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Um ano de Operação Influencer. "As investigações prosseguem", responde PGR
A Procuradoria-Geral da República afirma que as investigações sobre o processo Operação Influencer continuam ativas. Uma resposta que surge ao pedido de informações, enviado pela Antena 1.
Foto: Pedro A. Pina - RTP
Esse comunicado terminava com um parágrafo, que ficou célebre, por mencionar um inquérito autónomo relativo a suspeitas em torno do então primeiro-ministro.
A Operação Influencer tem, neste momento, cinco arguidos.
São eles Vítor Escária, antigo chefe de gabinete de António Costa; Nuno Mascarenhas, presidente da autarquia de Sines; Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, administradores da Start Campus e ainda o advogado Diogo Lacerda Machado, amigo de António Costa.
Em causa, suspeitas de prevaricação, corrupção e recebimento indevido de vantagem relacionadas com a construção de um centro de dados em Sines, com a exploração de lítio e com a produção de energia a partir de hidrogénio.
Um ano depois, não há ainda qualquer conclusão sobre as investigações.
Para a antiga ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, os tempos da justiça são distintos dos tempos da comunicação social.
O presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público diz que é preciso confiar na justiça e, em concreto, nos procuradores.
Um ano depois de ser conhecido o processo Operação Influencer, Paulo Lona garante que ninguém quer estender as investigações judiciais e assegura que, se não há mais informação pública é porque não é possível. Foi na sequência da Operação Influencer que António Costa se demitiu, o que levou à queda de um Governo socialista de maioria absoluta.
Um caminho que, sublinha o presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, não era obrigatório. Questionado pela Antena 1 sobre as primeiras semanas do mandato de Amadeu Guerra enquanto Procurador-Geral, Paulo Lona faz um balanço positivo e aponta, desde já, uma diferença clara face à antecessora Lucília Gago.