Reportagem
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Covid-19. A situação ao minuto do novo coronavírus no país e no mundo

por RTP

Reuters

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a propagação do SARS-CoV-2 à escala internacional.

Mais atualizações



22h39 - Guiné-Bissau regista mais dois novos casos

22h06 - Madeira com oito novos casos nas últimas 24 horas

As autoridades da Madeira sinalizaram oito novos infetados por SARS-CoV-2 nas últimas 24 horas, tendo a região identificados 86 casos ativos e seis pessoas hospitalizadas, informou hoje a Direção Regional de Saúde (DRS).

Estes dados são avançados no boletim sobre a situação epidemiológica no arquipélago, no qual a DRS refere que "a região passa a contabilizar 11.817 casos confirmados de covid-19" desde o início da pandemia.

Sobre os novos casos identificados, complementa que três são importados do Reino Unido e os restantes cinco de transmissão local.

"São 86 os casos ativos, dos quais 18 são casos importados e 68 são de transmissão local" que estão a cumprir isolamento, lê-se no mesmo documento.

20h56 - Cabo Verde com mais 25 infetados em 24 horas

20h33 - Angola anuncia mais 222 novos casos e cinco óbitos em 24 horas

19h52 - Portugal é o primeiro país do mundo a atingir meta de 85% de pessoas vacinadas

A meta foi atingida: 85 por cento da população portuguesa tem a vacinação completa contra a covid-19.

Nos países mais pobres, há apenas 2,4 por cento de pessoas com a primeira dose.

Durão Barroso diz que, por isto, não é moralmente aceitável que o mundo ocidental avance para a terceira dose da vacina.

19h33 - Rússia regista o número mais elevado de mortes desde o início da pandemia

Nas últimas 24 horas a Rússia registou 968 mortes por covid-19, o número mais elevado desde o início da pandemia.

É o quarto dia consecutivo em que as mortes diárias ultrapassaram as 900.

Neste momento, só 29 por cento da população russa está totalmente vacinada e o Governo tem resistido ao reforço de medidas de prevenção.

Nesta altura, a Rússia já tem o maior número de mortes na Europa: mais de 215 mil.

18h50 - Milhares de pessoas protestaram em Roma e em Genebra contra restrições da pandemia

Milhares de pessoas manifestaram-se hoje nas ruas das cidades de Roma, em Itália, e de Genebra, na Suíça, contra as restrições associadas à pandemia de covid-19, inclusive a obrigação do passe sanitário para entrar nalguns locais.

No centro da capital de Itália, os manifestantes contestaram a obrigação de apresentar, a partir de 15 de outubro, o passe sanitário, que inclui um certificado de vacinação, prova de recuperação após contrair covid-19 ou um teste negativo, em todos os locais de trabalho, isto depois de ter começado a ser exigido em agosto para museus, eventos desportivos e refeições em restaurantes.

Há mais de três semanas, o chefe do Governo de Itália, Mario Draghi, anunciou a extensão da obrigação do passe sanitário a todos os locais de trabalho, passível de suspensão de salário para funcionários que se recusem a cumprir. A medida já era obrigatória para todo o pessoal médico e docente.

"Fomos ambos suspensos há dois meses", disseram à agência France-Presse (AFP) Cosimo e Morena, enfermeiros na casa dos 40 anos, que contaram que têm problemas imunológicos e alérgicos e foram dispensados da vacinação pelo médico de família, mas continuaram suspensos do trabalho, sem remuneração.

17h42 - Marcelo Rebelo de Sousa apela à aprovação do Orçamento do Estado ainda sobre efeito da crise pandémica

Marcelo Rebelo de Sousa reforça a necessidade de aprovar o próximo Orçamento do Estado, quando o país está a recuperar economicamente dos efeitos da pandemia.


17h13 - Itália com mais 46 mortes e 2.748 novos casos

Há mais 2.748 e 46 mortes em Itália, devido à Covid-19.

16h58 - Reino Unido regista 133 mortes e 34.950 novos casos

O Reino Unido reportou, nas últimas 24 horas, 34.950 novos casos e 133 óbitos devido à covid-19.

