Elias assume que Portugal só ficará feliz com apuramento para o Grupo Mundial da Taça Davis

por Lusa
Tiago Petinga - EPA

Gastão Elias assumiu esta quarta-feira que nenhum dos tenistas portugueses que vai disputar o ‘play-off’ do Grupo Mundial da Taça Davis com a Alemanha está satisfeito com o que alcançou até agora, desejando dar o último passo.

“Acho que nenhum membro da equipa vê esta eliminatória como missão cumprida. Ainda falta um passo para podermos realmente festejar, um passo muito importante para a nossa equipa e para o ténis português. Seria um fim de semana histórico. Nenhum de nós está satisfeito com o que fizemos até agora. Sabemos que temos uma oportunidade histórica nas mãos e vamos fazer tudo o que for possível para alcançar o Grupo Mundial”, prometeu o número três português.

Também João Sousa, o mais cotado dos tenistas nacionais, reconheceu que o facto de estar presente no ‘play-off’ que pode levar Portugal, pela primeira vez na história, ao Grupo Mundial, é especial.

“Estamos há muitos anos a tentar atingir o Grupo Mundial. Fico feliz por fazer parte disto. É um grande momento para mim e para a minha carreira”, confessou o melhor tenista português de sempre.

Para o vimaranense, apesar de a Alemanha ter vindo desfalcada para a eliminatória, que decorre entre sexta-feira e domingo, no complexo de ténis do Jamor (Oeiras), o duelo com os germânicos será difícil.

Com a condição de número um nacional entregue a João Sousa, a grande dúvida reside em saber se será Pedro Sousa (107.º), o atual segundo jogador luso, ou Gastão Elias (148.º), a alinhar nos singulares.

“Acho que [o facto de ser o número dois no ‘ranking’] não muda nada. Nem o Gastão desaprendeu a jogar ténis, nem eu aprendi. Tanto eu como o Gastão estamos prontos para jogar. Tenho-me sentido bem, já recuperei do desgaste das últimas semanas”, desvalorizou Pedro Sousa, que surge numa eliminatória, pela primeira vez, como segundo jogador nacional na hierarquia ATP.

João Domingues (184.º), o ‘mosqueteiro’ que completa o quarteto luso eleito pelo ‘capitão’ Nuno Marques, não escondeu o seu contentamento por pertencer ao lote de jogadores que vai tentar alcançar um feito histórico para Portugal.

“Eu acho que, obviamente, esta eliminatória é especial para nós e para os portugueses. Vamos dar o melhor. Estamos todos a dar o máximo, estamos a ser o mais profissionais que conseguimos”, acrescentou.

O ‘play-off’ de acesso ao Grupo Mundial da Taça Davis decorre entre sexta-feira e domingo, no ‘Centralito’, o mais emblemático dos ‘courts’ de terra batida do complexo de ténis do Jamor (Oeiras).

A formação da Alemanha, que é orientada por Michael Kohlmann e que não contará com os seus três principais tenistas - Alexander Zverev (4.º), Mischa Zverev (27.º) e Philipp Kohlschreiber (34.º) -, é integrada por Jan-Lennard Struff (54.º), Cedrik-Marcel Stebe (90.º), Yannick Hanfmann (136.º) e Tim Puetz (380.º).

A seleção portuguesa vai defrontar a congénere germânica pela segunda vez, depois da derrota por 5-0 sofrida na edição de 1927, num confronto também realizado em Portugal, mas antes da reformulação da prova, em 1970.

Esta é a segunda vez que Portugal disputa o ‘play-off’ de acesso ao Grupo Mundial, depois de uma tentativa falhada em 1994, que terminou com derrota perante a Croácia (4-0), no Lawn Tennis Clube da Foz, no Porto.
Tópicos
pub