Liga dos Campeões
FC Porto
José Morais equipara chances de qualificação de FC Porto e Chelsea
A eliminatória entre FC Porto e Chelsea, dos quartos de final da Liga dos Campeões de futebol, pode cair para qualquer dos clubes, considera o treinador português José Morais, que coadjuvou os ingleses de 2013 a 2015.
“Creio que há 50% de possibilidades. Ambos dificilmente vão chegar a uma posição de campeão nas suas Ligas e a ‘Champions’ acaba por ser para cada equipa um prémio de época. Não digo que a salve, mas avançar mais nesta prova seria o corolário de uma época positiva”, avaliou à agência Lusa o técnico, de 55 anos.
Os dois clubes começam na quarta-feira, às 21:00 locais (20:00 em Lisboa), a lutar pelo acesso às meias-finais da Liga dos Campeões, na primeira de duas partidas em Sevilha, Espanha, devido às restrições de viagens provocadas pela pandemia de covid-19.
“O Chelsea foi um dos clubes que mais dinheiro investiu na formação do plantel [247,2 milhões de euros no verão de 2020]. Obviamente, isso dá responsabilidades acrescidas, mas não vejo ninguém em vantagem”, insistiu José Morais, que foi adjunto do treinador José Mourinho durante a segunda passagem do ‘Special One’ por Stamford Bridge.
O francês N'Golo Kanté é ausência certa nos ‘blues’, que ainda têm o norte-americano Christian Pulisic em dúvida, enquanto Sérgio Oliveira, melhor marcador dos ‘dragões’ na Liga dos Campeões, com cinco golos, e o iraniano Mehdi Taremi vão cumprir castigo e são baixas nos portistas.
“Creio que o Chelsea tem menor probabilidade de sentir a falta dos jogadores que não vão estar do que propriamente o FC Porto, mas ambos têm soluções capazes e é uma questão de aproveitamento. No último jogo [triunfo por 2-1 sobre o Santa Clara] vimos que podemos contar com o Toni Martínez, que é um finalizador com qualidade”, notou.
José Morais acredita que os nortenhos possuem uma linha defensiva “capaz de ombrear” com a organização ofensiva dos londrinos, embora descarte uma postura retraída da formação de Sérgio Conceição no primeiro embate no Estádio Ramón Sánchez Pizjuán.
“Não estou a ver que haja uma preocupação exagerada de controlar as possibilidades ofensivas do adversário em vez de focar nas suas próprias. Estou a ver o Sérgio a olhar para as debilidades que o Chelsea pode ter na sua organização e a tirar proveito da ausência do Kanté, que é um dos médios com maior capacidade defensiva”, apontou.
No plano individual, o treinador bicampeão sul-coreano pelo Jeonbuk Motors destaca a “qualidade, juventude e capacidade” do promissor Mason Mount, rodeado de outras figuras no atual quarto colocado do campeonato inglês, com 51 pontos, em 30 jogos.
“O Hakim Ziyech, o Kai Havertz, o Timo Werner, se estiver bem, e o Mateo Kovacic são fortes. Não está o Kanté, mas o Jorginho também joga à bola. O Marcos Alonso é perigoso quando sobe e o próprio Olivier Giroud poderá entrar nestas contas. São jogadores com bastante potencial, mas vejo a equipa do FC Porto bem”, enumerou.
José Morais enaltece a estreia do alemão Thomas Tuchel, que assinou pelo Chelsea no final de janeiro, após ter rescindido com o tricampeão francês e vice-campeão europeu Paris Saint-Germain, e soma 10 vitórias, quatro empates e uma derrota em 15 partidas.
“Creio que ser um treinador mais experiente tenha acabado por trazer uma crença diferente em termos de liderança. O Frank Lampard é um ex-jogador do Chelsea, que conhece muito bem o clube e é muito acarinhado pelos jogadores, mas tem uma experiência bastante curta na capacidade de liderar equipas a este nível”, defendeu.
Além da consistência assente na estabilização de uma estrutura de três centrais, o luso-angolano viu alguns jovens adquirirem com o tempo “outra capacidade de conseguir resultados”, contrariada na goleada consentida no sábado frente ao West Bromwich (2-5).