16h30 - Singapura já permite novamente viagens sem imposição de quarentena

Singapura está a abrir novamente as fronteiras para mais países com viagens sem quarentena enquanto se prepara para alcançar um "novo normal".

16h00 - Casos diários em Tóquio caem para número mais baixo desde o ano passado

Tóquio reportou 82 casos de covid-19, o número mais baixo de casos diários desde o dia 19 de outubro do ano passado.

15h29 - Macau vai testar grupos específicos de trabalhadores e nacionalidades

Macau vai lançar um plano de testes de alta frequência à covid-19 para grupos específicos de trabalhadores e nacionalidades no território, anunciaram hoje as autoridades.

"Este plano inclui duas categorias: todos os trabalhadores das atividades de obras de remodelação, lavandarias e segurança. A segunda é composta por trabalhadores não residentes de nacionalidade nepalesa e vietnamita", indicou o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, na conferência de imprensa diária.

O objetivo é "prevenir a propagação do novo coronavírus na comunidade", disseram as autoridades, dado que os casos mais recentes de covid-19 envolvem trabalhadores daquelas atividades e das referidas nacionalidades.

Assim, as comunidades vietnamita e nepalesa terão de fazer quatro testes consecutivos de ácido nucleico, em dias alternados, para "garantir que não há transmissão comunitária da covid-19", afirmaram.

De acordo com as estatísticas de Macau, mais de 15 mil vietnamitas e cerca de dois mil nepaleses vivem no território.

15h15 - MNE elogia papel das Forças Armadas na vacinação em reunião da NATO

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, deu hoje o envolvimento das Forças Armadas na vacinação anticovid-19 em Portugal como um exemplo para os governos da NATO pedirem o reforço dos orçamentos de defesa.

“Quando se tem de convencer os deputados de que é preciso gastar mais na Defesa, é importante mostrar a importância das forças armadas (..) para o desempenho de outros objetivos de segurança humana”, disse.

14h48 - Mais sete óbitos e 704 casos em Portugal

Portugal reporta mais sete óbitos e 704 casos de covid-19, nas últimas 24 horas. Há menos 70 casos ativos, mais 767 recuperados e menos 220 contactos em vigilância.

A região Norte tem mais 235 casos, Lisboa e Vale do Tejo mais 230, no Centro do país contam-se mais 112 infeções, no Alentejo mais 59 e no Algarve mais 44. Nos Açores há mais 13 casos de covid-19 e na Madeira 11.

Embora os internamentos estejam a diminuir, há mais três doentes em cuidados intensivos.

14h22 - Gouveia e Melo estruturou a vacinação como se o país estivesse em guerra contra o vírus

Durão Barroso defende que é moralmente inaceitável que o mundo ocidental avance para uma terceira dose da vacina quando só 2,4% da população dos países mais pobres está protegido com uma única toma. E numa altura em que Portugal é apontado como uma exemplo de sucesso com 85% da população totalmente vacinada, também o Almirante Gouveia e Melo defende a prioridade de vacinar o resto do mundo como objecivo estratégico de protecção global contra a pandemia.

Foram duas das intervenções nas sessoes temáticas da Assembleia Parlamentar da NATO que se realiza em Lisboa até segunda-feira.


13h50 - Austrália prepara-se para aliviar restrições, mas receia aumento de infeções

As autoridades australianas afirmaram, este sábado, estar a prepara-se para o aumento de casos de covid-19 e de internamentos por doença grave, ao mesmo tempo que as restrições impostas para combater a pandemia começam a ser aliviadas gradualmente.

Sydney, por exemplo, está em cofinamento há mais de 100 dias e pretende começar a aliviar as restrições já a partir da próxima segunda-feira. Mais de 70 por cento das pessoas em todo o Estado de Nova Gales do Sul, do qual Sydney é a capital, foram já totalmente vacinadas.

"Sabemos que, à medida que desconfinarmos, o número de casos aumentará", disse o primeiro-ministro de Nova Gales do Sul, Dominic Perrottet. "Mas o que tem sido fundamental para manter as pessoas seguras é nossa alta taxa de vacinação".

