Reportagem

PSD define direção de Rio no segundo dia do Congresso

por RTP

Luís Montenegro marcou segundo dia do 37.º dia de trabalhos do Congresso do PSD ao anunciar que irá abandonar o grupo parlamentar a 5 de abril e desejando a Rui Rio "o que desejaria para mim". Mas não fechou a porta a uma possível candidatura à liderança do partido. Outro discurso marcante, o de Morais Sarmento, vice-presidente de Rio, contra a "frente nacional de esquerda". Durante a noite serão votadas das moções de estratégia global, e domingo de manhã serão votadas as listas para os orgãos nacionais do PSD.

Mais atualizações

21h00 - Resumo do dia - os outros discursos

No segundo dia de congresso, ouviram-se apelos à unidade e consenso no partido. E ataques à "esquerda" e ao PS.


20h50 - Quem é quem na lista de Rui Rio

...e de Pedro Santana Lopes. O acordo - arrancado a ferros - desta madrugada ditou duas mulhesres e quatro homens no "núcleo duro".

20h40 - O resumo do dia - o que fazem os congressistas

Mudam os líderes, mas não alguns hábitos de um congresso do PSD

20h39 - O grande momento do dia: o ataque de Montegro a Rio

Luís Montenegro vai deixar de ser deputado no dia 5 de abril.

O anúncio que surpreendeu o congresso foi feito esta tarde. Montenegro diz que não será oposição a Rui Rio mas revelou que não se candidatou por não conseguiu reunir as condições políticas.

20h00 - Hugo Soares defende referendo sobre eutanásia


O líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, afirmou hoje que o partido deve defender um referendo sobre a despenalização da morte assistida, uma vez que os sociais-democratas nunca discutiram o assunto internamente.

"Eu queria dizer ao Congresso Nacional do meu partido que, se quiserem iniciar o processo legislativo no parlamento, temos obrigação de ouvir o povo português e fazer um referendo", afirmou perante o 37.º Congresso PSD, salientando que os sociais-democratas nunca debateram internamente o tema da eutanásia.

O ainda presidente da bancada do PSD -- estão marcadas eleições para a bancada para a próxima quinta-feira -- propôs ainda a constituição de uma Comissão parlamentar de Inquérito sobre a atuação da Segurança Social no âmbito do caso de suspeitas adoções ilegais de crianças que estavam à guarda do Estado por elementos da Igreja Universal do Reino de Deus.

"As comissões de inquérito não podem só servir para apurar o que se passou no sistema financeiro. Se o Estado falhou temos de saber porque falhou para que não volte a falhar", referiu.

19H30 - A intervenção de Carlos Moedas


O comissário europeu Carlos Moedas pediu hoje ao PSD que não se deixe "desmoralizar pelos vaticínios catastrofistas dos bem-pensantes", defendendo que a vitória está ao alcance em 2019.

"Não nos deixemos desmoralizar pelos vaticínios catastrofistas dos bem-pensantes", pediu Carlos Moedas, perante o 37.º Congresso Nacional do PSD, no Centro de Congressos de Lisboa.

Numa intervenção em que evocou o Governo PSD/CDS-PP, Carlos Moedas enalteceu o papel de Pedro Passos Coelho, designadamente a sua postura na crise de julho de 2013, quando Paulo Portas anunciou a demissão do Governo, que o então primeiro-ministro não aceitou.

"Quando chegámos ao Governo em 2011, os bem-pensantes sabiam que tudo ia correr mal. Sabiam que mais cedo ou mais tarde, a coligação ia colapsar. Não colapsou. Sabiam que mais cedo ou mais tarde, íamos falhar uma avaliação da `Troika`. Não falhámos", apontou.

"Sabiam que mesmo cumprindo não escaparíamos a um segundo programa. Escapamo-nos. Sabiam que apesar de termos evitado o segundo programa, íamos obviamente ter uma derrota esmagadora nas eleições. Ganhámos as eleições", acrescentou.

Também agora, defendeu Carlos Moedas, "os mesmos bem-pensantes vaticinam que Rui Rio vai perder as eleições de 2019".

"Estão mais uma vez enganados", declarou.

18h20 - Paulo Rangel diz que não é tempo de "batalhas virtuais" nem "mapas astrais"

Paulo Rangel, como eurodeputado, denuncia perante os congressistas a estratégia seguida pelo primeiro ministro na Europa.