“Veremos como reagem a este desaire, sabendo que estes resultados acontecem muitas vezes num momento em que os jogadores regressam das seleções nacionais, com a agravante de ter sido antes de uma competição considerada prioritária. Isso pesa no subconsciente dos atletas e às vezes cria momentos de desconcentração”, admitiu.
José Morais lembra que “quase acontecia o mesmo” no sábado ao FC Porto, que prescindiu dos titulares Zaidu, Mbemba e Corona no ‘onze’ inicial e só venceu (2-1) na receção ao Santa Clara com um golo de Toni Martínez, aos 90+5 minutos.
O ex-treinador de Benfica B, Estoril Praia, Académico de Viseu e Santa Clara pede ao vice-líder da I Liga, com 57 pontos, em 25 rondas, que explore as dificuldades londrinas no controlo da profundidade.
Os dois clubes começam na quarta-feira, às 21:00 locais (20:00 em Lisboa), a lutar pelo acesso às meias-finais da Liga dos Campeões, na primeira de duas partidas em Sevilha, Espanha, devido às restrições de viagens provocadas pela pandemia de covid-19.
“O Chelsea foi um dos clubes que mais dinheiro investiu na formação do plantel [247,2 milhões de euros no verão de 2020]. Obviamente, isso dá responsabilidades acrescidas, mas não vejo ninguém em vantagem”, insistiu José Morais, que foi adjunto do treinador José Mourinho durante a segunda passagem do ‘Special One’ por Stamford Bridge.
O francês N'Golo Kanté é ausência certa nos ‘blues’, que ainda têm o norte-americano Christian Pulisic em dúvida, enquanto Sérgio Oliveira, melhor marcador dos ‘dragões’ na Liga dos Campeões, com cinco golos, e o iraniano Mehdi Taremi vão cumprir castigo e são baixas nos portistas.
“Creio que o Chelsea tem menor probabilidade de sentir a falta dos jogadores que não vão estar do que propriamente o FC Porto, mas ambos têm soluções capazes e é uma questão de aproveitamento. No último jogo [triunfo por 2-1 sobre o Santa Clara] vimos que podemos contar com o Toni Martínez, que é um finalizador com qualidade”, notou.
José Morais acredita que os nortenhos possuem uma linha defensiva “capaz de ombrear” com a organização ofensiva dos londrinos, embora descarte uma postura retraída da formação de Sérgio Conceição no primeiro embate no Estádio Ramón Sánchez Pizjuán.
“Não estou a ver que haja uma preocupação exagerada de controlar as possibilidades ofensivas do adversário em vez de focar nas suas próprias. Estou a ver o Sérgio a olhar para as debilidades que o Chelsea pode ter na sua organização e a tirar proveito da ausência do Kanté, que é um dos médios com maior capacidade defensiva”, apontou.
No plano individual, o treinador bicampeão sul-coreano pelo Jeonbuk Motors destaca a “qualidade, juventude e capacidade” do promissor Mason Mount, rodeado de outras figuras no atual quarto colocado do campeonato inglês, com 51 pontos, em 30 jogos.
“O Hakim Ziyech, o Kai Havertz, o Timo Werner, se estiver bem, e o Mateo Kovacic são fortes. Não está o Kanté, mas o Jorginho também joga à bola. O Marcos Alonso é perigoso quando sobe e o próprio Olivier Giroud poderá entrar nestas contas. São jogadores com bastante potencial, mas vejo a equipa do FC Porto bem”, enumerou.
José Morais enaltece a estreia do alemão Thomas Tuchel, que assinou pelo Chelsea no final de janeiro, após ter rescindido com o tricampeão francês e vice-campeão europeu Paris Saint-Germain, e soma 10 vitórias, quatro empates e uma derrota em 15 partidas.
“Creio que ser um treinador mais experiente tenha acabado por trazer uma crença diferente em termos de liderança. O Frank Lampard é um ex-jogador do Chelsea, que conhece muito bem o clube e é muito acarinhado pelos jogadores, mas tem uma experiência bastante curta na capacidade de liderar equipas a este nível”, defendeu.
