeiro-ministro afirmou esta noite esperar que o impasse provocado pelo veto polaco e húngaro ao orçamento plurianual e ao fundo de recuperação europeu seja resolvido já em dezembro, ainda durante a presidência alemã do Conselho.

António Costa transmitiu esta expectativa do Governo português em declarações aos jornalistas, depois de ter participado num Conselho Europeu, por videoconferência, que teve como tema central o alinhamento de estratégias entre os Estados-membros para o combate à covid-19.

O primeiro-ministro afirmou também que Portugal está preparado para comprar cerca de 16 milhões de doses de três vacinas contra a covid-19. "Relativamente a três das vacinas, já estão definidas as doses a comprar: Numa 6,9 milhões; em outra 4,6 milhões; e, na terceira, 4,5 milhões", disse António Costa.


22h55 - Comissão Europeia espera primeira autorização a vacina em dezembro

A Comissão Europeia disse este final de tarde que a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) poderá dar uma primeira autorização comercial às vacinas para a covid-19 desenvolvidas pela BioNTech e Pfizer e pela Moderna na segunda metade de dezembro.

"A EMA diz-nos que a autorização condicional de mercado - que é ainda uma de fase muito inicial - pode acontecer já na segunda metade de dezembro, se tudo correr sem qualquer problema", declarou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Falando em conferência de imprensa, em Bruxelas, após um Conselho Europeu por videoconferência sobre a pandemia de covid-19, a responsável assegurou que todas as vacinas "vão ser avaliadas rigorosamente pela EMA antes de serem autorizadas" na União Europeia (UE), nomeadamente as cinco que o executivo comunitário já contratualizou com várias farmacêuticas.

"Claro que, de início, receberemos apenas poucas doses e as maiores só surgirão depois", recordou Ursula von der Leyen, notando que os países têm de "ter isso em mente" nos planos de vacinação para a covid-19, em que vão definir os grupos prioritários a vacinar.


22h44 - Portugal preparado para comprar 16 milhões de doses de vacinas

O primeiro-ministro afirmou hoje que Portugal está preparado para comprar cerca de 16 milhões de doses de três vacinas contra a covid-19 e adiantou que Bruxelas prepara um combate às campanhas de desinformação em relação à vacinação.

21h55 - Museus e Zoo de Washington encerram

Os museus públicos e o Jardim Zoológico da capital notre-americana vão fechar portas a partir de segunda-feira, devido ao aumento dos casos de Covid-19 nos Estados Unidos, anunciou a instituição que gere estes estabelecimentos.

"Com o ressurgimento, à escala regional e nacional dos casos ligados à pandemia de Covid-19, todos os mueseus do Smithsonian, assim como ozoo nacional, vão temporariamente encerrar ao público a partir de 23 de novembro", referiu em comunicado.

Não está prevista data de reabertura.

Tanto os museus como o Jardim Zoológico haviam reaberto progressivamente desde julho, após a primeira vaga de Covid-19, com limitação do número de visitantes e regras de distancioamento social.

A capital estadual norte-americana regista menos de 700 óbitos devido à pandemia e mantém-se fechada em larga escala, com cinemas fechados e restaurantes a só poder funcionar a 50 por cento da capacidade.

21h35 - Como a pandemia tem afetado os treinos de ginástica
21h15 - PCP confirma congresso e anuncia medidas de precaução
20h55 - Vacina da Universidade de Oxford particularmente eficaz em idosos
20h45 -Vários hospitais próximos de esgotarem a sua capacidade de acolhimento
20h35 - Pico de infeções deverá ser na próxima semana 
20h15 - Cruz Vermelha Portuguesa vai receber 10 milhões de euros da UE para testes rápidos

A Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) anunciou hoje que vai receber 10 milhões de euros da União Europeia para comprar testes rápidos de diagnóstico da covid-19 e material médico no âmbito de um apoio da União Europeia.

Este apoio está integrado num montante total de 35,5 milhões de euros atribuído pela Comissão Europeia à Cruz Vermelha para investir em sete países para aumentar a capacidade de testagem à covid-19.   

Em comunicado, a CVP refere que a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC) assinou um acordo com a Comissão Europeia, financiado pelo Instrumento de Apoio a Emergências (ESI), para aumentar o número de testes de diagnóstico da covid-19 que vão ser realizados pelas sociedades nacionais da Cruz Vermelha de Portugal, Áustria, Alemanha, Grécia, Itália, Malta e Espanha.   

A CVP precisa que, em toda a Europa, as Sociedades Nacionais da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho estão a apoiar os sistemas nacionais de saúde no controlo e prevenção da pandemia.

Segundo a CVP, o financiamento da Comissão Europeia vai apoiar "a formação de técnicos e permitirá o acesso a equipamento, materiais médicos e testes rápidos de antigénio para apoio ao trabalho das autoridades de saúde nacionais".  

20h00 - Empresários do Alto Minho exigem "mais e melhores apoios"

A Associação Empresarial de Viana do Castelo (AEVC) exigiu hoje ao Governo "mais e melhores apoios" para "salvar" as micro e pequenas empresas e manter "muitos postos de trabalho".

"Para salvar empresas e postos de trabalho, as empresas necessitam urgentemente de liquidez", avisou a AEVC.  

Em comunicado hoje enviado às redações, a AEVC, que representa cerca de 1.100 associados dos concelhos de Viana do Castelo, Caminha, Vila Nova de Cerveira, Valença e Paredes de Coura, considerados de maior risco de propagação da covid-19, apontou o prolongamento do regime de 'lay off' e das moratórias".

"Os sectores mais afetados terão de beneficiar de taxas reduzidas do IVA e de isenção temporária da Taxa Social Única (TSU). Os próximos apoios financeiros às empresas, para comparticipar o denominado Fundo Social Europeu (FSE) terão de ter maior dimensão e uma elevada componente a fundo perdido", especificou.

A AEVC, que tem sede na capital do Alto Minho, apontou ainda "o perdão temporário das rendas, e maior rapidez na implementação das medidas".

"Não poderemos continuar a assistir ao enorme desfasamento temporal entre o anúncio de uma medida, a sua regulamentação e disponibilização e a entrada dos apoios nos cofres das empresas", refere a nota.

19h25 - Situação no lar de Alhandra onde morreram 21 idosos está controlada - autarca

O presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita, afirmou hoje que a situação no lar de Alhandra onde morreram 21 idosos de covid-19 está controlada, fruto de um esforço das entidades competentes.

Em declarações à agência Lusa, o autarca admitiu que se trata de "um processo complicado" que, neste momento "está controlado", e garantiu que "tudo está a ser feito para que seja rapidamente ultrapassado".

Segundo o presidente da câmara, o serviço de Proteção Civil municipal tem estado a acompanhar a situação "desde que o surto aconteceu", assim como todas as entidades competentes, designadamente a Segurança Social e a autoridade de saúde local, "tentando minorar este problema que o lar tem".

"Foi acionada uma brigada de intervenção rápida e, posteriormente, a Cruz Vermelha também disponibilizou alguns recursos humanos. Neste momento, está em marcha um reforço de recursos humanos através da Segurança social e do Instituto de Emprego e Formação Profissional, através de um programa específico (...) para permitir que muitos dos trabalhadores que foram infetados e que estão em isolamento possam ser substituídos", referiu.

Alberto Mesquita admitiu também que a "situação é grave", com "muitos óbitos a lamentar", e deixou uma palavra de solidariedade aos familiares das vítimas.

19h13 - Reino Unido regista 22.915 novas infeções e 502 mortes

O Reino Unido registou 22.915 novas infeções de covid-19, um aumento desde a véspera, e 502 mortes nas últimas 24 horas, anunciou hoje o Ministério da Saúde britânico, mostrando sinais de desaceleração da pandemia.

Na quarta-feira tinham sido registadas 19.609 novas infeções de covid-19, o número mais baixo desde 2 de novembro, e 529 mortes.

A média diária dos últimos sete dias foi de 23.294 casos e de 406 mortes, valores que refletem uma desaceleração da pandemia, resultado das restrições em vigor.

Inglaterra encontra-se a meio de um confinamento nacional, que termina a 2 de dezembro e a Escócia vai apertar a partir de sexta-feira as restrições em certas regiões do país.

A Irlanda do Norte está a avaliar se vai ou não concluir esta semana o confinamento temporário iniciado em meados de outubro, enquanto que o País de Gales terminou há duas semanas um confinamento de duas semanas após sinais de que os contágios desaceleraram.

O total acumulado desde o início da pandemia covid-19 no Reino Unido é agora de 1.453.256 contágios confirmados e de 53.775 óbitos registados num período de 28 dias após as vítimas terem recebido um teste positivo.

Hoje, um investigador da Universidade de Oxford envolvido no desenvolvimento de uma vacina contra a covid-19 adiantou a equipa espera divulgar os resultados da terceira fase de testes clínicos antes do Natal.

18h55 - Espanha tem 16.233 novos casos e 252 óbitos mas incidência baixa

A Espanha registou hoje 16.233 novos casos de covid-19, elevando para 1.541.574 o total de infetados no país desde o início da pandemia, segundo números divulgados pelo Ministério da Saúde espanhol.

As autoridades sanitárias também contabilizaram mais 252 mortes atribuídas à covid-19, passando o total de óbitos para 42.291.

Deram entrada nos hospitais com a doença nas últimas 24 horas 1.727 pessoas, menos 200 do que na quarta-feira, das quais 315 na Andaluzia, 290 na Catalunha, 199 na Comunidade Valenciana e 188 em Madrid.

Em todo o país há 18.961 pessoas hospitalizadas com a covid-19, menos 400 do que na quarta-feira, o que corresponde a 15,18% das camas, das quais 3.125 pacientes em unidades de cuidados intensivos, o que corresponde a 31,66% das camas desse serviço, um número também a decrescer.

O nível de incidência acumulada em Espanha estabilizou hoje nos 453 casos diagnosticados (menos 17 do que no dia anterior) por 100.000 habitantes nos últimos 14 dias, sendo as regiões com os níveis mais elevados a de Castela e Leão (794), Ceuta (747), País Basco (719), Rioja (654), Aragão (649), Melilla (585), Navarra (470) e Extremadura (424).

A incidência acumulada da covid-19 "está a baixar", salientou hoje Fernando Simon, o epidemiologista chefe do Ministério da Saúde, alertando, no entanto, que os números continuam a ser "muito elevados".