Rangel considerou também que, apesar de difíceis, as lutas eleitorais estão ao alcance do partido, mas avisou que internamente não é o tempo ou momento para "batalhas virtuais, nem para mapas astrais".

"Pego justamente neste exemplo de união e unidade, sob a presidência do novo líder [Rui Rio], para sublinhar, diante de todos e sem qualquer subterfúgio, este não é nem o tempo, nem o momento para batalhas virtuais, nem para mapas astrais. As batalhas que temos pela frente são bem reais e neste contrarrelógio, amigos e companheiros, não há espaço nem tempo para lutas virtuais", afirmou Paulo Rangel, numa intervenção no 37.º Congresso Nacional do PSD, que decorre até domingo, em Lisboa.

Apelando à união do PSD, que precisa de estar "unido e forte", Paulo Rangel prometeu ao novo líder social-democrata, Rui Rio, "total empenho" nas "batalhas que são difíceis", mas que estão ao alcance dos sociais-democratas.

"As batalhas eleitorais que aí vêm estão ao alcance do PSD", preconizou Paulo Rangel.

18h10 - Rui Rio apresenta a sua lista

Lista do Conselho Nacional, primeiro subscritor o próprio Rio, o cabeça de lista, Pedro Santana Lopes. Paulo Rangel, Arlindo Cunha e José Matos Rosa, integram ainda a lista.

Rui Rio e Pedro Santana Lopes são igualmente subscritores em conjunto das listas para a Mesa do Congresso, presidida por Paulo Mota Pinto, e para o Conselho de Jurisdição, presidido por Nunes Liberato.

Já a Comissão Permanente Nacional, com Rui Rio como único subscritor, inclui Nuno Morais Sarmento, Elina Fraga, David Justino, Isabel Meirelles, Castro Almeida, Salvador Malheiro e Barreiras Duarte como secretario-geral.

18h00 - Luis Montenegro deixa Parlamento a 5 de abril

A partir de 5 de abril, Luis Montenegro deixará o Parlamento mas garante que irá sempre ajudar e lutar pelo PSD, "para o que der e vier", "totalmente livre".

Montenegro não fecha a porta a uma eventual futura candidatura à liderança do PSD.

Na hora de anunciar a despedida, Montegro confronta Rio e pede que "não tenha medo da sombra". Mas diz também que confia no líder eleito. "É a hora dele", afirma, referindo-se a Rui Rio, desejando-lhe "toda a sorte" e exigindo-lhe "ambição".

17h55 - Mais nomes da equipa de Rio

Isabel Meirelles, jurista, professora universitária e ex-candidata à Câmara Muncipal de Oeiras e Elina Fraga, antiga bastonária da ordem dos advogados, vão ser vices-presidente da Direção do PSD.

17H45 - Luis Montenegro dirige-se ao Congresso

"Hoje neste Congresso arrancamos para voltar a governar o nosso país", anuncia Montenegro.  

Uma intervenção toda voltada depois para o combate à esquerda e a um Partido Socialista alinhado com a esquerda.

"O PS capitulou nos braços da esquerda radical. O PSD não pode capitular nos braços deste PS", afirmou. "Portugal está esquerdizado como nunca esteve. O PS é hoje mais bloquista do que socialista, seja na ação interna seja no discurso europeu onde é mais dissimulado, este PS é mais de Louçã do que de Mário Soares", critica Montenegro.

"Imaginar que sejamos um apêndice deste PS é um suícidio político", sublinha. "Rui Rio e o PSD só podem ter um cenário, ganhar as eleições e lutar por uma maioria".

17h30 - A equipa de Rui Rio

Começa a desenhar-se a equipa do novo líder do PSD.

Nuno Morais Sarmento deverá ser o primeiro vice-presidente da Comissão Política, diz Maria Flor Pedroso, editora de política da Antena 1.

Paulo Mota Pinto vai assumir o cargo de presidente da Mesa do Congresso e do Conselho Nacional.

Já Luis Campos Ferreira reitera que não vai ser candidato à liderança do grupo parlamentar.

17h05 - Guerra de listas gera descontentamento

O presidente da distrital de Viseu do PSD assumiu hoje descontentamento com a elaboração das listas aos órgãos nacionais, na qual não está até agora representada, questionando se "há ou não vontade" que a região participe no novo projeto político.

