Trump perdoa 23 ativistas pró-vida condenadas por impedirem acesso a clínicas de aborto
Donald Trump emitiu na quinta-feira perdões presidenciais para 23 ativistas pró-vida que tinham sido condenadas por bloquearem o acesso a clínicas de aborto nos Estados Unidos. A decisão chegou na véspera de uma das maiores marchas anti-aborto do país, que deverá contar com dezenas de milhares de participantes e terá como convidado especial o vice-presidente, JD Vance.
Segundo a imprensa norte-americana, uma das pessoas perdoadas é Lauren Handy, líder do grupo pró-vida Progressive Anti-Abortion Uprising.
Esta entidade foi condenada por, em 2020, ter conspirado para invadir uma clínica de saúde reprodutiva em Washington e bloqueado o acesso à mesma para intimidar pacientes e funcionários.
Os membros do grupo forçaram a entrada na clínica, ferindo uma enfermeira, e passaram várias horas no interior das instalações.
Lauren Handy, de 31 anos, foi condenada em maio de 2024 a quase cinco anos de prisão. A polícia encontrou cinco fetos na sua casa, em Washington, depois de a ativista ter sido acusada.
A interrupção voluntária da gravidez tornou-se uma questão central na corrida presidencial de 2024, depois de o Supremo Tribunal dos EUA ter anulado a decisão Roe v. Wade em 2022, pondo fim a quase 50 anos de direito constitucional ao aborto.
Os perdões presidenciais de Donald Trump foram concedidos na véspera de uma das maiores marchas anti-aborto dos Estados Unidos, a March for Life, realizada anualmente em Washington desde 1974 – um ano depois de o Supremo Tribunal dos EUA ter legalizado o aborto.
Em 2020, Trump tornou-se o primeiro presidente norte-americano a participar pessoalmente na marcha. Esta sexta-feira, um dos convidados especiais será o vice-presidente, JD Vance.