18h45 - Presidente da República fala ao país sexta-feira às 20h

Marcelo Rebelo de Sousa irá dirigir-se aos portugueses amanhã às 20h00, depois da votação na Assembleia da República sobre o novo estado de emergência entre 24 de novembro e 8 de dezembro.

18h25 - Propagação do vírus em França está a "desacelerar"

A circulação da covid-19 em França começa a "desacelerar", continuando elevada em determinadas regiões e que continua a pressionar os hospitais em todo o país, segundo anunciaram hoje as autoridades francesas.

Após três semanas de confinamento, a circulação do vírus começa a "desacelerar", segundo afirmou hoje Jérôme Salomon, diretor-geral da Saúde, em conferência de imprensa. No entanto, algumas regiões continuam a apresentar um número elevado de novos casos como Auvergne-Rhône-Alpes e Bourgogne-Franche-Comté.

Nas últimas 24 horas houve 429 mortes devido ao vírus em todo o país, elevando assim o total de óbitos desde o início da pandemia para 47.127.

Quanto às hospitalizações, há 32.345 pessoas internadas em França devido ao vírus e 4.653 desses pacientes estão internados nos cuidados intensivos, havendo uma ligeira diminuição destes dois indicadores face à véspera.

O número de novos casos positivos de covid-19 em França desde terça-feira é de 21.160, havendo assim 2.086.298 casos confirmados desde o início da pandemia.

18h17 - Líder do CDS isolado após contacto com pessoa infetada

O anúncio de Francisco Rodrigues dos Santos surgiu ao fim da tarde nas redes sociais.

"Na semana passada estive em contacto com uma pessoa infectada por Covid19. Realizei dois testes e ambos deram resultado negativo. Contactei a Linha Saúde 24 e informaram-me que poderia levar uma vida normal, mas o meu médico aconselhou-me a cumprir os 10 dias de isolamento profilático e voluntário, de acordo com as recomendações da DGS", explica Francisco Rodigues dos Santos.

"Obviamente que segui o seu conselho, por uma questão de respeito e consideração pela situação que atravessamos, tendo consciência do exemplo que todos deveremos dar numa altura tão grave e tão séria", acrescenta.

O Presidente do CDS cancelou a agenda e deixou "uma palavra de estímulo" a quem passa pela mesma situação, "uma palavra de coragem e ânimo" aos afetadospela Covid-19 e "um agradecimento muito sentido a todos os que lutam todos os dias, na linha da frente, contra esta pandemia."

18h10 - Norte ultrapassa 100 mil testes protocolados e expande testes rápidos

A Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-Norte) revelou hoje que realizou mais de 100 mil testes moleculares à covid-19 em protocolo com a academia e que os testes rápidos vão estender-se a toda a região na próxima semana.

Em declarações à agência Lusa, o responsável pelo programa de testes da ARS-Norte, Álvaro Pereira, contou que na quarta-feira "foi ultrapassada a barreira dos 100 mil testes PCR [moleculares] e que a aposta na testagem e despistagem será cada vez mais incrementada" na região, referindo-se à testagem quer nas Áreas dedicadas a Doença Respiratória (ADR) dos centros de saúde, quer para fazer face a surtos em lares ou suspeitas em escolas.

Dos 100.180 testes realizados desde abril, 16.668 revelaram resultado positivo ao novo coronavírus.

Na prática, em causa estão os testes que os utentes de centros de saúde fazem por indicação do seu médico de família quando se deslocam às ADR e apresentam sintomas compatíveis com covid-19.

Feitos "na hora" por profissionais dos centros de saúde e enviados para os laboratórios da academia -- faculdades, universidades, institutos e politécnicos que aderiram ao protocolo --, estes testes são gratuitos e o resultado é disponibilizado à ARS-Norte "no máximo em 24 horas".

18h00 - Território indígena do Brasil com aumento de mais de 250% de casos

O número de casos de covid-19 aumentou mais de 250% em três meses na Terra Indígena Yanomami, maior área demarcada brasileira, e um em cada três moradores da região pode ter sido contaminado, segundo a Rede Pró-Yanomami e Ye'kwana.

A organização não-governamental (ONG) realizou um estudo chamado "Xawara -- Rastros da covid-19 na terra indígena Yanomami e a omissão do Estado", com dados aprofundados sobre os casos do novo coronavírus na reserva e constatou que há casos confirmados de contaminação em 23 das 37 regiões.

Os dados mostram que mesmo considerando a baixa sensibilidade dos testes rápidos habitualmente usados para testar indígenas que vivem no território Yanomami, o número de casos confirmados entre os Yanomami e Ye'kwana subiu de 335 para 1.202 nos últimos três meses, um aumento de mais de 250 por cento.

"Como o isolamento social entre os moradores é impraticável nas aldeias, é possível que aproximadamente 10 mil Yanomami e Ye'kwana já estejam expostos ao novo coronavírus, num universo de cerca de 27 mil pessoas, ou seja, mais de um terço da população total, evidenciando uma situação de total descontrolo", referiu o levantamento.

Há o registo de 23 mortes (confirmadas ou suspeitas) atribuídas à covid-19 na Terra Indígena Yanomami, que é habitada pelos povos Yanomami e Ye'kwana, localizada na fronteira do Brasil com a Venezuela, nos estados de Roraima e Amazonas, abrangendo uma área de cerca de 9,6 milhões de hectares.

A sua população atual é superior a 26.785 pessoas (2018), distribuídas em mais de 360 aldeias, interligadas por redes de trocas que mantêm um grande fluxo de pessoas entre as diferentes regiões.

Um dos problemas apontados na reserva indígena é a falta de testes aplicados na população para detetar a doença levada por mineradores ilegais que vivem dentro da reserva (cerca de 20 mil pessoas), segundo dados da ONG.

17h50 - Itália soma 36.176 casos ems 24 horas e prepara Natal "contido"

A Itália registou 36.176 contágios pelo novo coronavírus e 653 óbitos nas últimas 24 horas, números em linha com os dias anteriores, numa altura em que o Governo italiano já avisou que o Natal terá de ser "contido".

Em termos totais, Itália contabiliza, até à data, 1.308.528 casos de pessoas que ficaram infetadas pelo novo coronavírus, de acordo com os dados fornecidos hoje pelas autoridades italianas.

Com a contabilização das novas vítimas mortais, o número total de mortes registadas no país desde o início da crise pandémica, em 21 de fevereiro, sobe para 47.870, segundo o boletim informativo do Ministério da Saúde italiano.

Os casos positivos que estão atualmente ativos em Itália ultrapassam os 760.000, dos quais uma grande maioria são doentes que estão nas respetivas casas com sintomas ligeiros da doença ou estão assintomáticos.

No entanto, os hospitais italianos continuam sob pressão, uma vez que existem mais de 33.600 pessoas internadas, incluindo 3.712 em unidades de cuidados intensivos.

17h40 - Negócios com menos 43% de faturação no fim de semana de recolher obrigatório

As empresas do retalho sofreram quebras de 43 por cento na faturação durante o primeiro fim de semana de recolher obrigatório decretado em 121 concelhos, em comparação com o anterior, de acordo com um relatório da Reduniq, hoje divulgado.

De acordo com os dados recolhidos pela rede de aceitação de cartões nacionais e estrangeiros em Portugal, as categorias de negócio mais afetadas com a redução da faturação nos dias 14 e 15 de novembro, o primeiro fim de semana com recolher obrigatório entre as 13:00 e as 05:00, foram a moda, as perfumarias, a eletrónica, a restauração, bem como os hiper e supermercados, que registaram, respetivamente, quebras de 63 por cento, 57 por cento, 50 por cento, 45 por cento e 42 por cento, comparativamente ao fim de semana anterior.

Já a saúde e o retalho alimentar tradicional sofreram quebras de faturação de sete por cento e de 15 por cento.

Quanto ao número total de transações, a redução registada pelo sistema de retalho português rondou os 37 por cento, concluiu o relatório.

17h35 - Estudo. Apenas 25% dos portugueses mantêm distância recomendada

Mais de um terço dos portugueses saíram de casa nas últimas duas semanas sem ser para ir trabalhar e apenas 25 por cento mantiveram a distância recomendada de dois metros entre as pessoas, segundo um estudo da Escola Nacional de Saúde Pública.

O estudo Perceções Sociais sobre a Covid-19 foi apresentado hoje pela diretora da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP), Carla Nunes, na reunião do Infarmed que reuniu vários peritos para analisar a situação epidemiológica em Portugal no âmbito da pandemia de covid-19.

Sobre a frequência de saída de casa nas últimas duas semanas sem ser para ir trabalhar, especialmente na última quinzena de novembro, observa-se "uma diminuição de todos os dias ou quase todos os dias", mas com valores "ainda muito elevados" de cerca de 35 por cento, segundo os dados do estudo Barómetro Covid-19 Opinião Social, que inquiriu 182.581 pessoas desde março.

Relativamente à pergunta se o inquirido usou sempre máscara quando saiu de casa e esteve com outras pessoas, observou-se uma melhoria novamente em setembro e outubro, mas ainda há 20 por cento a dizerem que nem sempre usaram.

17h30 - Norte lídera nos novos casos e nos óbitos

A DGS indica que, das 69 mortes registadas nas últimas 24 horas, 29 ocorreram na região Norte, 24 na região de Lisboa e Vale do Tejo, 12 na região Centro, uma no Alentejo e cinco no Algarve.

Segundo o boletim, 63 por cento dos novos casos situam-se na região Norte, que contabilizou nas últimas 24 horas mais 4.415 infeções, totalizando 124.572 casos de infeção e 1.726 mortos desde o inicio da pandemia.

Na região de Lisboa e Vale do Tejo foram notificados mais 1.542 novos casos de infeção, contabilizando-se agora 84.800 ocorrências e 1.363 mortes. Na região Centro registaram-se mais 724 casos de infeção, contabilizando-se agora 22.921 e 466 mortos. No Alentejo foram registados mais 145 novos casos, totalizando 4.825 e 89 mortos. A região do Algarve tem hoje notificados mais 102 casos de infeção, somando 4.459 casos e 40 mortos desde o início da pandemia.

Na Região Autónoma dos Açores foram registados 40 novos casos nas últimas 24 horas, somando 684 infeções detetadas e 15 mortos desde o início da pandemia. A Madeira registou 26 novos casos nas últimas 24 horas, contabilizando 748 infeções e dois óbitos.