12h22 - Rússia estabelece novo recorde de mortes e aproxima-se das 30 mil infeções diárias

A Rússia registou hoje um novo recorde de mortes provocadas pela covid-19, com 968 mortes no último dia, o máximo desde o início da pandemia, informou o centro operacional de combate a esta doença infecciosa. De acordo com a mesma fonte, em Moscovo morreram 70 doentes e em São Petersburgo 61.

Até hoje o país já registou 215.453 mortes por covid-19, embora as estatísticas oficiais sobre o excesso de mortes habituais no mesmo período tenham triplicado esse número.

Na sexta-feira, a Rússia registou 29.362 novos casos, aproximando o país da barreira das 30 mil infeções diárias. O maior registo de infecções diárias durante toda a pandemia ocorreu em 24 de dezembro de 2020, com 29.935 casos.

12h08 - Açores com 13 novos casos de infeção e 13 recuperações

Os Açores registaram hoje 13 novos casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2 que provoca a doença covid-19 e igual número de recuperações, mantendo 176 casos ativos, revelou a Autoridade de Saúde Regional.

Segundo o boletim diário da Autoridade de Saúde Regional dos Açores, nas últimas 24 horas, foram diagnosticados 13 novos casos de infeção, dos quais 12 em São Miguel e um na Terceira, “resultantes de 1.010 análises realizadas em laboratório convencionado”.

“De todos os casos registados em São Miguel, 11 resultam de transmissão comunitária e um corresponde a um viajante, residente, com resultado positivo no rastreio por sintomatologia”, avançou a Autoridade de Saúde Regional.

O caso registado na ilha Terceira “corresponde também a um viajante, não residente, com resultado positivo no rastreio por sintomatologia”.

Estão internados com covid-19 na região oito doentes (menos um do que na sexta-feira), estando “cinco no Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, dois no Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira e um no Hospital da Horta, este internado na Unidade de Cuidados Intensivos”.

O comunicado da Autoridade de Saúde Regional reporta ainda 13 recuperações, “sendo 10 em São Miguel, duas na Terceira e uma no Faial”.

Os Açores têm atualmente 176 casos ativos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2 que provoca a doença covid-19, dos quais 164 em São Miguel, seis na Terceira, três no Faial e três no Pico.

11h53 - Presidente da GAVI acusa governos de prejudicarem distribuição equitativa de vacinas

O presidente da Aliança Global das Vacinas (GAVI), Durão Barroso, afirmou que o esforço de distribuição equitativa de vacinas contra a covid-19 pelo mundo está a ser prejudicado por "governos que podiam e deviam estar a fazer mais".

Intervindo na assembleia parlamentar da NATO, que decorre entre hoje e segunda-feira na Assembleia da República, o ex-primeiro-ministro português afirmou que o mecanismo colaborativo Covax - que agrega GAVI, Organização Mundial de Saúde, Unicef e outras organizações - está "a ser impedido de ter sucesso por governos que podiam e deviam estar a fazer mais, que estão a fazer alguma coisa, mas que não é suficiente".

Durão Barroso apontou disparidades entre os níveis de vacinação das populações de países de rendimentos mais altos e os de rendimentos mais baixos, referindo que apenas "2,4 por cento das pessoas em países de baixos rendimentos receberam pelo menos uma dose de vacina" e que "apenas 4,6% da população africana está vacinada".

"Há um problema real de desigualdade. Isto é moralmente inaceitável", declarou.

O ex-presidente da Comissão Europeia indicou que neste momento, os números oficiais atingem "4,7 milhões de mortes com covid", mas afirmou que "os números reais são de certeza muito, muito mais elevados".

Além disso, há "236 milhões de casos confirmados" no mundo e a "perda de quatro mil biliões de dólares na economia global, sem fim à vista e isso precisa de mudar já".