Além da consistência assente na estabilização de uma estrutura de três centrais, o luso-angolano viu alguns jovens adquirirem com o tempo “outra capacidade de conseguir resultados”, contrariada na goleada consentida no sábado frente ao West Bromwich (2-5).
“Veremos como reagem a este desaire, sabendo que estes resultados acontecem muitas vezes num momento em que os jogadores regressam das seleções nacionais, com a agravante de ter sido antes de uma competição considerada prioritária. Isso pesa no subconsciente dos atletas e às vezes cria momentos de desconcentração”, admitiu.
José Morais lembra que “quase acontecia o mesmo” no sábado ao FC Porto, que prescindiu dos titulares Zaidu, Mbemba e Corona no ‘onze’ inicial e só venceu (2-1) na receção ao Santa Clara com um golo de Toni Martínez, aos 90+5 minutos.
O ex-treinador de Benfica B, Estoril Praia, Académico de Viseu e Santa Clara pede ao vice-líder da I Liga, com 57 pontos, em 25 rondas, que explore as dificuldades londrinas no controlo da profundidade.
“É importante receberem a bola de frente no espaço entrelinhas em vez de se darem à marcação dos centrais, que são muito contundentes quando os adversários jogam de costas. Percebe-se isto nos golos do West Brom. Tiveram muito a ver com a bola ganha nas costas da defesa através de passes de rutura e de desmarcações curtas”, finalizou.
José Morais vê jogos em Sevilha a influenciar rendimento coletivo
A mudança dos dois encontros entre FC Porto e Chelsea para Sevilha, em Espanha, vai influenciar o desempenho coletivo das duas equipas, admite o treinador José Morais, adjuntos dos ingleses de 2013 a 2015.
“Agimos mentalmente em função de experiências vividas e nenhuma destas formações joga em Sevilha todos os dias. Ou seja, é mais fácil e tenho melhores sensações e mais referências quando jogo num espaço em que já estou habituado a competir com frequência do que noutro recinto qualquer”, frisou à agência Lusa o técnico, de 55 anos.
Os dois clubes começam na quarta-feira, às 21:00 locais (20:00 em Lisboa), a lutar pelo acesso às meias-finais da Liga dos Campeões, na primeira de duas partidas na cidade espanhola de Sevilha, devido às restrições de viagens provocadas pela pandemia de covid-19.
“Um jogo em casa, mesmo sem espetadores, é um jogo em casa. Sentes-te em casa, sabes que é o teu ambiente e tenho a certeza de que isso influi positivamente no rendimento da maior parte dos jogadores. Agora, jogar num estádio diferente não dá este conforto para nenhuma equipa e os jogadores têm de se adaptar a isso”, reconheceu.
José Morais acredita que “quem estiver mais à vontade nesse tipo de situações vai ter alguma vantagem” no relvado do Estádio Ramón Sánchez Pizjuán, 'casa' do Sevilha e palco do nono e 10.º embates entre FC Porto e Chelsea nas provas europeias.
O reencontro dá-se mais de cinco anos depois de dois duelos no Grupo G da edição 2015/16 da Liga dos Campeões, quando o luso-angolano coadjuvava o treinador José Mourinho durante a segunda passagem do ‘Special One’ por Stamford Bridge.
“Foi regressar a uma casa onde o treinador principal teve sucesso e, obviamente, estas coisas mexem. Além disso, era um adversário português. Podemos sempre dizer que isto é competição, que jogo é jogo e as emoções são colocadas de lado, mas, na realidade, sabemos que não é bem assim. Existem emoções e queremos ganhar”, lembrou.
O FC Porto até venceu no Estádio do Dragão (2-1), mas foi relegado para a Liga Europa ao perder em Londres (2-0), sob olhar de José Mourinho, que tinha guiado os ‘dragões’ nas sucessivas conquistas de Taça UEFA (2002/03) e Liga dos Campeões (2003/04).
“Todos os que são portugueses e já passaram pelo clube sentem o jogo de uma forma diferente. São emoções que se afloram, mas hoje as coisas são diferentes. Tirando o Hilário [treinador de guarda-redes] e o Paulo Ferreira [na estrutura de observação], não vejo ninguém que tenha qualquer envolvimento emocional com este momento”, avaliou.