A DGS refere também que as autoridades de saúde têm em vigilância 80.097 contactos, mais 470 em relação a quarta-feira, e que foram dados como recuperados mais 4.222 doentes, num total de 157.924 desde o início da pandemia.

No boletim, a Direção-Geral da Saúde precisa que a 16 de novembro houve uma atualização do sistema de tecnologia de análise de dados provenientes do SINAVE (Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica), tendo sido atualizado o número cumulativo de casos confirmados e recuperados nessa data.

Os casos confirmados distribuem-se por todas as faixas etárias, situando-se entre os 20 e os 59 anos o registo de maior número de infeções.

O novo coronavírus já infetou em Portugal pelo menos 107.130 homens e 131.249 mulheres, de acordo com os casos declarados.

O boletim de hoje refere que há 4.630 casos confirmados de sexos desconhecidos que se encontram sob investigação, uma vez que estes dados não são fornecidos de uma forma automática.

Do total de vítimas mortais, 1.897 eram homens e 1.804 mulheres.

O maior número de óbitos continua a concentrar-se nas pessoas com mais de 80 anos.

17h27 - Vizela avança com testes rápidos a alunos que terminem isolamento profilático

A Câmara de Vizela, no distrito de Braga, vai assegurar a realização de testes rápidos aos alunos das escolas do concelho que terminem o cumprimento do isolamento profilático, anunciou hoje a autarquia.

Segundo uma nota camarária, a decisão foi tomada após uma reunião realizada esta manhã entre o presidente da Câmara, a Delegada de Saúde e os presidentes dos agrupamentos de escolas do concelho, com o objetivo de avaliar as regras e planos de contingência, com as diretrizes de atuação das escolas no âmbito da ocorrência de casos positivos em contexto escolar.

"Assim, e tendo em atenção que, de acordo com as regras de exigência de um teste covid negativo aos alunos que regressam às escolas após vigilância ativa e isolamento profilático, e atendendo às dificuldades de resposta atempada para a realização desses testes, a Câmara Municipal de Vizela irá assegurar a realização de testes antigénio aos alunos que terminem o cumprimento do isolamento profilático", refere a mesma nota.

De acordo com a autarquia, estes testes, que se destinam a assegurar o regresso em segurança dos alunos às escolas, começarão a ser realizados na sexta-feira na Casa da Cultura, por equipas de profissionais de saúde.

17h23 - Autoridades sanitárias dos EUA pedem aos americanos para não viajar no fim do mês

A data do Dia de Ação de Graças, uma das maiores festas de família nos Estados Unidos, está marcada para o fim do mês, mas as autoridades de saúde estão a pedir às pessoas para não viajarem, como é hábito nesta época, para visitar os familiares.

Os Centros americanos de prevenção e de luta contra a doença explicaram que a pandemia, que está numa fase "exponencial", exige a maior prudência.

"Os CDC recomendam que não se viage no período do Thanksgiving", anunciou Henry Walke, reponsável do DCD para appandemia, numa conferência de imprensa. "Não é uma obrigação, é uma forte recomendação", especificou.

17h10 - Encerramento de grandes centros comerciais na calha

Projeto de diploma enviado pela Presidência prevê que, no novo período do estado de emergência, possam ser encerrados os grandes centros comerciais e que as instalações das Forças Armadas possam ser utilizadas para instalar hospitaios de campanha.

Volta ainda a permitir o confinamento compulsivo de pessoas infetadas ou em vigilância ativa, assim como o encerramento total ou parcial de estabelecimentos, serviços e empresas.

As medidas poderão ainda ser "calibradas" a partir do estado de emergência de cada município. 

De acordo com o diploma que seguiu para votação na Assembleia da República, fica parcialmente suspenso o exercício dos direitos à liberdade e de deslocação, permitindo-se, "na medida do estritamente necessário e de forma proporcional, o confinamento compulsivo em estabelecimento de saúde, no domicílio ou, não sendo aí possível, noutro local definido pelas autoridades competentes, de pessoas portadoras do vírus SARS-CoV-2, ou em vigilância ativa".

O projeto de decreto do Presidente da República limita também o exercício da iniciativa privada, social e cooperativa, estabelecendo que "pode ser determinado pelas autoridades públicas competentes o encerramento total ou parcial de estabelecimentos, serviços, empresas ou meios de produção e impostas alterações ao respetivo regime ou horário de funcionamento".

Nem o confinamento compulsivo nem o encerramento de estabelecimentos estão previstos no decreto do estado de emergência atualmente em vigor.

16h55 - Presidente da República propõe ao Parlamento renovação do estado de emergência

Depois de ouvido o Governo, que se pronunciou esta tarde em sentido favorável, o Presidente da República acabou de enviar à Assembleia da República, para autorização desta, o projeto de diploma renovando o estado de emergência por 15 dias, de 24 de novembro a 8 de dezembro. 
"Depois de ouvido o Governo, que se pronunciou esta tarde em sentido favorável, o Presidente da República acabou de enviar à Assembleia da República, para autorização desta, o projeto de diploma renovando o estado de emergência por 15 dias, de 24 de novembro a 8 de dezembro", lê-se numa nota divulgada no portal da Presidência da República na Internet.

O atual período de estado de emergência começou às 00:00 no passado dia 09 e termina às 23:59 da próxima segunda-feira, 23 de novembro. O respetivo diploma foi aprovado no parlamento com votos a favor de PS, PSD e CDS-PP, abstenções de BE, PAN e Chega e votos contra de PCP, PEV e Iniciativa Liberal.

Para renovar por mais 15 dias este quadro legal, que permite a suspensão do exercício de alguns direitos, liberdades e garantias, o Presidente da República tem de ter ouvir o Governo e de autorização da Assembleia da República, que irá votar este diploma na sexta-feira.

16h50 - Espanha coloca preço máximo das máscaras faciais descartáveis a 62 cêntimos de euro

O Ministério da Saúde espanhol anunciou que o recente corte no IVA das máscaras faciais de uso único, de 21 para 4 por cento, decididos no início da semana, vão refletir-se no seu preço máximo, que passa para 0.62 euros.

O corte no preço será o segundo anunciado em sete dias, já que o topo tinha sido reduzido sexta-feira passada dos 96 cêntimos de euro iniciais. Já o IVA a quatro por cento para as máscaras entrou em vigor esta quinta-feira.

Há vários meses que o uso de máscara a cobrir a boca e o nariz é obrigatório em Espanha, para todos a partir dos seis anos. O país regista o segundo mais alto número de pessoas infetadas na Europa desde o início da pandemia.

A região catalã anunciou também esta quinta-feira um ligeiro abrandamento da severidade das medidas de contenção da pandemia, após um mês, com a reabertura de bares e de restaurantes a partir se segunda-feira até às 21h30, com a capacidade de acolhimento no interior reduzida a 30 por cento do espaço. Cinemas, teatros e salas de espetáculo poderão igualmente reabrir, com uma taxa de ocupação máxima de 50 por cento.

O recolher obrigatório e o isolamento parcial da região irão permanecer em vigor. Este último proíbe a qualquer pessoas a entrada ou saída da região sem justificação grave.

16h45 - Portugal com 6.994 casos de infeção, novo máximo diário

Portugal regista hoje 6.994 novos casos de infeção com o novo coronavírus, o valor diário mais elevado desde o início da pandemia, e mais 69 mortes relacionadas com a covid-19, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).  

Desde o início da pandemia já morreram 3.701 pessoas e foram infectadas 243.009.

Estão internados 3.017 doentes, menos 34 do que ontem, 458 estão nas Unidades de Cuidados Intensivos, mais 26 nas últims 24 horas.

Foram dados como recuperados mais 4.222 doentes desde ontem.

Portugal tem neste momento 81.384 casos ativos, mais 2.703 nas últimas 24 horas.

16h39 - África teme segunda vaga enquanto se prepara para a chegada da vacina

África teme uma segunda vaga de covid-19 e prepara-se para a chegada da vacina, disse hoje a diretora regional da Organização Mundial de Saúde (OMS) para o continente, no balanço semanal da pandemia.

"Existem agora mais de dois milhões de casos de covid-19 em África e, infelizmente, já morreram 48.000 pessoas", afirmou Matshidiso Moeti.

Nos últimos 28 dias, explicou, "os casos aumentaram em relação ao mês passado em 19 países, incluindo o Quénia, Argélia, Gana e Argélia".

Durante a conferência de imprensa 'online' a partir da sede da OMS África, em Brazzaville, o epidemiologista sul-africano Salim S. Abdoul Karim identificou três fatores que poderão contribuir para uma segunda vaga, particularmente na África do Sul: "Complacência" no que diz respeito às medidas de prevenção, grandes reuniões que favorecem a contaminação e as férias de final do ano.

16h25 - Ordem dos Enfermeiros "seriamente preocupada" com situação nos Açores

A Ordem dos Enfermeiros manifestou-se hoje "seriamente preocupada" com o aumento de casos de covid-19 nos Açores, apontando "fragilidades" ao Sistema Regional de Saúde, agora "muito mais agravadas" com "a intensidade" do combate à pandemia.

"Sem dúvida que estamos seriamente preocupados e também porque já percebemos que há contágios em profissionais de saúde e nos Açores os recursos são muito limitados. Essa é uma das nossas grandes preocupações", afirmou à agência Lusa o presidente do conselho diretivo regional da Ordem dos Enfermeiros dos Açores, Pedro Soares.

Os Açores têm atualmente 226 casos positivos ativos e 16 cadeias de transmissão ativas.

"Com o aumento que tem acontecido, principalmente nos últimos dias de contágio na população, aumenta também, e de forma considerável, a preocupação ao nível da Ordem dos Enfermeiros", sublinhou Pedro Soares, que considera necessária "uma reação rápida" no sentido de mitigar o impacto desta segunda vaga de novas infeções, tendo como foco os utentes Covid-19, assim como os "não-Covid".

A Secção Regional dos Açores da Ordem dos Enfermeiros divulgou hoje um documento com a sua visão para "uma atuação imediata, com vista a um controlo e gestão da saúde nos Açores" no contexto da pandemia, propostas que ao longo dos próximos dias irá fazer chegar ao novo Governo Regional e parceiros políticos.