11h22 - Terceira dose da vacina arranca dia 11 para quem tomou a da gripe há mais de 14 dias

Os idosos que tomaram a vacina da gripe há mais de 14 dias vão começar a receber a terceira dose da vacina contra a covid-19 a partir de segunda-feira, dia 11, disse à Lusa a diretora-geral da Saúde.

“Estamos à espera que haja uma orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para podermos, se for possível, administrar [o reforço da] vacina contra a covid-19 e a vacina contra a gripe no mesmo dia, em locais do corpo diferentes, mas na mesma sessão vacinal”, disse à Lusa a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.

A diretora-geral destacou que, enquanto essa recomendação não é conhecida, vai ser dado “início à vacinação, na próxima segunda-feira, vacinando as pessoas que já tiveram a vacina da gripe há 14 dias e que já têm o intervalo para poderem ter o reforço da vacinação contra a covid-19”.

Ressalvando que o processo de vacinação em Portugal foi um “sucesso” – com o país a atingir hoje a meta de 85% da população vacinada – Graça Freitas acentua que este ainda não acabou, sendo necessário continuar a vacinar quem ainda não o fez e também a reforçar a imunidade dos grupos que foram identificados como elegíveis para uma terceira dose ou dose de reforço da vacina, nomeadamente imunodeprimidos e pessoas com mais de 65 anos.

“Temos que reforçar de alguma forma a imunidade daqueles que necessitam de um novo estímulo para ficarem mais protegidos porque a proteção vai diminuindo ao longo do tempo e estamos a fazê-lo em dois grupos”, disse Graça Freitas.

O primeiro daqueles grupos abrange os imunodeprimidos, cujo reforço da vacina contra a covid-19 já foi iniciado, e o segundo grupo engloba as pessoas com mais de 65 anos, sendo dada “prioridade para pessoas com 80 anos ou mais e para as pessoas que residem em lares e estruturas similares”, com a inoculação terceira dose ou dose de reforço a iniciar-se na segunda-feira.

Caso chegue entretanto a orientação da OMS para uma coadministração das vacinas contra a gripe e a covid-19 na mesma sessão vacinal, a diretora-geral da Saúde afirma que a capacidade logística e de planeamento está “preparada” para cumprir tal medida que, a ser possível, “dá mais conforto às pessoas, que evitam uma deslocação” e facilita a gestão do processo ao nível dos serviços.

10h59 - África com mais 274 mortes e 6.325 infetados nas últimas 24 horas

África registou 274 mortes associadas à covid-19 nas últimas 24 horas, elevando para 213.699 o total de óbitos desde o início da pandemia, e 6.325 novos contágios, de acordo com os dados oficiais mais recentes.

Segundo o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), o total acumulado de casos de infeção no continente desde o início da pandemia é agora de 8.378.048 e o de recuperados é de 7.728.323, mais 7.083 nas últimas 24 horas.

A África Austral continua a ser a região mais afetada do continente, com 3.901.495 casos e 110.122 óbitos associados à covid-19.

Nesta região, encontra-se o país mais atingido pela pandemia, a África do Sul, que contabiliza 2.910.681 casos e 88.236 mortes.

O Norte de África, que sucede à África Austral nos números da covid-19, atingiu hoje 2.546.435 contágios pelo vírus SARS-CoV-2 e 68.496 mortes associadas à covid-19.

A África Oriental contabiliza 1.026.732 infeções e 21.910 mortos, e a região da África Ocidental regista 652.705 casos de infeção e 9.669 mortes.

A África Central é a que tem menos casos de infeção e de mortes, 250.691 e 3.502 respetivamente.

A Tunísia, o segundo país africano com mais vítimas mortais a seguir à África do Sul, regista 24.996 mortes e 709.456 infetados, seguindo-se o Egito, com 17.619 óbitos e 310.745 casos, e Marrocos, com 938.286 contágios, mas menos mortes do que os dois países anteriores, 14.427 óbitos associados à doença.

Entre os países mais afetados estão também a Argélia, com 5.845 óbitos e 204.388 pessoas infetadas, a Etiópia, com 5.921 vítimas mortais e 353.425 infeções, e o Quénia, com 5.179 mortes associadas à doença e 250.898 contágios acumulados.