Pedro Alves foi um destacado apoiante de Rui Rio na campanha interna e, no distrito, o presidente eleito venceu as diretas com 65% dos votos. Em declarações aos jornalistas, o presidente do PSD/Viseu manifestou estranheza por não ter sido ainda contactado para garantir a representatividade do distrito nas listas aos órgãos nacionais do partido.

"As listas não são necessariamente um negócio, as listas têm de ser elaboradas com critérios de natureza política e para dar sinais políticos, aqui resumiu-se a um negócio", lamentou, referindo-se ao acordo entre Rio e o candidato derrotado nas diretas, Pedro Santana Lopes, para listas de unidade aos órgãos nacionais.

16h50 - A intervenção de Alberto João Jardim

O ex-presidente do Governo Regional da Madeira inicia o seu discurso ao Congresso com um ataque a António Costa.

"Este Portugal, apesar de tudo o que se diz, cresce menos que os nossos parceiros europeus, principalmente da zona euro, apesar da situação favorável internacional", critica.

"Este país que diminui o desemprego, está a criar emprego à custa do aumento da precariedade do emprego", afirma ainda João Jardim.

E aconselha, "temos de aumentar o investimento, tanto o investimento público como o investimento privado".

João Jardim deixou ainda alguns recados ao presidente eleito. "Acabem de uma vez por todas com as teias burocráticas, Rui Rio vamos acabar com esta porcaria", exclamou.

Também a economia foi campo para o ex-presidente regional madeirense apontar caminhos. "Temos de ser atrativos em termos fiscais, as empresas têm de ficar sediadas em Portugal", afirmou, ao mesmo tempo que somava críticas ao atual executivo.

"Andamos a dar subsídios quem não quer trabalhar", afirmou, lembrando que "o Estado Social não é uma ONG, temos de caminhar para a verdadeira social democracia".

Por outro lado, "é preciso reorganizar praticamente todo o território nacional" e "temos de acabar com a subordinação à partidocracia de Lisboa", lançou.

"É altura de caminharmos rapidamente para o federalismo europeu", recomendou ainda.

Entre as críticas à atual solução governativa, João Jaridm foi ácido. "Por amor de deus não digam que a geringonça é de esquerda, é do mais reacionário", apelou. "Eles não querem convergir", denunciou, "vamos ter de continuar a lutar"

Uma luta que necessita de unidade. "Agora, mais do que nunca, vamos para a frente, porque unidos é que podemos ganhar", afirmou Alberto João Jardim.

16h40 - Não se põe questão do Bloco Central

A questão do Bloco Central "sempre foi criada artificialmente" diz Luís Marques Guedes. O presidente cessante do Conselho Nacional do PSD considerou que a questão do Bloco Central, é "uma lógica que só deve existir numa situação de salvação nacional", que não se poe atualmente.

"Não é uma questão importante nem que importe ao país", referiu.

Sobre o discurso de Rui Rio no início do Congresso, Marques Guedes considerou-o de "enorme clareza" e "frontalidade", muito afirmativo".

Luís Marques Guedes está ainda expectante quanto ao que irá dizer Rui Rio no encerramento do 37.º Congresso e sublinha ser necessário ter uma oposição construtiva. Por isso só depois de conhecer os documentos se poderá anunciar a decisão quanto ao próximo Orçamento do Estado.

Rejeita assim a proposta de Hugo Soares, de declaração de chumbo desde já ao OE 2019.

16h05 - Ataque à "frente nacional de esquerda"

Nuno Morais Sarmento lembra o próximo combate nas eleições autárquicas e nas eleições regionais, nos Açores de na Madeira, onde a nova "frente nacional de esquerda" se prepara para ir "disfarçada".

Para Morais Sarmento, o que há a enfrentar nessas eleições "não é o PS" mas esta "frente popular de esquerda", o que necessita de "todos os sociais democratas", para evitar que o Governo da Madeira seja entregue "ao Partido Comunista e ao Bloco de Esquerda, e com isso a destruir dezenas de anos de trabalho do PSD".

Dirigindo-se a Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional da Madeira, Morais sarmento diz que por isso este é "o teu, o vosso combate, tem de ser o meu e o nosso combate, do Presidente, do Congresso e de cada um de nós".