José Morais espera dois desafios de “pôr o açaime e cerrar os dentes” entre ‘blues’, que afastaram os espanhóis do Atlético de Madrid nos ‘oitavos’ (3-0 nas duas mãos), e ‘dragões’, ‘carrascos’ dos italianos da Juventus (4-4 e vantagem nos golos fora de casa).
“Tem a ver com a organização e os níveis de exigência do FC Porto. É um clube que gosta e se habitou a ganhar, independentemente da competição. No plano internacional, tem granjeado a fama de adversário difícil e essas crenças contam quando se instalam nos adversários, que o respeitam pela qualidade mostrada ao longo dos anos”, notou.
Se os nortenhos têm dois títulos europeus (1986/87 e 2003/04), o Chelsea “também já sabe como se chega lá” desde 2011/12, numa campanha iniciada sob alçada de André Villas-Boas e com Hilário, Bosingwa, Paulo Ferreira e Raul Meireles nas fileiras.
Em relação aos treinadores, nenhum deles ganhou a ‘Champions’, mas Sérgio Conceição fez parte do plantel portista campeão europeu em 2003/04 – só chegou em janeiro e não pôde jogar na Liga dos Campeões, pois já tinha representado a Lazio.
“Creio que é uma vantagem saber o que é ganhar uma competição desta dimensão e, eventualmente, em termos técnicos, é importante ter essa vivência e a capacidade de passar isso aos seus jogadores”, vincou.
Destacando a liderança do treinador dos campeões nacionais, descrito como “um dos dínamos do sucesso do FC Porto nos últimos tempos”, José Morais enaltece a harmonia por parte de uma “personalidade de natureza ambiciosa” nos “valores do próprio clube”.
“Espero que o corolário disto seja continuar o mais possível na Liga dos Campeões e, quem sabe, até ganhá-la, mas agora importa mais o próximo jogo. Estou aqui um pouco dividido e gostaria muito que o Chelsea tivesse resultados positivos. Se me perguntarem o que prefiro, como português prefiro que uma equipa portuguesa ganhe”, adiantou.
Os ’dragões’ regressam a Sevilha, onde, no Estádio Olímpico de La Cartuja, ergueram a Taça UEFA, frente aos escoceses do Celtic (3-2, após prolongamento), em maio de 2003, quase meio ano antes do ingresso de Sérgio Conceição no plantel de José Mourinho.
“O que é comparável é o FC Porto como organização e na exigência quanto à atitude mental. Qualquer treinador que passe por ali tem a obrigatoriedade de encarnar esses valores e ser capaz de transmiti-los aos jogadores. Creio que o Mourinho fez e o Sérgio está a fazer. Pode ter recebido alguma influência na forma de treinar, mas, no resto, são personalidades, momentos e equipas diferentes. Não há forma de comparar”, concluiu.
A mudança dos dois encontros entre FC Porto e Chelsea para Sevilha, em Espanha, vai influenciar o desempenho coletivo das duas equipas, admite o treinador José Morais, adjuntos dos ingleses de 2013 a 2015.
“Agimos mentalmente em função de experiências vividas e nenhuma destas formações joga em Sevilha todos os dias. Ou seja, é mais fácil e tenho melhores sensações e mais referências quando jogo num espaço em que já estou habituado a competir com frequência do que noutro recinto qualquer”, frisou à agência Lusa o técnico, de 55 anos.
Os dois clubes começam na quarta-feira, às 21:00 locais (20:00 em Lisboa), a lutar pelo acesso às meias-finais da Liga dos Campeões, na primeira de duas partidas na cidade espanhola de Sevilha, devido às restrições de viagens provocadas pela pandemia de covid-19.
“Um jogo em casa, mesmo sem espetadores, é um jogo em casa. Sentes-te em casa, sabes que é o teu ambiente e tenho a certeza de que isso influi positivamente no rendimento da maior parte dos jogadores. Agora, jogar num estádio diferente não dá este conforto para nenhuma equipa e os jogadores têm de se adaptar a isso”, reconheceu.
José Morais acredita que “quem estiver mais à vontade nesse tipo de situações vai ter alguma vantagem” no relvado do Estádio Ramón Sánchez Pizjuán, 'casa' do Sevilha e palco do nono e 10.º embates entre FC Porto e Chelsea nas provas europeias.