Em relação aos países de língua oficial portuguesa, Moçambique contabiliza 1.921 mortes associadas à doença e 150.935 infetados acumulados desde o início da pandemia, seguindo-se Angola (1.613 óbitos e 61.023 casos), Cabo Verde (346 mortes e 37.845 infeções), Guiné Equatorial (154 óbitos e 12.657 casos), Guiné-Bissau (135 mortos e 6.115 infetados) e São Tomé e Príncipe (56 óbitos e 3.613 infeções).

10h11 - Portugal atingiu hoje a meta de 85% da população vacinada

A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, anunciou hoje que Portugal atingiu hoje a meta de ter 85% da população com vacinação completa contra a covid-19, agradecendo a todos os que contribuíram para este objetivo.

“Hoje é um dia feliz. Atingimos, de facto, a nossa meta de vacinar contra a covid-19, com a vacinação completa, 85% da nossa população”, disse à Lusa Graça Freitas, ressalvando que tal foi conseguido “dando uma oportunidade a todos, sem distinção de ninguém, de se poderem vacinar”.

Considerando que a superação daquele objetivo é “um orgulho” para o país, a diretora-geral sublinhou, entre agradecimentos, que tal apenas foi conseguido com a colaboração da população, dos profissionais envolvidos na vacinação e da ‘task-force’.

“A minha primeira palavra de agradecimento vai para estes cidadãos que exerceram o seu direito à proteção da saúde, mas também a sua corresponsabilidade pela saúde de todos”, referiu Graça Freitas.

Neste contexto, dedicou também uma palavra especial aos jovens, cuja adesão à vacinação contra a covid-19 foi essencial para que o país conseguisse atingir, cerca de nove meses depois de iniciadas as inoculações, 85% da população com vacinação completa.

“Só conseguimos atingir 85% de toda a população com a vacinação completa também graças à vacinação dos jovens. Se não tivéssemos esta adesão, não teríamos conseguido. Os jovens estão a aderir bastante bem e continuamos a contar com eles. Temos a estrutura montada para os vacinar até completarem o seu esquema”, precisou.

Os agradecimentos da diretora-geral estenderam-se ainda aos profissionais de saúde, bombeiros, voluntários e entidades que participaram na vacinação, nomeadamente Ministério da Saúde e outros ministérios e autarquias, e à ‘task-force’ liderada pelo vice-almirante Gouveia e Melo “porque foi preciso um plano e concretizar esse plano para atingir estes resultados”.

9h50 - Cansaço causou aumento do absentismo laboral no Hospital São João nos últimos dois anos

O cansaço e desgaste psicológico são alguns dos motivos que justificam o absentismo laboral no Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), que, entre 2019 e 2021, aumentou 33% entre os profissionais de saúde, com maior expressão nos enfermeiros.

“De facto, as pessoas estão cansadas. Foram meses muito difíceis e aquilo que antes poderia ser uma ausência de um ou dois dias, hoje, leva a uma ausência mais prolongada porque as pessoas estão mais frágeis e psicologicamente desgastadas”, afirmou Filomena Cardoso, enfermeira diretora do Conselho de Administração do CHUSJ, no Porto.

O estudo levado a cabo no hospital de São João mostra, comparando os primeiros oito meses de 2019 (de janeiro a agosto) com os primeiros oito meses de 2021, que o absentismo laboral aumentou, em termos gerais, 33%. Nos enfermeiros, o absentismo laboral aumentou 70% no período em análise.

Comparando o atual panorama a um “pós-guerra”, a enfermeira defendeu que esta percentagem reflete, principalmente, “o cansaço acumulado ao longo dos últimos meses”.

“Temos de pensar na saúde mental dos profissionais de saúde que viveram uma época muito difícil e que estão muito sobrecarregados, fragilizados, cansados e que precisam que também olhemos por eles”, salientou.

O isolamento profilático, o fecho das escolas, a doença covid-19 e a saúde mental são alguns dos motivos apontados pelos enfermeiros para o absentismo laboral, aos quais se somam, segundo Filomena Cardoso, as “muitas perdas”, não só de doentes, mas também de pessoas próximas.