Mas o maior desafio é fazer frente, a nível nacional, à "frente de esquerda". Morais sarmento elogiou assim Rui Rio, cuja candidatura apoiou, a quem considera "dos poucos portugueses capazes de não hesitar nas mudanças e nas reformas de que Portugal precisa mesmo quando isso afrontar as corporações sejam elas sindicais ou judiciais", confiando na sua "integridade, no seu sentido de serviço, e na sua determinação".

"Como acredito na sua capacidade para pensar, mobilizar e liderar, um projeto alternativo à frente que esquerda e ao PREC que agora nos querem impôr", explicou.

"Digo presente, porque este é um desafio enorme", rematou o social-democrata, dizendo que a oposição do PSD é decisiva contra "um Governo que não é socialista é mais grave é um Governo de todas as esquerdas unidas", para quem não há outro Portugal excepto o da esquerda a partir do PS atá ao PC ou ao Bloco de Esquerda, e onde "os recursos servem para servir os interesses particulares dos votantes da frente esquerda".

"Esse não é o meu Portugal, nem me sinto representado", conclui Nuno Morais Sarmento.


16h00 - Nuno Morais Sarmento fala ao Congresso

Elogia os autarcas pelos avisos às autoridades centrais para a necessidade de limpar as florestas. Se o que sucedeu o verão passado "não sucedeu mais cedo", nem "mais vezes" ou "em todo o interior", isso deve-se "ao trabalho de décadas desses autarcas do PSD", com destque para Fernando Ruas, afirma Nuno Morais Sarmento.

15h55 - Agenda Rui Rio pós Congresso

O primeiro encontro de Rui Rio vai ser com o Presidente da República.

O segundo com o primeiro ministro, António Costa. Rui Rio só não diz quando.

15h50 - Candidato ao Conselho Nacional de Jurisdição

Nunes Liberato, um histórico do PSD que durante 10 anos foi chefe da Casa Civil de Cavaco Silva é o candidato ao Conselho Nacional de Jurisdição, apurou a Antena 1.

14h31 - Alterações estatutárias

O 37.º Congresso do PSD aprovou uma proposta para que a discussão e votação dos quatro textos de alterações estatutárias aconteçam em Conselho Nacional extraordinário a convocar para o efeito no prazo de três meses.

A proposta, apresentada pela Mesa do Congresso, tem o assentimento dos proponentes dos quatro textos estatutários e foi aprovada por unanimidade.

Caberá a um grupo de trabalho formado por representantes de cada uma das propostas, um da comissão permanente e um do Conselho Nacional de Jurisdição, coordenado pelo secretário-geral, elaborar uma proposta de alteração estatutária, uma vez ouvidas as assembleias distritais, regionais e as estruturas autónomas do PSD.

14h26 - Anúncio imediato sobre o Orçamento

O líder parlamentar cessante, Hugo Soares, defende também que o PSD esclareça já que vai votar contra o próximo Orçamento do Estado, uma vez que se trata de "uma questão política essencial"

"Por discordar de que o PSD possa ser uma espécie de muleta a quatro do atual modelo de governação, disse que era importante que o PSD dissesse já que vota contra o próximo Orçamento do Estado porque esta é uma questão política essencial para sabermos como é que o PSD se vai colocar", frisou.

13h58 - Antena 1 entrevista Rio durante o Congresso

O novo líder do Partido Social Democrata deu uma entrevista exclusiva à Antena 1, conduzida pela jornalista Natália Carvalho.

Rui Rio prometeu, uma vez mais, abertura para dialogar com todos os partidos, mas assumiu ter a consciência de que dois anos são escassos para apresentar todas as propostas que defende.

13h34 - O que diz Hugo Soares

À chegada ao Centro de Congressos de Lisboa, o líder demissionário da bancada parlamentar do Partido Social Democrata sublinhou estar disponível para trabalhar pela unidade.

Salientou ainda que na história do partido nunca houve dois candidatos à presidência do grupo parlamentar.

12h43 - Mota Pinto confirma

"Sou o candidato à presidência da Mesa do Congresso", confirmou aos jornalistas Paulo Mota Pinto.

"Acho que é importante que, mais do que o acordo sobre a listas, como já foi dito, é o acordo sobre o futuro político, a ideia de que o partido não sai daqui dividido", acentuou.

