"Fora da Lei". Inquérito confirma espera excessiva por consultas em hospitais
Um inquérito da DECO - Associação para a Defesa do Consumidor conclui que, nas consultas prioritárias referenciadas pelo médico de família aos hospitais (22 por cento), em quase metade das situações o Tempo Máximo de Resposta Garantido é ultrapassado. De acordo com a lei, a espera por uma consulta nestes casos não pode excede os 60 dias.
Os prazos referidos no inquérito aplicam-se à primeira consulta de especialidade no hospital, com exceção das que são motivadas por doença cardíaca ou oncológica, que devem acontecer no prazo de 15 a 30 dias, consoante a prioridade.
"Reclamem sem receios"
A DECO alerta ainda para outra conclusão do estudo: 91 por cento dos inquiridos encaminhados para uma consulta da especialidade nos hospitais nunca reclamaram de que o tempo de espera ultrapassou o que está definido por lei.
A DECO refere ainda que entre os 721 inquiridos “o número de consultas muito prioritárias declarado no estudo foi residual. Porém, mais de um quinto dos inquiridos assinalou "não sei qual o grau de prioridade". Susana Santos, especialista na área de Saúde da Deco PROteste, foi também entrevistada na manhã desta quinta-feira no programa Bom Dia Portugal.