16h20 - Chega critica "restrições absurdas com impacto fortíssimo"

No final da reunião na sede do Infarmed, André Ventura do Chega sublinhou a quebra na confiança das instituições e lembra as consultas desmarcadas ou adiadas, ou os "milhões de portugueses" que não recorrem a cuidados de saúde por receio.
André Ventura criticou ainda o que considera serem "restrições absurdas", sobretudo ao fim de semana, para o setor da restauração.

O líder do Chega anunciou ainda que irá votar contra a declaração de novo estado de emergência.

16h14 - Verdes lembram necesidade de proteger transportes públicos e locais de trabalho

No final da conferência na sede do Infarmed, Mariana Silva do PEV, destacou a importância de reforçar a proteção nos transportes públicos e nos locais de trabalho, tendo em conta que o teletrabalho não é possível em todas as situações.
A responsável enfatizou ainda que é importante reforçar os cuidados de saúde primários e permitir que os centros de saúde estejam disponíveis para a população.

16h10 - PAN. "Estado de emergência não deve ser desgastado"

No final da reunião no Infarmed, Inês Sousa Real, líder parlamentar do PAN, reconhece a responsabilidade da ação individual mas considera que o Estado também deve ser responsabilizado.
A responsável alerta para o perigo de "desgastar" o estado de emergência e salienta a importância de reforçar o SNS ao nível de profissionais mas também com o contributo das Forças Armadas.

16h08 - Açores com 25 novos casos e 12 recuperações nas últimas 24 horas

As 1.473 análises realizadas nas últimas 24 horas nos dois laboratórios de referência dos Açores diagnosticaram 25 casos positivos de covid-19, 12 em São Miguel e 13 na ilha Terceira, e há ainda 12 recuperações a registar.

A informação consta do boletim diário de hoje da Autoridade de Saúde Regional, acrescentando que as recuperações de doentes ocorreram uma na ilha de Santa Maria, sete na ilha de São Miguel, uma na ilha Terceira e três na ilha de São Jorge.

Deste modo, o total de casos recuperados ascende a 372.

A região "conta agora com 14 cadeias de transmissão extintas e 15 cadeias de transmissão ativas, sendo nove na ilha de São Miguel, quatro na ilha Terceira, uma partilhada entre a ilha de São Miguel e a ilha de São Jorge e uma na ilha de São Jorge", de acordo com a Autoridade de Saúde dos Açores.

16h00 - PCP defende reforço da estrutura de saúde pública para evitar medidas "à pressa"

No final da reunião do Infarmed Jorge Pires, do PCP, realça que o crescimento está a ser mais lento, mas nota com desagrado a intenção de implementar medidas que têm em vista condicionar os direitos das pessoas e a mobilidade.
O responsável comunista critica a tendência para o confinamento sem olhar a novas medidas no plano sanitário, nomeadamente ao nível do reforço da estrutura da saúde pública, necessário não só para o combate à Covid-19 mas também para outras patologias, de forma a evitar que, como agora, as medidas sejam tomadas "à pressa".

15h50 - CDS: "Governo tem andado a reboque das circunstâncias"

António Carlos Monteiro do CDS-PP salienta, no final da reunião na sede do Infarmed, a situação de rutura sobretudo nos cuidados intensivos. O Governo "tem andado a reboque das circunstâncias e não preveniu", acrescentou ainda.
O responsável salienta ainda que qualquer declaração do estado de emergência deve ter em conta "os mais vulneráveis" e que o Governo deve dizer antecipadamente quais são as medidas que tenciona decretar.

15h40 - Bloco de Esquerda destaca que são necessários "mais profissionais" no SNS

No final da reunião na sede do Infarmed, Moisés Ferreira, do Bloco de Esquerda, sublinha que o país atravessa situação epidemiológica preocupante, sobretudo com dificuldades ao nível de recursos humanos no SNS.
O bloquista destaca que são necessários mais profissionais de saúde no SNS e enfatiza que a contratação não pode ser precária e que deve recorrer-se à requisição de recursos do setor privado sempre que necessário.

15h30 - PSD: "Somos um barco de vela a navegar às escuras e sem bússola"

No final da reunião na sede do Infarmed, Ricardo Batista Leite do PSD criticou a atuação do Governo nos últimos meses. "Fica-se com a sensação que a falta de preparação levou ao descontrolo", apontou.
O social-democrata salientou ainda que neste momento não é possível identificar a ligação epidemiológica da grande maioria dos casos (80 por cento). "Somos um barco de vela a navegar às escuras e sem bússola", considerou.

15h25 - "Estado de emergência deve continuar", defende o PS

José Luís Carneiro, secretário-geral Adjunto do PS, destacou a importância do regresso das reuniões no Infarmed e considerou que o atual momento "é crítico", ainda que comecem a surgir indicadores "relativamente positivos".
O responsável socialista sublinha que é necessário renovar o estado de emergência tendo em conta não só a evolução da pandemia, mas também as consequências psicológicas e sociais que se começam a evidenciar.

15h20 - Um em cada quatro professores pertencem a grupos de risco

Cerca de um em cada quatro professores pertencem a algum grupo de risco para a covid-19, segundo os resultados de um inquérito da Federação Nacional da Educação (FNE) divulgados hoje.

Entre os mais de mil docentes inquiridos, 26,4% indicaram pertencer a algum grupo de risco, revela o relatório "Condições das Escolas no Regresso das Aulas Presenciais".

"Atendendo a que em 2019 existiam em Portugal, de acordo com a Pordata, 146.992 docentes, isto corresponde a cerca de 38.800 docentes, aproximadamente um em cada quatro", explica a organização sindical.

15h14 - Teste negativo obrigatório para embarque para os Açores em vigor a partir de sexta-feira

Os passageiros que viajarem para os Açores estão obrigados, a partir de sexta-feira, a apresentar antes do embarque um comprovativo de realização de teste de despiste do novo coronavírus com resultado negativo, segundo um diploma hoje publicado.

De acordo com o Decreto Regulamentar Regional, publicado hoje em Diário da República, a partir de sexta-feira, os passageiros que pretendam viajar para os Açores por via aérea, e que sejam provenientes de zonas consideradas, pela Organização Mundial de Saúde, como sendo zonas de transmissão comunitária ativa ou com cadeias de transmissão ativas do vírus SARS-CoV-2, estão obrigados a apresentar, previamente ao embarque, comprovativo, em suporte digital ou de papel, de documento emitido por laboratório, nacional ou internacional, de realização de teste de diagnóstico ao SARS-CoV-2 com resultado negativo.

Os testes de diagnóstico de SARS-CoV-2 devem ser realizados pela metodologia RT-PCR nas 72 horas antes da partida de viagem com destino final ao território da Região Autónoma dos Açores.

15h10 - OMS alerta para segunda vaga mortal no Médio Oriente

Um dirigente da Organização Mundial de Saúde avisou hoje que, perante o aumento do número de casos de covid-19, a única maneira de evitar mortes em massa no Médio Oriente é aplicar restrições e medidas preventivas rapidamente.

Numa conferência de imprensa no Cairo, Egito, Ahmed al-Mandhari, diretor regional da Organização Mundial da Saúde para o Mediterrâneo Oriental, que inclui a maior parte do Médio Oriente, expressou preocupação com o facto de os países da região estarem a baixar a guarda depois de duros confinamentos impostos no início do ano.

As medidas essenciais para a resposta à pandemia, desde o distanciamento social ao uso da máscara, "ainda não estão a ser totalmente praticadas na região", apontou, acrescentando que o resultado é visível nos hospitais lotados.

No Médio Oriente, o vírus já infetou mais de 3,6 milhões de pessoas e matou mais de 76.000 nos últimos nove meses, o que levou al-Mandhari a alertar que "as vidas desse mesmo número de pessoas - se não mais - estão em risco", apelando à ação para "prevenir que esta trágica premonição se torne realidade".

Mais de 60% de todas as novas infeções na semana passada foram contabilizadas no Irão, Jordânia e Marrocos, vincou al-Mandhari.

Além disso, os casos têm aumentado no Paquistão e Líbano, que entraram em confinamento no início desta semana, enquanto a Jordânia, Tunísia e Líbano registaram os maiores picos de mortes diários na região.

A pior situação na região foi no Irão, onde as infeções dispararam nos últimos meses, enchendo hospitais e aumentando o número de mortes.

15h06 - Brasil recebe 120 mil doses de vacina chinesa contra novo coronavírus

O Brasil, um dos países do mundo mais afetados pela pandemia de covid-19, recebeu hoje 120 mil doses da Coronavac, potencial vacina produzida pelo laboratório chinês Sinovac, que está em fase final de desenvolvimento.

O primeiro lote do imunizante, cuja aplicação depende da divulgação dos resultados científicos da pesquisa que envolveu o desenvolvimento do medicamento, e da aprovação das autoridades sanitárias, chegou hoje a São Paulo, que fechou um contrato com a Sinovac para receber um total de 46 milhões de vacinas.

O avião que transportava as vacinas e que deixou a China na segunda-feira pousou hoje de manhã no Aeroporto Internacional de Guarulhos, que opera voos internacionais para a cidade de São Paulo.

14h58 - Elementos da PSP, GNR, SEF e Proteção Civil vão realizar inquéritos epidemiológicos

Trezentos elementos da PSP, GNR, SEF e da Proteção Civil vão ser mobilizados para a realização de inquéritos epidemiológicos a doentes com covid-19 e pessoas em vigilância ativa, avançou hoje à Lusa o Ministério da Administração Interna.

Estes 300 elementos das forças e serviço de segurança e da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) fazem parte do grupo de funcionários públicos que vão reforçar a capacidade de rastreio das autoridades e serviços de saúde pública para a realização de inquéritos epidemiológicos no âmbito das medidas de contenção da pandemia de covid-19 previstas no estado de emergência.

O despacho que determina a operacionalização deste reforço do rastreio de contactos de doentes com covid-19 e seguimento de pessoas em vigilância ativa foi publicado na quarta-feira em Diário de República.

14h50 - Negociações do Brexit suspensas devido a caso de Covid-19 na comitiva da UE

As negociações pós-`Brexit` entre a União Europeia (UE) e o Reino Unido voltaram hoje a ser suspensas, "por um curto período", devido a um caso positivo de covid-19 na equipa comunitária, numa altura decisiva das discussões.

"Um dos negociadores da minha equipa testou positivo para a covid-19 e decidi, juntamente com David Frost [negociador-chefe britânico], suspender as negociações ao nosso nível por um curto período de tempo", escreveu o responsável da UE para as futuras relações entre Londres e Bruxelas, Michel Barnier.