12h28 - Feliciano Barreiras Duarte fala à RTP

Apontado como a escolha de Rui Rio para secretário-geral do PSD, Feliciano Barreiras Duarte remeteu a confirmação para o novo líder do PSD.

"Não sou eu que apresento listas. É o doutor Rui Rio. E portanto, com toda a serenidade, com certeza que ele hoje irá falar aos congressistas sobre essas alternativas", resumiu.  

12h19 - Miguel Albuquerque e as críticas de Jardim

A reportagem da RTP à porta do Centro de Congressos de Lisboa ouviu também o líder do PSD-Madeira, cuja prestação à frente do Governo Regional foi alvo, na última semana, de críticas por parte do antecessor, Alberto João Jardim, em entrevista à rádio TSF.

Depois de lembrar que "falta um ano e tal" para as eleições regionais, Miguel Albuquerque sublinhou que "nunca teve nenhum problema em divergir" com Jardim. E garantiu que partirá para o novo ciclo eleitoral com "sentido do dever cumprido".

12h10 - Nomes para as listas

A RTP apurou que Nunes Liberato será o número um da lista candidata ao Conselho de Jurisdição Nacional do PSD. O número um para a Mesa do Congresso será Paulo Mota Pinto.

Tal como já era público, Pedro Santana Lopes e Paulo Rangel serão número um e número dois, respetivamente, da lista para o Conselho Nacional.

A escolha de Rui Rio para o cargo de secretário-geral deverá recair em Feliciano Barreiras Duarte.


11h37 - "É um bocado como os melões"

Ouvido pela RTP no início do segundo dia de trabalhos, o líder da distrital laranja de Lisboa, Pedro Pinto, mostrou-se satisfeito com o tom do primeiro discurso de Rui Rio. Em particular a rejeição de uma aliança governativa com o PS. Já quanto à composição da nova direção, o dirigente estimou que será preciso esperar para ver.

"Fiquei verdadeiramente satisfeito porque isso é um ponto que, a ficar no ar, a pairar a dúvida sobre o que é que o PSD queria, se queria ou não ser alternativa a esta modelo socialista de desenvolvimento para o país, deixaríamos toda uma área por preencher e que poderia ser preenchida por terceiros, o que seria um erro", afirmou o dirigente.

Relativamente aos nomes a confirmar por Rui Rio na nova direção do partido, Pedro Pinto disse que, nesta fase, "todos são bons".

"Vamos ver se são verdadeiramente bons depois de aberto. Isto é um bocado como os melões, depois é que vamos ver se eles são bons ou não", ironizou.

11h03 - Rui Rio chega ao Congresso

Questionado pelos jornalistas sobre o acordo acertado com Pedro Santana Lopes, à entrada para o segundo dia de trabalhos do 37.º Congresso, Rui Rio sublinha que não está "satisfeito por haver um acordo nas listas", mas antes por ter conseguido "a unidade política": "E essa está conseguida".

"É materializada nas listas, tanto melhor. Se não fosse, também não era dramático. O importante é a unidade política, a unidade que se conseguiu entre os apoiantes, particularmente o doutor Pedro Santana Lopes e eu próprio. Isso é que é importante", insistiu.

Quanto a eventuais vozes internas de descontentamento, Rio disse que, "se vai haver um nicho outro mais descontente, há sempre".

"Mas também temos que ter alguns adversários", rematou.

Postura face ao PS

Questionado, adiante, sobre o conteúdo da sua primeira intervenção perante o Congresso, designadamente a rejeição de um Bloco Central, Rui Rio quis afiançar que "nunca disse coisa diferente", reiterando, ainda assim, que a sua liderança estará disponível para "dialogar com todos os partidos".

"As pessoas é que quiseram interpretar coisas diferentes. Acham possível que tendo o PSD ganho as eleições em 2015 houvesse agora um acordo com o Partido Socialista a liderar? Isto não tem pés nem cabeça, não faz sentido nenhum", respondeu o líder eleito do PSD.

10h59 - Direção de Rio a desenhar-se

Rui Rio prepara-se para anunciar nova direção do PSD que vai liderar os destinos do partido nos próximos dois anos. Já há nomes a circular, como apurou a repórter da Antena 1 Natália Carvalho no Congresso do PSD.

