Ministra da Justiça à Antena 1: "não será por falta de salas que o julgamento de José Sócrates na Operação Marquês não se realiza"

por Rita Soares - Antena 1
Fotos: Gonçalo Costa Martins - Antena 1

O Ano Judicial que hoje se inicia traz com ele processos mediáticos antigos e que podem ter desenvolvimentos consideráveis. Um desses processos é a Operação Marquês, com o arranque do julgamento do antigo primeiro-ministro, José Sócrates, acusado de vários crimes.

Em entrevista, esta manhã, à Antena 1, a ministra da Justiça garante que a falta de salas não será um problema.

Rita Alarcão Júdice sublinha que não é ela que decide se o julgamento avança no Tribunal de Monsanto - uma possibilidade já apontada, ainda que com a necessidade de obras.

A ministra diz, apenas, que o espaço físico para as diligências não é uma questão.

A ministra assume, no entanto, que são muitas as falhas físicas nos tribunais portugueses.

Rita Alarcão Júdice fez, nesta entrevista, uma retrospetiva do seu mandato, que começou há nove meses.

A ministra classifica a fuga de cinco reclusos do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus, em setembro, como o momento mais difícil até agora.

A governante admite que há várias prisões a funcionar de forma deficitária.
Rita Alarcão Júdice afirma que as obras na cadeia de Ponta Delgada são as mais urgentes.

À Rádio Pública, a ministra da Justiça diz, também, que a portaria da revisão dos honorários dos advogados oficiosos vai ser publicada nos próximos dias.

Questionada sobre um dos temas da atualidade - a operação policial no Martim Moniz, em Lisboa, em dezembro - Rita Alarcão Júdice lembra que essa não é uma questão que tenha a ver com o Ministério que tutela.

Ainda assim, a ministra considera que não há, em Portugal, uma perseguição aos imigrantes.

Sobre a cerimónia desta tarde, de Abertura do Ano Judicial, a ministra da Justiça espera ouvir alguns recados e algumas palavras duras.

Rita Alarcão Júdice estreia-se como ministra da Justiça na cerimónia de Abertura do Ano Judicial.
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