Portugal nos Europeus de taekwondo com "boas perspetivas" de medalha

por Lusa
Reuters

A Federação Portugal Taekwondo (PORTKD) deposita “muito boas perspetivas” na seleção de 16 atletas aos Europeus de Belgrado, que decorrem de sexta-feira a domingo, com o presidente do organismo a confiar na conquista de “pelo menos uma medalha”.

“Muito boas perspetivas. Vamos com uma equipa muito jovem e muito motivada. Em 2024 sentimos que estamos com uma equipa muito mais coesa, pois os atletas já começam a ir a algumas provas juntos. Começa a haver um sentimento de seleção e isso dá-nos motivação extra. Temos já alguma experiência, por isso estamos muito otimistas”, disse, à Lusa, Nuno Semedo.

Tendo isso em conta, o dirigente assume que a federação se sentiria “satisfeita em trazer pelo menos uma medalha”, considerado que esse eventual feito seria “muito positivo e merecedor do esforço destes atletas”.

“Às vezes é um pouco injusto apontar qual deles (tem mais hipóteses de sucesso), pois é uma modalidade com muitas surpresas e depende do sorteio. Saliento a Matilde (Ferreira), que este na prova de aproamento olímpico, e a Maisa (Monteiro), que está nas esperanças olímpicas. Mas isto não quer dizer que as minhas fichas estejam todas neles. Mas a matemática aponta para os atletas com melhor ranking internacional”, sustentou.

Rui Bragança, a maior referência da história da modalidade, com participações nos Jogos Olímpicos Rio2016 e Tóquio2020, abandonou recentemente a modalidade, enquanto Júlio Ferreira e Joana Cunha, que partilham com o vimaranense o estatuto de atletas lusos com melhores resultados internacionais, podem deixar a alta competição igualmente este ano.

“Mesmo que não continuem, a comunidade desportiva bebeu muito destes atletas, conseguimos aprender com eles, pelo percurso, resultados, pelas coisas boas e menos boas. É inevitável que consigamos ter atletas a trilhar o mesmo percurso”, confia Nuno Semedo.

Apesar de o taekwondo luso ter falhado a qualificação para Paris2024, o dirigente, que cumpre o terceiro e último mandato na PORTKD, está “confiante” no futuro da modalidade, seja pela qualidade de atletas, seja pela transição de conhecimento na federação.

“Temos um conjunto de atletas que estão a esforçar-se muito para que em pouco tempo consigamos novamente colocar o taekwondo [português] na ribalta dos palcos internacionais”, concluiu.

Joana Cunha (-57 kg), que nos últimos anos tem sido a grande referência feminina da modalidade em Portugal, declinou a participação, tal como Manuel Martinho (-87 kg).
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