O tenente-general Vasco Rocha Vieira morreu esta quarta-feira, aos 85 anos. Foi o último governador de Macau, entre 1991 e 1999, passando também pelos cargos de chefe do Estado-Maior do Exército e ministro da República para os Açores.
Vasco Rocha Vieira morreu durante a madrugada, confirmou à agência Lusa fonte oficial do Exército.
O tenente-general nasceu a 16 de agosto 1939 e exerceu o cargo de governador de Macau entre 1991 e 1999, quando se processou a transferência desse território para a China.
Antes, entre 1976 e 1978, desempenhou funções como chefe do Estado-Maior do Exército e foi também ministro da República dos Açores entre 1986 e 1991.
O tenente-general nasceu a 16 de agosto 1939 e exerceu o cargo de governador de Macau entre 1991 e 1999, quando se processou a transferência desse território para a China.
Antes, entre 1976 e 1978, desempenhou funções como chefe do Estado-Maior do Exército e foi também ministro da República dos Açores entre 1986 e 1991.
Em 2015, foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar da Torre e Espada pelo ex-presidente Cavaco Silva.
Anteriormente, fora condecorado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique (1986), atribuída pelo general Ramalho Eanes, com a Grã-Cruz da Ordem de Cristo (1996), conferida por Mário Soares, e com o Grande Colar da Ordem do Infante D. Henrique (2001), atribuída por Jorge Sampaio, uma condecoração atribuída excecionalmente, já que é normalmente destinada a chefes de Estado.
Era licenciado em Engenharia Civil e tirou vários cursos e especialidades, incluindo o Curso Geral de Estado-Maior, o Curso Complementar de Estado-Maior, o Curso de Comando e Direção para General Oficial e o Curso de Defesa Nacional.
Marcelo Rebelo de Sousa lamenta morte
O presidente da República já reagiu à notícia, manifestando “o mais profundo pesar pelo falecimento do Senhor General Vasco Rocha Vieira, o último Governador de Macau e antigo Chefe do Estado-Maior do Exército”.
“O General Rocha Vieira foi um dos mais ilustres oficiais do Exército Português na transição para a Democracia e nas primeiras décadas da sua afirmação”, lê-se numa nota no site da Presidência.
O texto lembra que Rocha Vieira era “muito próximo do Presidente António Ramalho Eanes” e que foi por ele designado chanceler das Antigas Ordens Militares.
“O simbolismo do momento da transferência da administração portuguesa para a chinesa permanecerá na memória de muitos portugueses como um exemplo de sentido de Estado, sentido de serviço da causa pública e de marcado patriotismo”, refere a nota.
“O Presidente da República, que acompanhou de perto os últimos meses da sua vida, apresenta à sua Família, e, muito em especial, à sua viúva e filhos, o testemunho de gratidão de Portugal, com muito saudosa amizade”, acrescenta.
“O General Rocha Vieira foi um dos mais ilustres oficiais do Exército Português na transição para a Democracia e nas primeiras décadas da sua afirmação”, lê-se numa nota no site da Presidência.
O texto lembra que Rocha Vieira era “muito próximo do Presidente António Ramalho Eanes” e que foi por ele designado chanceler das Antigas Ordens Militares.
“O simbolismo do momento da transferência da administração portuguesa para a chinesa permanecerá na memória de muitos portugueses como um exemplo de sentido de Estado, sentido de serviço da causa pública e de marcado patriotismo”, refere a nota.
“O Presidente da República, que acompanhou de perto os últimos meses da sua vida, apresenta à sua Família, e, muito em especial, à sua viúva e filhos, o testemunho de gratidão de Portugal, com muito saudosa amizade”, acrescenta.
A Câmara Municipal de Lisboa também lamentou a morte, falando num “homem de coragem” que “contribuiu para a consolidação do processo democrático, sendo peça fundamental do 25 de novembro de 1975”.
Já o general Garcia Leandro, também antigo governador de Macau, relembrou Vasco Rocha Vieira como “uma pessoa de grande confiança e grande capacidade”.
“Era uma das pessoas mais completas para funções do Estado. Ele desempenhou funções do Estado muito, muito elevadas, sempre com um nível muito grande de qualidade, honestidade, competência, visão estratégica”, disse em entrevista à RTP.
“Era uma das pessoas mais completas para funções do Estado. Ele desempenhou funções do Estado muito, muito elevadas, sempre com um nível muito grande de qualidade, honestidade, competência, visão estratégica”, disse em entrevista à RTP.
c/ Lusa