O reencontro dá-se mais de cinco anos depois de dois duelos no Grupo G da edição 2015/16 da Liga dos Campeões, quando o luso-angolano coadjuvava o treinador José Mourinho durante a segunda passagem do ‘Special One’ por Stamford Bridge.
“Foi regressar a uma casa onde o treinador principal teve sucesso e, obviamente, estas coisas mexem. Além disso, era um adversário português. Podemos sempre dizer que isto é competição, que jogo é jogo e as emoções são colocadas de lado, mas, na realidade, sabemos que não é bem assim. Existem emoções e queremos ganhar”, lembrou.
O FC Porto até venceu no Estádio do Dragão (2-1), mas foi relegado para a Liga Europa ao perder em Londres (2-0), sob olhar de José Mourinho, que tinha guiado os ‘dragões’ nas sucessivas conquistas de Taça UEFA (2002/03) e Liga dos Campeões (2003/04).
“Todos os que são portugueses e já passaram pelo clube sentem o jogo de uma forma diferente. São emoções que se afloram, mas hoje as coisas são diferentes. Tirando o Hilário [treinador de guarda-redes] e o Paulo Ferreira [na estrutura de observação], não vejo ninguém que tenha qualquer envolvimento emocional com este momento”, avaliou.
José Morais espera dois desafios de “pôr o açaime e cerrar os dentes” entre ‘blues’, que afastaram os espanhóis do Atlético de Madrid nos ‘oitavos’ (3-0 nas duas mãos), e ‘dragões’, ‘carrascos’ dos italianos da Juventus (4-4 e vantagem nos golos fora de casa).
“Tem a ver com a organização e os níveis de exigência do FC Porto. É um clube que gosta e se habitou a ganhar, independentemente da competição. No plano internacional, tem granjeado a fama de adversário difícil e essas crenças contam quando se instalam nos adversários, que o respeitam pela qualidade mostrada ao longo dos anos”, notou.
Se os nortenhos têm dois títulos europeus (1986/87 e 2003/04), o Chelsea “também já sabe como se chega lá” desde 2011/12, numa campanha iniciada sob alçada de André Villas-Boas e com Hilário, Bosingwa, Paulo Ferreira e Raul Meireles nas fileiras.
Em relação aos treinadores, nenhum deles ganhou a ‘Champions’, mas Sérgio Conceição fez parte do plantel portista campeão europeu em 2003/04 – só chegou em janeiro e não pôde jogar na Liga dos Campeões, pois já tinha representado a Lazio.
“Creio que é uma vantagem saber o que é ganhar uma competição desta dimensão e, eventualmente, em termos técnicos, é importante ter essa vivência e a capacidade de passar isso aos seus jogadores”, vincou.
Destacando a liderança do treinador dos campeões nacionais, descrito como “um dos dínamos do sucesso do FC Porto nos últimos tempos”, José Morais enaltece a harmonia por parte de uma “personalidade de natureza ambiciosa” nos “valores do próprio clube”.
“Espero que o corolário disto seja continuar o mais possível na Liga dos Campeões e, quem sabe, até ganhá-la, mas agora importa mais o próximo jogo. Estou aqui um pouco dividido e gostaria muito que o Chelsea tivesse resultados positivos. Se me perguntarem o que prefiro, como português prefiro que uma equipa portuguesa ganhe”, adiantou.
Os ’dragões’ regressam a Sevilha, onde, no Estádio Olímpico de La Cartuja, ergueram a Taça UEFA, frente aos escoceses do Celtic (3-2, após prolongamento), em maio de 2003, quase meio ano antes do ingresso de Sérgio Conceição no plantel de José Mourinho.
“O que é comparável é o FC Porto como organização e na exigência quanto à atitude mental. Qualquer treinador que passe por ali tem a obrigatoriedade de encarnar esses valores e ser capaz de transmiti-los aos jogadores. Creio que o Mourinho fez e o Sérgio está a fazer. Pode ter recebido alguma influência na forma de treinar, mas, no resto, são personalidades, momentos e equipas diferentes. Não há forma de comparar”, concluiu.