A par do absentismo, no período em análise registou-se um aumento de 25% dos dias de férias para gozar, que se prende, sobretudo, com dois fatores: “os profissionais de saúde não terem tirado férias em 2020” e “as férias terem sido majoradas quando ficaram para gozar”.

“Temos muita gente ausente, porque os que cá estão [no hospital] continuam a trabalhar e têm de assegurar as mesmas funções”, admitiu a enfermeira, afirmando ser preciso “um reforço” do número de profissionais de saúde.

9h15 - Brasil ultrapassa os 600 mil óbitos

O Brasil ultrapassou as 600 mil mortes por Covid-19. Um número considerado vergonhoso por especialistas e por uma parte considerável da sociedade civil.


8h42 - Comissão Nacional de Cuidados Paliativos aposta em quatro eixos no novo plano de ação

O novo plano da Comissão Nacional de Cuidados Paliativos (CNCP) aponta os cuidados centrados na pessoa, a formação, a qualidade e a organização como as quatro prioridades de ação para o futuro, adiantou o presidente do organismo.

Com o Dia Mundial dos Cuidados Paliativos a cumprir-se este sábado, Rui Sousa Silva apresentou em entrevista à Lusa as principais linhas da nova estratégia da comissão, que visa aumentar a capacidade de resposta face às necessidades na população e aliviar a sobrecarga das equipas que estão no terreno, assegurando ter “todo o apoio” do Ministério da Saúde.

“Os cuidados centrados na pessoa, basicamente, é o nosso foco sobre a questão da acessibilidade e da sensibilização para a referenciação precoce deste tipo de doentes”, explicou, sublinhando: “A nossa visão é da constituição daquilo que chamámos de plano individual de cuidados paliativos e que se coaduna perfeitamente com o conceito mais geral, que é o plano individual de cuidados no Serviço Nacional de Saúde [SNS]”.

8h00 - Autoridades mexicanas descobrem 642 migrantes em reboques próximo da fronteira

As autoridades mexicanas revelaram hoje que descobriram 642 migrantes centro-americanos em seis reboques de camiões perto da fronteira com os Estados Unidos.

Os camiões pararam num posto de controlo militar na noite de quinta-feira numa estrada entre a Cidade Vitoria e Monterrey, no Estado de Tamaulipas, no norte do país, afirmaram as autoridades mexicanas em comunicado.

A Agência Estadual de Segurança Pública disse que quatro suspeitos foram presos e que entre os migrantes estavam 564 pessoas da Guatemala, Honduras, de El Salvador, Nicarágua e de Belize.

Os atrelados foram trancados com cadeados, o que levou a que as autoridades tivessem de os levar para as instalações da polícia estadual para os abrir. salientaram.

A Cruz Vermelha disse, por sua vez, que 40 migrantes foram avaliados devido ao seu estado de desidratação e desnutrição.

Entretanto, o Departamento de Saúde de Tamaulipas afirmou que nove dos migrantes testaram positivo à Covid-19.

Ponto da situação

Os maiores de 80 anos e os utentes dos lares de idosos começam a receber a terceira dose contra a Covid-19 na próxima semana.

A garantia é da Direção-Geral da Saúde, que aguarda ainda o parecer da OMS para saber se este reforço pode ser administrado em conjunto com a vacina da gripe.

Há 44 surtos ativos em lares de idosos. São mais de 565 utentes infetados com o novo coronavírus. No lar de Arouca morreu mais um idoso e aumenta para três o número de vítimas mortais.

Mais de quarenta e três mil e setecentas pessoas com vacinação completa foram infectadas com Covid 19. Representa isto 0,5% do total de vacinados.

O relatório das linhas vermelhas da pandemia indica também que dessas, quatrocentas e sessenta e sete morreram.

Mais de metade dos óbitos diz respeito a pessoas com mais de 80 anos.

O Alentejo é a única região do país onde o índice de transmissibilidade está acima de 1. Nas restantes zonas, a incidência tende a estabilizar.