14h38 - Presidente da República defende que é necessário renovar o estado de emergência

"Envierei esta tarde para a AR o diploma para ser votado amanhã na sequência do qual o Governo procederá à aprovação do decreto de execução para entrar em vigor porventura ainda este fim de semana", disse Marcelo.

O Presidente da República diz que o decreto da renovação do estado de emergência visa “permitir ao Governo, com flexibilidade e plasticidade, ajustar as medidas às situações diferentes vividas no território nacional”.
E alerta que “não há medidas eficazes se os portugueses não acreditarem nelas”.

“O agravamento da pandemia é acompanhado de aumento de tom crítico”, acrescentou.

Para Marcelo Rebelo de Sousa, “os portugueses têm sido exemplares na adoção das medidas”.

O chefe de Estado falava aos jornalistas no Infarmed, em Lisboa, no final de uma reunião sobre situação epidemiológica da covid-19 em Portugal, em que participaram especialistas e políticos.

14h35 -Estado de emergência em Portugal é "cheque em branco", diz a IL

No final da reunião desta quinta-feira no Infarmed, João Cotrim Figueiredo, da Iniciativa Liberal, criticou o primeiro-ministro por ter imposto o recolher obrigatório, uma vez que António Costa tinha dito dias antes que não o faria.

O responsável reconhece que é necessário haver medidas de contenção contra a pandemia, mas pede equilíbrio tendo em conta os impactos na economia.

14h30 -PIB da OCDE cresce 9% no 3.º trimestre face ao anterior mas abaixo do nível pré pandemia

O Produto Interno Bruto (PIB) no conjunto da OCDE aumentou em cadeia 9% no terceiro trimestre, mas manteve-se 4,3% abaixo do nível anterior ao surto da pandemia da covid-19 no início do ano, foi hoje anunciado.

Em comparação com o mesmo trimestre de 2019, o PIB entre julho e setembro foi 4,1% inferior em todos os países membros, explicou a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) num comunicado.

A OCDE recorda que a atividade tinha diminuído 1,9% entre janeiro e fevereiro, quando os efeitos da pandemia de covid-19 começaram a fazer-se sentir, e que entre abril e junho a contração atingiu 10,6%.

O aumento no terceiro trimestre foi mais forte nos países que tinham sofrido os maiores declínios no segundo trimestre, precisa a organização.

14h21 - OCDE aconselha governos europeus a investirem mais em saúde

A OCDE considera que a pandemia de covid-19 "revelou a escassez de profissionais de saúde" que já existia em muitos países europeus e aconselha os governos a investirem mais no setor, mas em soluções provisórias.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) divulgou hoje um relatório em que defende que os sistemas de saúde dos países europeus devem evoluir significativamente, para melhor responder a picos de procura, como aquele que se está a verificar com a segunda vaga da pandemia de covid-19.

A organização considera que, para aumentar a resposta hospitalar, as "soluções flexíveis" implementadas por vários países desde a primavera passada -- como a conversão de camas convencionais em camas de cuidados intensivos ou a montagem de hospitais de campanha -- são preferíveis, em vez de "aumentos permanentes que serão muito mais dispendiosos".

"A falta de pessoal de saúde tem, no entanto, sido um constrangimento forte", porque "a formação de cuidadores qualificados leva mais tempo do que a criação de capacidades temporárias", sublinha o relatório hoje divulgado.

Para remediar a curto prazo, a OCDE sugere a "mobilização de pessoal adicional" através de "listas de reserva", citando a França como exemplo nesta estratégia.

14h10 - Dinamarca considera extinta mutação perigosa do novo coronavírus em visons

As autoridades de saúde dinamarquesas acreditam que a mutação do novo coronavírus encontrada em visons, que poderia ameaçar a eficácia de futuras vacinas, esteja erradicada e suspenderam hoje as restrições decretadas há duas semanas na área mais afetada.

“Nenhum outro caso da mutação em visons Cluster 5 foi detetado desde 15 de setembro, razão pela qual o instituto encarregado de doenças infecciosas (ISS) acredita que essa mutação está provavelmente extinta”, declarou o Ministério da Saúde dinamarquês num comunicado, anunciando o levantamento das restrições na região afetada.

14h01 - Médicos Sem Fronteiras pede renúncia a patentes de medicamentos

A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) pede aos governos para apoiarem a proposta apresentada na Organização Mundial do Comércio (OMC) para levar as farmacêuticas a renunciar a patentes de medicamentos e vacinas contra a covid-19.

A Índia e a África do Sul apresentaram junto da OMC, em outubro, uma proposta - que já recebeu a concordância de 99 países – para que os governos estudem bases legais para convencer as empresas farmacêuticas a renunciar a patentes e outros direitos de propriedade intelectual relacionados com medicamentos, vacinas e meios de diagnóstico da covid-19, até que seja alcançada a imunidade de grupo.

Num comunicado hoje divulgado, a MSF considera que esta iniciativa histórica na OMC pode “fazer toda a diferença para a saúde pública global”, comparando-a aos esforços feitos pelos governos, no início deste século, quando colocaram medicamentos genéricos a preços acessíveis para combater a doença da Sida.

A MSF considera que não serão as empresas farmacêuticas a tomar a iniciativa de flexibilizar os mecanismos de acesso, pelo que deve existir uma intervenção governamental a nível global, para solucionar o problema.

“Nem mesmo uma pandemia global pode impedir as empresas farmacêuticas de seguirem a sua abordagem usual. Logo, os países precisam de usar todas as ferramentas disponíveis para garantir que os produtos médicos para a covid-19 fiquem acessíveis a todos os que precisam dela”, disse Sidney Wong, co-diretor executivo da campanha apoiada pela MSF, citado no comunicado.

“Todas as ferramentas e tecnologias de saúde para a covid-19 devem ser verdadeiros bens públicos globais, livres das barreiras que as patentes e outras propriedades intelectuais impõem. Pedimos a todos os governos para apoiarem urgentemente esta proposta inovadora que coloca vidas humanas acima dos lucros corporativos, neste momento crítico para a saúde global”, acrescentou Wong.

13h48 - Primeiras vacinações podem acontecer no princípio de 2021

O presidente da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) admitiu hoje que as primeiras vacinações contra a covid-19 aconteçam no início do próximo ano, dependendo das autorizações da agência europeia que tutela o setor.

Intervindo num reunião entre especialistas e políticos em Lisboa, na sede do Infarmed, Rui Ivo afirmou que as entregas de vacinas acontecerão em tranches ao longo de 2021 e que poderão estar disponíveis mais de cinco milhões de doses no primeiro trimestre, cerca de oito milhões no segundo trimestre e mais dois milhões no último trimestre do ano que vem.

Rui Ivo indicou que há contratos firmados para quatro vacinas, três das quais (BioNTech/Pfizer, AstraZeneca/Oxford e J&J/Janssen) estão num fase mais avançada de desenvolvimento e para uma outra vacina da marca Sanofi.

Todas estão sujeitas a avaliação e autorização da Agência Europeia do Medicamento, salientou, um processo que ainda poderá ter desenvolvimentos este ano.

13h41 - "Natureza" e "preço" das futuras vacinas vão determinar equidade da distribuição global

O diretor do Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana sublinhou hoje que a "natureza" e o "preço" das futuras vacinas contra a covid-19 irão determinar a equidade do acesso a regiões como África.

"Há dois fatores que determinam a solidariedade e uma distribuição rápida e equitativa das [futuras] vacinas [contra a covid-19]: a natureza da vacina, que se relaciona com as suas condições de armazenamento e distribuição, e o custo da vacina", sublinhou o diretor do África CDC, John Nkengasong, em declarações na conferência de imprensa semanaL em formato virtual, a partir de Adis Abeba.

Nkengasong começou por "celebrar" as boas notícias da semana passada e desta semana "a começar pelas vacinas da Pfizer e da Moderna", mas sublinhou, a título de exemplo, que a primeira impõe "desafios fortes em termos de armazenamento", o que limita as suas possibilidades de distribuição no continente africano.

"Cada vacina tem as suas especificidades. Sabemos que a vacina da Pfizer impõe desafios fortes em termos de armazenamento. Um sistema de distribuição baseado numa capacidade de armazenamento de vacinas a temperaturas na ordem dos -70ºC [70 graus celsius negativos, como é o caso da vacina da Pfizer] cria um desequilíbrio na distribuição ou acesso equitativo a essas vacinas", apontou o diretor do África CDC.

"Isto faz com que seja muito possível que vejamos países do hemisfério norte, com sistemas de saúde e melhores capacidades de armazenamento, a vacinarem primeiro", concluiu Nkengasong.

13h32 - Tribunal diz que violação do confinamento não é crime de desobediência

O Tribunal da Relação de Guimarães sentenciou que a violação do confinamento obrigatório não constitui crime de desobediência, porque o decreto governamental que criou aquele novo ilícito criminal "está ferido de inconstitucionalidade orgânica".

Por acórdão de 09 de novembro, a que a Lusa teve hoje acesso, aquele tribunal sublinha que, de acordo com a Constituição, "a criação de tipos de ilícitos criminais é matéria da reserva relativa da Assembleia da República (AR)".

"Não há dúvida de que a criação de novos crimes compete à AR em primeira linha, podendo também competir ao Governo, mas apenas com autorização da AR", acrescenta.

Conclui, assim, que "o Governo não se mostrava habilitado a definir matéria criminal", pelo que a norma do decreto que define como crime a violação do confinamento obrigatório "está ferida de inconstitucionalidade orgânica" e "é inválida".

Em causa está o decreto de 20 de março do Conselho de Ministros, que procede à execução da declaração do estado de emergência efetuada pelo Presidente da República.

No decreto, o Governo determina que ficam em confinamento obrigatório, em estabelecimento de saúde ou no respetivo domicílio, os doentes com covid-19 e os infetados com SARS-Cov-2, e os cidadãos relativamente a quem a autoridade de saúde ou outros profissionais de saúde tenham determinado a vigilância ativa.

13h20 - Elvas fecha equipamentos desportivos, culturais e recreativos

A Câmara de Elvas optou por fechar ao público, a partir desta quinta-feira, os equipamentos desportivos, culturais e recreativos, face à colocação do concelho na lista alto risco de infeção.

