Incêndios. Reconstrução vai ser financiada a 100% até 150.000 euros
O governo vai financiar a 100 por cento a reconstrução de casas de primeira habitação até 150 mil euros.
Castro Almeida salientou que as casas afetadas são, na sua maioria, pequenas e em ambiente rural, e a "esmagadora maioria" terá custos de reedificação inferiores aos 150 mil euros.
O governante salientou que o apoio do Governo só abrangerá habitações permanentes, ficando excluídas as restantes.
A reconstrução e reabilitação das habitações ficará a cargo do proprietário ou do município, optando o Governo PSD por não delegar essa tarefa nas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) por considerar que a sua vocação "não é serem empreiteiros", explicou.
Castro Almeida revelou que o levantamento dos danos causados pelos incêndios, que está a cargo dos municípios em articulação com as CCDR, está em curso em 69 municípios e 291 freguesias.
"Na próxima semana teremos cerca de 90% dos levantamentos concluídos", estimou.
Apoio às empresas
Ainda de acordo com o ministro, não é possível para já precisar o número de casas e fábricas afetadas pelos fogos, mas será "superior a 50 e bastante inferior a 100".
Além disso, "haverá também uma linha para reconstrução da capacidade produtiva", anunciou Manuel Castro Almeida, para "reconstruir fábricas, máquinas que ficaram destruídas ou matérias-primas que desapareceram".
Quanto aos detalhes sobre o nível do apoio, o ministro disse que tal "é mais difícil de concretizar", já que "há regras europeias da concorrência que limitam os auxílios de Estado e vamos ter de cumprir".
Ainda assim, assegurou que dentro dos limites legais vão "dar o apoio possível aos empresários e empresas que queiram reconstruir o seu caminho".
Entre as medidas anunciadas hoje destaca-se também um "mecanismo diferenciado de `lay-off` simplificado" para as empresas afetadas, que prevê a "redução ou suspensão de contratos de trabalho", bem como um "regime de exceção nas Medidas Ativas de Emprego para favorecer pessoas que foram vítimas deste incêndio", indicou o ministro.
Destacou ainda medidas como ações de formação profissional para desempregados e a "prorrogação do prazo de cumprimento de obrigações fiscais de pessoas singulares e coletivas, que não consigam cumprir por causa dos incêndios".