Em direto
Guerra no Médio Oriente. A escalada do conflito ao minuto

Constrangimentos nas urgências. "Mapas são atualizados dia a dia"

por RTP
O Hospital Fernando da Fonseca foi uma das unidades visitadas este sábado pela ministra da Saúde Filipe Silva - RTP

A ministra da Saúde reconheceu este sábado que os utentes do SNS podem debater-se com constrangimentos nos mapas das urgências hospitalares. Ana Paula Martins reiterou, ao mesmo tempo, que os planos "são atualizados dia a dia" e que esta é uma situação herdada da anterior tutela.

"Temos 90 por cento das urgências abertas, o que é fruto de grande esforço por parte das equipas. Os mapas são atualizados dia a dia, mas são atualizados em cima do que já está previsto nas escalas. As férias são marcadas no primeiro trimestre e as escalas são apresentadas para três meses, mas há imprevistos", afirmou a ministra aos jornalistas, durante uma deslocação ao Hospital de Amadora-Sintra.

"Nós já herdámos esta situação. No ano passado, por esta altura, tínhamos exatamente o mesmo tipo de constrangimentos", acrescentou a governante.O Hospital Fernando da Fonseca foi uma das unidades visitadas pela ministra da Saúde, que se propôs dialogar com as equipas dos serviços de ginecologia e obstetrícia.

"Estamos a monitorizar ao dia tudo o que se passa nas nossas urgências", disse Ana Paula Martins.

Pouco antes, fonte do Ministério da Saúde, citada pela agência Lusa, dera conta de 90 serviços de urgência de todas as especialidades abertos este sábado em Portugal continental. Outros sete estavam fechados e nove apresentavam constrangimentos.

Questionada sobre se pode garantir que todos os constrangimentos serão ultrapassados, a ministra da Saúde evitou comprometer-se: "O que o Ministério da Saúde consegue garantir é que tudo faremos para minimizar os constrangimentos. Ninguém poderá - e eu também não - dizer que não haverá constrangimentos. Esta organização não pode ser conseguida em dois meses".
Dias complicados em ginecologia e obstetrícia

O Governo apresentou na sexta-feira os mapas das urgências, perante a falta de médicos para preencher as escalas. A situação agudiza-se sobretudo na região de Lisboa e Vale do Tejo.

Na margem sul do Tejo, os hospitais Garcia de Orta e do Barreiro têm as urgências de ginecologia e obstetrícia encerradas até à próxima quinta-feira. Já o Hospital de Setúbal tem limitações de horários.

Para muitas grávidas, as alternativas são os hospitais de Lisboa. Contudo, nem todos estão em pleno funcionamento. O Hospital de Santa Maria tem a urgência desta especialidade encerrada devido a obras. Os hospitais de São Francisco Xavier e Amadora-Sintra estão a funcionar com horários limitados.
A ministra enfatizou que, em ginecologia e obstetrícia, assim como em pediatria, "a previsibilidade é muito maior". Ainda assim, Ana Paula Martins admitiu que "há zonas do país, incluindo de Lisboa e Vale do Tejo, onde se depende muito de equipas de médicos que trabalham de forma tarefeira".

"Nessas situações, é mais fácil haver constrangimentos que são imprevisíveis", fez notar.

A preparação do plano de inverno, ainda de acordo com a titular da pasta da Saúde, terá início "daqui a duas semanas".

O novo diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde, António Gandra d'Almeida, "começará a preparação com os hospitais e com os responsáveis da saúde, de forma a conseguirmos organizar as urgências de forma a conseguirmos minimizar os constrangimentos já para o inverno".

c/ Lusa
PUB