O selecionador português feminino de futebol, Francisco Neto, apontou a que a homenagem na gala Quinas de Ouro “desperte emoções a mais meninas” para perseguirem os momentos vividos pela atual geração no Campeonato do Mundo.
A seleção feminina marcou uma inédita presença num Campeonato do Mundo neste ano, que se realizou na Austrália e Nova Zelândia, tendo ficado perto de ultrapassar a fase de grupos do torneio, num grupo com Países Baixos, Estados Unidos e Vietname.
“Em 2017, quando nos apurámos pela primeira vez para uma fase final, tínhamos essa ambição de sermos consistentes nas presenças. E, a partir desse momento, poder lutar por algo mais. No último Campeonato da Europa, chegámos ao último jogo a depender só de nós para conseguir lá chegar. Neste Campeonato do Mundo, estivemos a alguns centímetros de poder também passar à fase seguinte. Creio que, com a competência do que se está a fazer na formação, nos clubes e nas associações, o futuro vai permitir lutar por esses sonhos maiores nas grandes competições”, expressou o treinador luso.
A capitã das "navegadoras", Dolores Silva, foi a porta-voz da seleção e, aos jornalistas, mostrou-se orgulhosa por mais uma homenagem, na qual integra as anteriores atletas que trilharam o percurso para que esta geração tenha logrado alguns marcos inéditos.
“É um privilégio para nós poder representar Portugal ao mais alto nível. Nos últimos anos, temos conseguido alcançar objetivos que todas nós sonhávamos quando éramos crianças. São feitos muito importantes para nós e para o futuro, com muitas crianças que sonham em chegar a este patamar. Esperamos continuar a abrir portas”, realçou.
Na quinta-feira, Francisco Neto anuncia mais uma convocatória para os dois decisivos encontros da Liga das Nações, frente a Noruega e França, e Dolores Silva, que marcará certamente presença na lista, fez já a antevisão à “adversidade” que terão pela frente.
“Infelizmente, nas duas últimas partidas não tivemos os resultados que pretendíamos. Sabemos a adversidade que temos pela frente. A Noruega fora, num clima complicado, será um jogo difícil. E depois em casa com a França, uma equipa muito potente. Temos de dar o melhor, corrigir o que não correu tão bem e focar no que podemos retirar de bom. Estão seis pontos em jogo e temos de acreditar jogo a jogo que é possível”, disse.
Portugal segue no terceiro lugar do Grupo A2 da Liga das Nações, com três pontos, atrás da líder França, com 10, e da Áustria, com sete. A Noruega é última, com dois.