Kentucky. KKK sai à rua contra imigrantes no dia da tomada de posse de Trump

por RTP
Anadolu via AFP

A polícia do Kentucky está a investigar a entrega de folhetos por parte do Klu Klux Klan, o maior grupo supremacista branco nos Estados Unidos, a imigrantes exigindo a saída dos mesmos do território norte-americano de forma imediata. A entrega foi realizada no dia da posse de Donald Trump.

Os folhetos mostram o “Tio Sam” a expulsar a pontapé uma família de cinco pessoas, um bebé e duas crianças incluídas, e ainda pode ler-se “Precisamos da vossa ajuda. Vigiem e persigam todos os imigrantes. Denunciem-nos a todos”.

Os folhetos contêm ainda indicações a apelar que mais pessoas adiram ao Ku Klux Klan e muitos foram distribuídos no dia 20, por altura da posse de Donald Trump em Washington. O presidente prometeu que logo no início deste segundo mandato na Casa Branca iria expulsar dos Estados Unidos todos os imigrantes ilegais no país através do maior programa de deportações da história americana.

A polícia do Estado do Kentucky diz estar a seguir a situação e pede a quem se sinta assediado para apresentar queixa.

“Temos conhecimento e já tivemos uma queixa sobre este comportamento perturbador e nojento de propaganda do KKK que está a circular pela nossa comunidade. Este lixo odioso tem aparecido noutras cidades também”.

“Não apoiamos nem aceitamos este tipo de comportamento e se sentirem que estão a ser ameaçados ou assediados não hesitem em chamar e fazer queixa na polícia”.

O presidente da autarquia de Fort Wright, local onde foram distribuídos folhetos, avisou que não vai aceitar o comportamento do grupo supremacista.

Este tipo de lixo é deplorável e abominável e não representa a comunidade de Fort Wright ou os valores dos nossos negócios e residentes, não vai ser tolerado na cidade e não deve ser tolerado na sociedade no seu todo”, disse Dave Hatter em comunicado.

O chefe da polícia de Bellevue, no Kentucky, declarou a The Washington Post que um dos residentes da cidade tinha encontrado um dos folhetos.

“Nunca vi nada como isto na minha vida. É algo que se tornou alarmante para a nossa comunidade”, disse Jon McClain, sublinhando que a distribuição de folhetos no dia da posse de Donald Trump não foi uma coincidência.
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