Em comunicado publicado na Internet, é dito que em termos de equipamentos culturais encerram "todos" os museus, o Forte da Graça, o Forte de Santa Luzia e a biblioteca municipal.

"No que diz respeito a eventos, não são autorizadas as cedências a terceiros dos equipamentos culturais e recreativos municipais", lê-se na mesma nota.

No caso dos equipamentos desportivos, será "apenas autorizado" o uso por parte dos clubes e para as atividades escolares, devendo ser cumpridas as orientações da Direção-Geral da Saúde, entre outra regulamentação em vigor.

13h12 - Terceiro pico da pandemia e calendário para vacina. As questões de Marcelo

No regresso às reuniões no Infarmed, Marcelo Rebelo de Sousa dirigiu todas as suas questões sobre a pandemia de Covid-19 aos especialistas.

O Presidente da República quis saber se faz sentido adequar as medidas a cada conselho, se haverá um terceiro pico da pandemia e quais as datas previstas para uma vacina. Em resposta, o presidente do Infarmed admitiu que as primeiras vacinações aconteçam já no início do próximo ano.

Começando por destacar que, apesar de haver "aspetos positivos de evolução" da pandemia em Portugal - o R continua a ser superior a um e há risco de um novo pico no final de novembro ou no começo de dezembro -, Marcelo Rebelo de Sousa alertou que "vários dos intervenientes disseram que as medidas têm de ser mantidas, pois duram cada vez mais tempo para produzir efeito".
O Chefe de Estado relembrou ainda que, segundo os especialistas, "a perceção dos portugueses é de degradação relativamente à capacidade dos decisores políticos e de degradação em relação à capacidade de resposta dos serviços de saúde, com números muito acentuados".

Marcelo Rebelo de Sousa passou, assim, a colocar várias das questões que o preocupam nesta fase da pandemia no país.

13h00 - 1,350 milhões de mortes desde o início da pandemia

A pandemia da Covid-19 causou pelo menos 1.350.275 mortos desde dezembro, mês em que o novo coronavírus foi identificado na China, de acordo com o balanço em permanente atualização por parte da France Presse.

Foram diagnosticados, no mesmo período, mais de 56.234.440 casos de infeção, dos quais 36.029.400 são pessoas consideradas curadas.

Nas últimas 24 horas, registaram-se mais 11.013 mortes e 582.654 novos casos de Covid-19 em todo o mundo.

12h51 - Caminha quer resposta desenhada “à medida” dos concelhos no nível mais alto de risco

O presidente da Câmara de Caminha defendeu hoje a implementação de cinco "respostas e soluções desenhadas à medida" dos concelhos que venham a integrar o nível mais elevado de risco em função da incidência da covid-19.

Em declarações hoje à agência Lusa, o socialista Miguel Alves disse compreender a eventual definição pelo Governo de patamares de risco em função da incidência da doença causada pelo SARS-Cov-2, mas exigiu que "as respostas sanitárias e as compensações económicas sejam majoradas de acordo com o mesmo critério".

"Confirmando-se a aplicação de restrições mais gravosas para 28 concelhos que estão no vermelho, quase todos na região Norte, é absolutamente necessário que as mesmas sejam acompanhadas por medidas e soluções desenhadas à medida dessa circunstância", sublinhou.

12h44 - Governo anuncia novas medidas no sábado

O Governo afirma que ainda não foram tomadas novas decisões para uma potencial renovação do estado de emergência.

Em comunicado enviado às redações o gabinete do primeiro-ministro afirma que “existem obviamente diversos cenários que são discutidos com os especialistas mas não foram tomadas quaisquer decisões pelo que qualquer anúncio constitui neste momento pura especulação”.

“As medidas a adotar pelo Governo têm de respeitar os limites impostos pelo Decreto do Senhor Presidente da República e este depende da autorização da Assembleia da República e enquadra-se na Lei do Estado de Emergência”.

O comunicado acrescenta que “hoje à tarde o Senhor Presidente da República submeterá ao Governo para parecer o projeto de Decreto. Amanhã a Assembleia da República reunirá para se pronunciar. E só no sábado o Governo divulgará as medidas que irá adotar em execução do Decreto Presidencial”.

12h38 - Unicef alerta para consequências nas crianças e adolescentes

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) alertou hoje para as consequências a longo prazo do impacto da pandemia provocada pelo novo coronavírus na educação, nutrição e bem-estar de crianças e adolescentes.

"Durante toda a pandemia da covid-19, tem havido um mito persistente de que as crianças quase não são afetadas pela doença. Nada poderia estar mais longe da verdade", disse Henrietta Fore, diretora executiva do Unicef.

O relatório, divulgado por ocasião do Dia Mundial da Criança da Unicef, que se assinala na sexta-feira, concluiu que em 87 países "com dados desagregados por idade", as crianças e adolescentes "representavam uma em cada nove infeções por covid-19", ou seja, 11% dos 25,7 milhões de infetados, registados naqueles países.

"Embora as crianças possam ficar doentes e espalhar a doença, essa é apenas a ponta do iceberg da pandemia. Interrupções em serviços essenciais e taxas de pobreza crescentes representam a maior ameaça para as crianças", advertiu Henrietta Fore.

12h33 - Paços de Ferreira ativa segunda-feira hospital de campanha para casos positivos

A Câmara de Paços de Ferreira, no distrito do Porto, vai ativar na segunda-feira o hospital de campanha, localizado no antigo edifício da Santa Casa da Misericórdia, para garantir a assistência a cidadãos infetados com o novo coronavírus.

Numa publicação na rede social Facebook, a autarquia de Paços de Ferreira anunciou na quarta-feira que o hospital de campanha, com capacidade até 50 camas, vai ser ativado na segunda-feira.

“Foi ontem [terça-feira] formalizada a sua ativação por parte da Comissão Distrital de Proteção Civil, posteriormente validada pelo Sr. Secretário de Estado, Eduardo Pinheiro”, explica o município.

Este equipamento servirá de retaguarda ao Hospital Padre Américo (Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa) ao garantir a assistência a cidadãos infetados com o novo coronavírus, que provoca a covid-19.

12h27 - UCI de Santa Maria apenas com uma cama

A Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital de Santa Maria aproximou-se esta quarta-feira da capacidade máxima para doentes com Covid-19. Sobrou apenas um lugar.

O hospital já informou que prevê alargar a capacidade para 28 vagas, um número que pode ainda aumentar.


Em entrevista à Antena 1, o presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar Lisboa Norte, ao qual pertence Santa Maria, assume que foi necessário suspende toda a atividade cirúrgica não urgente que implique internamento.

Daniel Ferro diz que a suspensão pode estender-se por semanas ou até meses, dependendo da evolução da pandemia.

12h25 - R está a crescer há 88 dias

De acordo com Baltazar Nunes, do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, o R nacional está "a crescer há 88 dias", verificando-se uma média diária de 6.488 novos casos (calculada com os números efetivos a sete dias), que é "seis vezes superior" ao que se verificou na primeira onda de março/abril.

Esta incidência tem tido "uma tendência positiva nas últimas semanas", indicou, referindo que o tempo que demora a duplicar o número de novos casos diários tem vindo a aumentar.

"Continuam a crescer [os novos casos por dia] mas com um crescimento menos acentuado desde o meio de outubro", declarou.

De acordo com os modelos trazidos à reunião por Baltazar Nunes, "só com uma redução dos contactos na comunidade superior a 60 por cento e uma elevada cobertura do uso de máscara é possível trazer o R para baixo de 1" e mantê-lo aí "por várias semanas".

Para calcular o fator R, entram em consideração a duração do período que uma pessoa infetada está entre a população, o número de contactos que mantem, a probabilidade de transmissão após o contacto e a suscetibilidade à infeção.

Baltazar Nunes salientou que os países europeus que conseguiram baixar o índice de transmissibilidade são os que aplicaram "medidas mais restritivas e apresentam níveis de mobilidade mais baixos".

Portugal está com "níveis de mobilidade mais elevados que estes países", notou.

12h20 - Quase um milhão de pessoas foram vacinadas na China

Quase um milhão de pessoas foram testadas com uma das vacinas em desenvolvimento na China para o novo coronavírus, até à data, "sem efeitos adversos significativos", disse Liu Jingzhen, presidente da farmacêutica estatal Sinopharm.

Liu apontou numa entrevista divulgada hoje pela imprensa local que "a vacina foi testada em quase um milhão de pessoas" e que "apenas um pequeno grupo teve efeitos adversos leves".

O responsável acrescentou que "diplomatas e estudantes que viajaram para mais de 150 países não apresentaram teste positivo para o coronavírus após serem vacinados".

Em 22 de julho passado, a China autorizou o uso de vacinas candidatas contra o coronavírus para certos casos excecionais, como "proteção de pessoal da saúde, funcionários de programas de prevenção, inspetores portuários e funcionários do serviço público".

12h12 - Mais de 21.100 pessoas contactadas pelas equipas multidisciplinares de LVT

As equipas multidisciplinares criadas no âmbito do combate à COVID-19 na área Metropolitana de Lisboa contactaram, entre 30 de junho e 17 de novembro, um total de 21.118 pessoas nos concelhos da Amadora, Lisboa, Loures, Odivelas, Sintra, Almada, Seixal, Barreiro, Moita e Setúbal.

12h08- Norte regista abrandamento mas incidência ainda é sete vezes maior face a abril

A região Norte está a registar um abrandamento do crescimento da pandemia de covid-19, mas a incidência ainda é quase sete vezes superior à registada em abril, segundo um especialista da Faculdade de Ciência da Universidade do Porto.

"Temos neste momento uma situação em que em geral está a haver abrandamento de crescimento" no Norte do país, a zona onde há mais casos de infeção, afirmou Óscar Felgueiras na reunião que decorre no Infarmed, em Lisboa, onde vários peritos estão a analisar a situação epidemiológica em Portugal.

Segundo o especialista, mesmo onde a pandemia está a crescer, em geral, há abrandamento e, eventualmente, onde está a descer a tendência é de descida em muitas regiões.

Ao acompanhar a média diária de casos numa janela a sete dias e numa janela de casos a 14 dias, observa-se que tem havido um crescimento grande.

"Estamos neste momento com uma incidência que é quase sete vezes superior à registada em abril no momento mais alto da pandemia e recentemente a tendência foi de haver um certo abrandamento", sublinhou Óscar Felgueiras.

