A imponente Torre Eiffel "testemunhou" uma sessão de fotos de promoção dos trajes e equipamentos da Missão portuguesa a Paris2024, com atletas de passado olímpico a transformarem-se em modelos por um dia na capital francesa.
A agenda do "pulinho" à capital francesa era intensa, estendendo-se por 18 horas, o que desincentivava a presença de apurados para os próximos Jogos.
Assim, o triatleta João Silva e a judoca Joana Ramos, que estiveram em Londres2012, Rio2016 e Tóquio2020, a atleta Susana Costa, nona no triplo salto no Rio2016, a judoca Joana Ramos e o velejador João Rodrigues, o desportista nacional com mais participações (sete) em Jogos, juntaram-se ao chefe de Missão, Marcos Alves, para levarem as cores e as vestes de Portugal ao local mais emblemático da capital francesa, a Torre Eiffel.
Num dos cais do Sena, um relógio, entalado entre o rio e o maior símbolo de Paris, conta as horas, os minutos, os segundos que faltam para a cerimónia de abertura e nem o cinzento demasiado pesado do céu de hoje demoveu todos que por ali passaram de tirar uma foto com esse contador apressado do tempo.
A comitiva lusa, integrada maioritariamente por equipas das duas marcas responsáveis pela criação, respetivamente, dos trajes e dos equipamentos desportivos, e pela conceção da sessão fotográfica de hoje, não foi exceção, elegendo esse local para a primeira paragem do périplo do editorial para Paris2024.
Descontraídos e aparentemente confortáveis na sua pele de "modelos", os olímpicos lusos encararam a missão com o mesmo afinco com que representavam Portugal na principal competição desportiva mundial, eternizando o momento com "selfies" e sorrisos rasgados.
Joana Ramos em tempo de recordar
“Foi sempre um orgulho enorme (representar Portugal). Realmente, é aproveitar a oportunidade que me deram de conseguir viver um bocadinho do que será Paris, que isto é só um bocadinho do que serão os Jogos. (…) Há alguma nostalgia da minha parte, mas muita alegria também”, reconheceu Joana Ramos.
A antiga judoca viajou para a capital francesa para “experienciar um pouco” de Paris2024 e dizer aos judocas que fizeram parte da sua “equipa” que está com eles e que continua “com o mesmo sentimento de pertença”.
Joana Ramos só hesitou momentaneamente quando recebeu o convite, porque, como foi mãe há pouco tempo, quis assegurar-se de que a viagem de vinda e volta decorreria no mesmo dia.
“Era a condição. Quis fazer parte por isso mesmo, para dizer que gostaria imenso de viver o sonho, mas não é o meu caminho”, concluiu a agora treinadora da Federação Portuguesa de Judo.
Haveria ainda tempo para mais duas mudanças de cenário, sempre com a omnipresente Torre Eiffel a espreitar no horizonte, e para novo lanche tipicamente nacional, proporcionado pelo Canelas, um "catering" móvel com cunho português, antes do regresso a Lisboa.