Antena 1

10h21 - Política de proximidade

Na primeira noite da reunião magna, Pedro Duarte, o social-democrata que dirigiu a campanha presidencial de Marcelo Rebelo de Sousa, chamou a atenção de Rui Rio para a necessidade de o partido reconquistar os eleitores.

Defendeu também que os social-democratas devem acompanhar a política de proximidade aos portugueses empreendida pelo Presidente da República.


10h19 - Reinício atrasado

Está atrasado o retomar dos trabalhos do Congresso social-democrata no Centro de Congressos de Lisboa.

9h55 - Cavaco pronuncia-se

Cavaco Silva é destaque na revista do jornal Expresso.

Numa entrevista que se prolonga por dez páginas, o antigo Presidente da República fala da atualidade do país, da política internacional e do momento do PSD.

Antena 1

9h30 - A liderança da bancada

Avança Fernando Negrão.

Luís Campos Ferreira admitiu ter sido sondado para ser candidato à liderança do grupo parlamentar do PSD, mas garante que vai apoiar a candidatura de Negrão.

9h05 - Um aviso

Da última noite saiu também um aviso à navegação por parte de Pedro Pinto. O líder da distrital do PSD de Lisboa sustenta que única forma de ganhar eleições é marcando claramente as diferenças em relação aos socialistas.


8h30 - Ordem de trabalhos

Da madrugada saiu a notícia de um acordo entre os campos do líder eleito e de Pedro Santana Lopes para listas de unidade aos órgãos nacionais, com a exceção da Comissão Política.

Santana Lopes, o candidato batido nas diretas, vai assim encabeçar uma lista de unidade ao Conselho Nacional, como estava previsto. Antes deste entendimento, Rio garantia unidade no seio do partido e Santana desdramatizava uma eventual ausência de entendimento.

Diferentes fontes do partido, citadas pela agência Lusa, adiantaram nas últimas horas que o deputado e antigo secretário de Estado adjunto Feliciano Barreiras Duarte será o próximo secretário-geral e Paulo Mota Pinto assumirá a presidência da mesa do Congresso.

As listas aos órgãos nacionais terão de ser submetidas até às 19h00.

A partir das 10h00, os congressistas vão continuar a apresentar dez propostas temáticas e, depois, quatro propostas de alterações estatutárias.

Embora estivesse prevista a discussão e a votação de alterações aos estatutos, um acordo entre os proponentes e a Mesa do Congresso permitiu propor que o tema fosse remetido ao Conselho Nacional dentro de 90 dias.

Uma vez apresentadas as propostas, segue-se a fase de debate político, estando previstas intervenções - entre outras - de Pedro Santana Lopes, Luís Montenegro, Hugo Soares, Paulo Rangel, Carlos Moedas e Miguel Pinto Luz.

"Uma alternativa forte e credível"

Na última noite, ao intervir pela primeira vez perante a reunião magna, Rui Rio assumiu o objetivo de "sempre ganhar", pondo de parte um cenário de reedição do Bloco Central.

"Uma coisa é estarmos disponíveis para dialogar democraticamente com os outros e cooperarmos na busca de soluções para os graves problemas nacionais, que, de outra forma, não é possível resolver. Coisa diferente é estarmos disponíveis para nos subordinarmos aos interesses dos outros", frisou o presidente eleito do partido.

Rio assumiu igualmente o desejo de vencer todas as eleições de 2019, "sejam elas regionais, para o Parlamento Europeu ou para a Assembleia da República".

"O PSD apresentar-se-á aos portugueses como uma alternativa forte e credível a esta governação presa à extrema-esquerda", assegurou.

A despedida


Antes da primeira intervenção de Rui Rio, Pedro Passos Coelho protagonizou o último discurso na qualidade de líder, defendendo que "não é fácil bater a geringonça, mas é preciso bater a geringonça".

Deixou também uma palavra de agradecimento ao CDS-PP, partido com o qual o PSD partilhou a governação.

"Esta menção ao CDS é hoje muito relevante, porque o que conseguimos fazer não fizemos sozinhos, fizemos com o CDS, isso é importante e será importante para o futuro", disse.

O segundo dia do Congresso culminará com a votação das propostas, desde logo da moção de estratégia global de Rui Rio.