12h02 - Hospitais em situação de pré-catástrofe

Alexandre Valentim Lourenço, presidente do Conselho Regional Sul da Ordem dos Médicos, disse há pouco à RTP que os hospitais encontram-se numa situação de pré-catástrofe e que é inevitável suspender as cirurgias não urgentes que necessitem de internamento.


11h56 - “Não podemos baixar a guarda de maneira nenhuma”, alerta epidemiologista na reunião do Infarmed

O epidemiologista Manuel Carmo Gomes, especialista da Faculdade de Ciência da Universidade de Lisboa, fez notar na reunião do Infarmed que estamos a abrandar a epidemia e já há previsão para quando acontecerá o pico desta segunda onda. Mas alerta para os perigos de aliviar as medidas, mesmo quando se atingir o pico, dando o exemplo de países como a Irlanda, Bélgica ou Israel em que o fim de restrições tão severas fizeram aumentar o R, o índice de transmissibilidade do vírus.

“Não podemos baixar a guarda de maneira nenhuma, na minha opinião, porque na primeira oportunidade, o R aumenta de novo”, alertou.
“Temos de chegar ao pico, manter as medidas, fazer descer o R significativamente para um ponto gerível”, advoga, dizendo que só assim será possível gerir os internamentos e os cuidados intensivos. 

O especialista prevê que o índice do risco de transmissão esteja perto do 1 no final deste mês, início do próximo mês. Carmo Gomes deixa o alerta de que é preciso diminuir o RT de forma consistente, durante semanas ou meses.
  Alerta que mesmo que consigamos manter-nos num planalto, a pressão agora é diferente do Verão, com milhares de novas infeções diárias. No Verão, eram poucas centenas de casos diários.

Se se mantiver, poderá haver uma média superior a três mil novos casos por dia até meados de janeiro, referiu.

11h49 - OMS defende escolas abertas e mais medidas de proteção

A Organização Mundial de Saúde (OMS) defendeu hoje a necessidade de manter as escolas abertas durante a pandemia de covid-19 e considerou que podem evitar-se os confinamentos se forem aumentadas as medidas de proteção.

"Devemos assegurar o ensino aos nossos filhos", afirmou o diretor da OMS para a Europa, Hans Kluge, sublinhando que as crianças e adolescentes não são impulsionadores principais do contágio e que o fecho de escolas não é eficiente.

Hans Kluge frisou também que os confinamentos são "uma perda de recursos" e que provocam muitos efeitos secundários, como danos na saúde mental ou aumento da violência de género.

De acordo com o mesmo responsável, esta medida seria evitável se o uso de máscaras fosse superior a 90% entre a população.

11h43 - Pico de óbitos deverá acontecer na segunda semana de dezembro

Manuel Carmo Gomes, especialista da Faculdade de Ciência da Universidade de Lisboa, revela as projeções de curto prazo e que apontam para um pico na mortalidade por covid-19 na segunda semana de dezembro, com 95 a 100 mortos de média diária. Nota-se, diz o especialista, uma desaceleração do aumento de óbitos.

Manuel Carmo Gomes falava durante a sessão do Infarmed, que desta vez tem uma parte aberta a todos e que pode ser transmitida pelos órgãos de comunicação social.

11h38 -Contratados 130 médicos aposentados para o SNS entre março e outubro

Cento e trinta médicos aposentados foram já contratados para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) entre março e outubro deste ano, por um período inicial de quatro meses, segundo dados fornecidos pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM).

Outubro foi o mês com mais reingressos, 47, de acordo com a mesma fonte, que esclareceu que os contratos estão a ser celebrados num regime de quatro meses, mas com possibilidade de renovação.

O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, disse à Lusa que entende o reingresso destes médicos, salientando até a importância da experiência acumulada.

Contudo, adiantou que etses contratos de curta duração são "uma vergonha total numa altura em que devia ser dado um sinal positivo de claro reforço do Serviço Nacional de Saúde e de claro interesse em contratar mais médicos e enfermeiros (em idade ativa)".

"Os (profissionais) que estão no SNS são claramente insuficientes", reforçou o Bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães.

11h23 - Surto em explorações hortofrutícolas de Torres Vedras passa de 23 para 32 infetados

O surto de covid-19 entre trabalhadores de explorações agrícolas pertencentes a empresas hortofrutícolas de A-dos-Cunhados, no concelho de Torres Vedras, aumentou de 23 para 32 infetados, segundo o mais recente boletim epidemiológico municipal.

"O 'cluster' de casos de covid-19 associados a trabalhadores agrícolas apresenta 32 casos ativos de infeção por SARS-CoV-2, registando cinco novos casos confirmados", refere o boletim, que acrescenta que "todos os casos ativos pertencem à União das Freguesias de A-dos-Cunhados e Maceira".

Na segunda-feira, existiam 23 trabalhadores infetados associados a este surto.

Uma vez que os trabalhadores infetados são de nacionalidade estrangeira, e por partilharem as mesmas habitações, não tinham condições de ficar a recuperar em casa, pelo foram realojados pela Proteção Civil no Centro Diocesano e Espiritual do Turcifal, no mesmo concelho, disse fonte oficial do município.

De acordo com o mais recente boletim epidemiológico, Torres Vedras, no distrito de Lisboa, possui 225 caos suspeitos a aguardar os resultados laboratoriais e 636 contactos sob vigilância ativa das autoridades de saúde.

11h16 - Sindicato Independente dos Médicos diz que ninguém vai abandonar doentes

Depois de o Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) ter anunciado a suspensão das férias a cerca de dois mil profissionais, o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos afirma que a ministra da Saúde pode ficar descansada, porque ninguém vai abandonar doentes.
Roque da Cunha lembra, no entanto, que o descanso é fundamental nesta altura de grande pressão sobre os serviços de saúde.

11h09  - Líder da Igreja ortodoxa grega hospitalizado com o coronavírus

O líder da Igreja ortodoxa grega, o arcebispo Ieronymos, foi hospitalizado com "sintomas ligeiros" de Covid-19, anunciou o arcebispado em comunicado.

O arcebispo, de 82 anos, teve um teste positivo para o novo coronavírus antes de apresentar febre na quarta-feira, disse hoje o diretor do seu gabinete de imprensa, Harris Konidaris, citado pela agência AFP.

"Por precaução, o seu médico recomendou-lhe ser hospitalizado. Hoje não tem febre e está num bom estado geral", afirmou.

Ieronymos foi transferido hoje para o hospital Evangelismos, o maior da capital grega, onde está também hospitalizado com Covid-19, há 10 dias, o arcebispo da Igreja ortodoxa da Albânia, Anastasios.

Com o segundo confinamento imposto na Grécia desde 7 de novembro e até dia 30, o Governo de Atenas ordenou a suspensão de todas as cerimónias religiosas com a presença de fiéis em todos os locais de culto do país.

Com cerca de 11 mil habitantes, a Grécia tem até hoje mais de 82.000 casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus e quase 1.300 mortes.

10h53 - Suíça com mais 5.007 infetados e 79 mortos

O número total de casos confirmados na Suíça e no principado do Liechtenstein, aumentou para 285.655 e o número de mortos aumentou de 79 para 3.464.

10h46 - Morreram 21 idosos no lar da Misericórdia de Alhandra

No Lar da Misericórdia de Alhandra já morreram 21 utentes nos últimos 13 dias e onze idosos estão hospitalizados. Nas instalações, estão 42 infetados sem sintomas da doença.
O provedor afirma que “apesar de a instituição ser um lar e não hospital. Está a trabalhar como um hospital, e sem meios hospitalares”.

10h43 - Começou a reunião no Infarmed
Parte da reunião é aberta à comunicação social

10h33 - Polónia com novo recorde de mortes pelo segundo dia consecutivo

As autoridades de saúde polacas reportaram 637 mortos nas últimas 24 horas, acima dos 603 registados na véspera.

Foram ainda confirmados mais 23.975 casos de infeção.

Após um aumento de casos diários em outubro e no início de novembro, a Polónia encerrou locais de entretenimento, o que estabilizou a taxa de infeção.

10h14 - Hospital das Forças Armadas em Lisboa abre área respiratória no serviço de urgência

O Hospital das Forças Armadas inaugurou uma área respiratória do serviço de urgência no pólo de Lisboa. O objetivo é garantir maior segurança a todos os utentes do hospital.
O serviço vai garantir o isolamento total dos doentes com Copvid-19 dos restantes pacientes.

9h54 - Pandemia, crise económica e ajudas aos países pobres centram cimeira virtual do G20

A pandemia de covid-19, a crise económica daí oriunda e as ajudas económicas aos 73 países mais pobres do mundo vão centrar, no próximo fim de semana, a cimeira virtual das 20 economias mais industrializadas do planeta (G20).

Organizada pela primeira vez por um país árabe, a Arábia Saudita, e no formato inédito de videoconferência, a cimeira vai abordar a questão das implicações da pandemia no contexto económico e sanitário mundial – a covid-19 já infetou quase 56 milhões de pessoas e matou mais de 1,3 milhões – e eventuais medidas para relançar a economia no mundo.

Para o Fundo Monetário Internacional (FMI), se, por um lado, a esperança na eficácia das vacinas está a subir, a economia, por outro, está ainda longe de ver a luz ao fundo do túnel, uma vez que as projeções apontam para que o Produto Interno Bruto (PIB) global deva diminuir 4,4% em 2020.

Os países do G20 gastaram já cerca de 11.000 biliões de dólares para salvar a economia mundial e têm pela frente uma “bomba-relógio”: a dívida dos países pobres, que se confrontam com um colapso (menos 700.000 milhões de dólares, segundo a Organização para a Cooperação e desenvolvimento Económico – OCDE) do seu financiamento externo.

9h42 - Espinho abre hoje centro de rastreio junto à Nave Desportiva

O município de Espinho abriu hoje, junto à Nave Desportiva, um centro de rastreio à Covid-19 em que os utentes são testados dentro do carro, justificando a criação desta estrutura com o aumento de casos de infeção no concelho.

Segundo o presidente dessa câmara do distrito de Aveiro, o chamado centro 'drive-through' resulta de uma parceria entre o município e a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N), que confiou a recolha e análise dos exames à empresa Unilabs Portugal.

"Numa altura em que assistimos a um preocupante crescimento do número de casos de infeção no nosso concelho, esta é uma resposta importante no combate à pandemia, agilizando procedimentos e alargando a oferta de testes, para assegurar respostas mais rápidas", declarou à Lusa Joaquim Pinto Moreira.

Trata-se assim de "aumentar a capacidade de testagem no próprio concelho e, dessa forma, possibilitar um maior controlo da situação epidemiológica local por parte da entidade de saúde".

O novo centro de despistagem ao vírus SARS-CoV-2 está instalado no parque de estacionamento da Nave Desportiva Polivalente de Espinho e funciona sete dias por semana, entre as 9h:00 e as 18h00.

A realização do teste implica marcação prévia, através do telefone 220125001 ou da página de Internet da Unilabs, onde encontram uma secção própria para agendamento.


9h27 - Japão em alerta máximo após recorde de casos nas últimas 24 horas

O Japão está em "alerta máximo" após registar um número recorde de infeções diárias por coronavírus, disse hoje o primeiro-ministro, Yoshihide Suga, sem anunciar novas restrições imediatas.

Mais de dois mil casos foram registados quarta-feira no país, incluindo quase 500 em Tóquio, dois novos máximos, de acordo com números oficiais.

9h16 - República Checa com mais 5515 infetados

9h10 - Alemanha regista 22.609 novas infeções e 251 mortos em 24 horas

A Alemanha registou 22.609 novas infeções por coronavírus que provoca a covid-19 nas últimas 24 horas, mais de cinco mil que na quarta-feira, e 251 mortos, segundo um balanço do Instituto Robert Koch (RKI).

De acordo com o RKI, foram registadas 22.609 novas infeções, quase 750 a mais do que há uma semana e mais de cinco mil do que na quarta-feira, mas abaixo do máximo registado na sexta-feira passada de 23.542.

Os casos positivos registados desde o anúncio do primeiro contágio no país, no final de janeiro, somam 855.916, com 13.370 óbitos, sendo 251 nas últimas 24 horas, após os 305 de quarta-feira, o valor mais alto desta segunda onda.

O RKI estima que cerca de 562.700 recuperaram da doença e que existem atualmente cerca de 279.800 casos ativos.

Na Alemanha, a incidência cumulativa nos últimos sete dias é de 138,9 casos por cem mil habitantes.

8h58 - Índia perto dos nove milhões de infetados

A Índia registou 45.576 novos casos de infeção, elevando o total de infeções para 8,96 milhões.

Foram ainda reportados mais 585 óbitos, elevando o total para 131.578.

8h45 -Governo pondera apertar restrições nos feriados de 1 e 8 de dezembro

Os portugueses podem ficar limitados ao concelho de residência, durante estes fins de semana prolongados, para evitar os encontros familiares, numa altura de agravamento da pandemia.

Para além das restrições à circulação, há outros cenários em cima da mesa, como férias antecipadas para os alunos das escolas e também o encerramento de universidades, politécnicos e espaços comerciais.


São hipóteses em cima da mesa, que vão ser tomadas depois da reunião desta manhã, com os especialistas no Infarmed.

O Governo a estudar novas restrições para tentar achatar a curva e reduzir a alta pressão sentida nos hospitais, com o número de internamentos a subir.

8h36 - Ucrânia com novo recorde de casos de infeção e de óbitos

A Ucrânia registou nas últimas 24 horas mais 13.357 casos de infeção por SARS-CoV-2 e 257 mortos. Na véspera tinham sido confirmadas 12.524 infeções e 256 óbitos.

Desde o início da pandemia, o país já reportou 583.510 infetados e 10.369 óbitos.

8h25 - Santa Maria quase esgotou cuidados intensivos, mas pode duplicar capacidade

O Hospital de Santa Maria quase esgotou na quarta-feira a capacidade atual de cuidados intensivos para doentes covid-19, com apenas uma cama livre, mas prevê alargar a capacidade para 28 vagas e, se necessário, chegar às 48.

Segundo explicou à Lusa fonte hospitalar, os dados de quarta-feira à noite indicam que estavam internados em cuidados intensivos 23 doentes com covid-19 (para 24 vagas), que a capacidade pode ser de imediato alargada para 28 vagas e que, se necessário, o plano prevê uma expansão para o dobro (48 camas).

Em enfermaria estavam internados 98 doentes com covid-19, para uma capacidade de 120 camas, mas o plano de contingência prevê a possibilidade de expansão da capacidade até às 200 vagas.

Na quarta-feira, o hospital suspendeu toda a atividade cirúrgica não urgente que implique internamento, por causa da necessidade de resposta à pandemia de covid-19.

Contudo, manteve toda a atividade em ambulatório, incluindo a cirúrgica, as consultas (mesmo presenciais) e o hospital de dia.

Segundo uma circular do Centro Hospitalar Lisboa Norte, que abrange os hospitais de Santa Maria e Pulido Valente, esta decisão foi tomada "dando sequência a orientações da tutela dirigidas à mobilização global dos recursos no Serviço Nacional de Saúde.

8h12 - Rússia ultrapassa os dois milhões de infeções

A Rússia ultrapassou a barreira dos dois milhões de casos de infeção por covid-19 e registou nas últimas 24 horas recordes de infeções e mortes por Covid-19, divulgaram hoje as autoridades locais.

O número de infetados confirmados hoje foi de 23.610 novos casos, quase 3.000 a mais do que na quarta-feira, e 463 óbitos, superior aos 456 registados no dia anterior, ambos números diários recorde desde o início da pandemia em março passado

No total, 2.015.608 casos de Covid-19 e 34.850 mortes foram registados desde março na Rússia.

Nas últimas 24 horas, 25.573 pessoas foram consideradas recuperadas na Rússia, elevando o número total de pacientes que superaram a doença para 1.526.656.

8h00 - África ultrapassa barreira dos dois milhões de infetados

O continente africano ultrapassou hoje a barreira dos dois milhões de infetados com o novo coronavírus, com a covid-19 a causar 48.408 mortos, informou o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (CDC África).

Desde que a primeira infeção continental foi detetada a 14 de fevereiro no Egito, os 55 estados membros da União Africana acumularam 2.013.388 casos. Destes, 1.703.498 pacientes recuperaram.

A África é responsável por pouco menos de 4% das infeções comunicadas em todo o mundo, um número que muitos especialistas acreditam não representar o impacto real da pandemia no continente, onde apenas mais de 19 milhões de testes foram feitos para uma população global de cerca de 1,3 mil milhões de pessoas.

O epicentro continental da pandemia continua a ser a África do Sul, com 757.144 casos e 20.556 mortes, de acordo com os últimos dados oficiais.

O CDC de África tem vindo a alertar nas últimas semanas para as consequências de uma segunda vaga da doença.

Uma segunda vaga teria também um impacto económico devastador em África, onde o crescimento das infeções é acompanhado pelo relaxamento das medidas de contenção em muitos países, cujas economias entraram em colapso devido ao coronavírus.

7h45 - Vacina da Universidade Oxford

A vacina que está a ser desenvolvida pela universidade de Oxford mostra ser segura, provocando uma resposta imunitária em pessoas mais idosas. É o que indica um estudo agora publicado pela revista científica Lancet.

Segundo os resultados preliminares da segunda fase de testes clínicos, "a vacina britânica contra o SARS-CoV-2 mostra resultados de segurança e imunidade em adultos saudáveis com 56 anos ou mais semelhantes aos demonstrados em pessoas com idades entre os 18 e os 55 anos".

Este estudo abrangeu 560 pessoas saudáveis, das quais 240 com mais de 70 anos, e os resultados sugerem que a vacina de Oxford "é mais bem tolerada em pessoas mais velhas comparada com adultos jovens" e produz uma resposta imunitária semelhante em todas as classes etárias.

A vacina causou "poucos efeitos secundários e induziu respostas imunitárias quer ao nível das células T do sistema imunitário quer na criação de anticorpos".

7h30 - Ponto da situação

O Presidente da República deverá propor hoje a renovação do estado de emergência por mais duas semanas. A RTP apurou que não estará em causa qualquer confinamento generalizado.

A decisão da renovação do estado de emergência terá o aval do primeiro-ministro. António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa estiveram ontem na reunião semanal e terão acertado os detalhes do decreto.

A votação no Parlamento acontece na manhã de sexta-feira.
Encontro no Infarmed
O Governo convocou nova reunião com epecialistas e dirigentes políticos na sede do Infarmed para as 10h00 desta quarta-feira.

O encontro conta, como é habital, com o Presidente da República, o primeiro-ministro, o presidente da Assembleia da República, vários responsáveis políticos e os parceiros sociais.
Em análise estará o agravamento da pandemia. A última reunião aconteceu a 7 de setembro no Porto.
Vacina
A ministra da Saúde revelou na quarta-feira que Portugal deverá receber as primeiras doses da vacina contra a Covid-19 já em janeiro de 2021.

Marta Temido adverte, contudo, que o país tem de estar tecnicamente preparado para todas as fases de distribuição do produto, acrescentando que este é um processo em marcha.
O quadro em Portugal
Morreram mais 79 pessoas vítimas da Covid-19 em Portugal, reportou a Direção-Geral da Saúde no último boletim epidemiológico, conhecido ao início da tarde de ontem.

Foram confirmados mais 5891 casos de infeção pelo novo coronavírus.

Desde o início da pandemia, já morreram 3632 pessoas e foram infetadas mais de 236 mil.

Na quarta-feira estavam internados 3051 doentes, mais 23 do que na véspera, e havia mais uma pessoa nos cuidados intensivos, onde estão agora 432.

Foram dadas como recuperadas mais 4257 pessoas, num total de 153.702. O país tem agora 78.641 casos ativos, mais 1555 do que no dia anterior.

A pandemia continua a obrigar à suspensão de cirurgias programadas.

No norte alentejano há 38 profissionais de saúde com Covid-19. As cirurgias programadas foram suspensas.
Na Unidade Hospitalar de Torres Novas foi detetado um surto, com 15 pessoas infetadas.
O quadro internacional
A pandemia da Covid-19 provocou pelo menos 1.339.130 mortos resultantes de mais de 55,6 milhões de casos de infeção, de acordo com o balanço em permanente atualização por parte da agência France Presse.

Protestos em Berlim contra as medidas de combate à pandemia levaram à detenção de pelo menos 190 manifestantes.
Milhares de pessoas desafiaram as ordens policiais de dispersão e de uso de máscaras, exigindo o fim das restrições em vigor.