O Vitória de Guimarães encerrou hoje um ciclo de quatro derrotas seguidas na I Liga portuguesa de futebol, ao vencer o Estoril-Praia por 3-1, num jogo da 19.ª jornada, em que jogou com mais um elemento durante 80 minutos.
Com este resultado, a turma minhota ascendeu ao oitavo lugar da tabela, com 26 pontos, ao passo que a equipa da 'linha de Cascais' continua no 18.º e último lugar, com 12 pontos, apesar de ter um jogo por concluir, com o FC Porto, a 21 de fevereiro - vence por 1-0 ao intervalo.
Depois da derrota em Chaves, por 4-3, os vitorianos apareceram em campo com quatro alterações no 'onze' - Pedro Henrique e Konan regressaram à defesa, por troca com Marcos Valente e Vigário, e Wakaso e João Aurélio ocuparam as vagas de Rafael Miranda e Francisco Ramos no meio-campo.
Já no Estoril-Praia, Dankler, que se ia estrear pela equipa de Ivo Vieira após o regresso aos 'canarinhos' neste mercado de inverno, por empréstimo dos franceses do RC Lens, lesionou-se pouco antes do início da partida e teve de ser substituído pelo dianteiro André Claro, com Kyriakou a recuar para o eixo da defesa.
Os estorilistas até tiveram mais bola nos instantes iniciais, mas, ao minuto nove, ficaram em inferioridade numérica, quando Abner derrubou Héldon, após o extremo cabo-verdiano, descaído para o lado direito, se ter enquadrado com a baliza, e viu o cartão vermelho direto.
No livre que se seguiu a esse lance, batido por Hurtado, aos 11 minutos, os vitorianos pediram grande penalidade por braço de Eduardo Teixeira, mas o árbitro Jorge Sousa manteve a decisão de dar canto, após ter consultado o videoárbitro.
Com mais um elemento, os vimaranenses acercaram-se da área contrária e, apesar da atrapalhação na manobra ofensiva, adiantaram-se no marcador, em mais um lance polémico: o juiz validou, aos 20 minutos, o cabeceamento certeiro de Hurtado (19) em resposta a cruzamento de Raphinha, depois de o auxiliar Álvaro Mesquita ter assinalado fora de jogo com a bola já no interior da baliza.
A turma de Pedro Martins continuou a dominar nos minutos que se seguiram, marcados pelo 'jogo' com luzes dos adeptos vitorianos nas bancadas por volta da meia hora - a exceção foi o setor onde se encontravam as claques dos minhotos, silenciosas ao longo da primeira parte -, mas o Estoril Praia cresceu a partir dos 40 minutos.
Depois de ter ameaçado o empate num lance em que se enquadrou com a baliza e 'disparou' à malha lateral, aos 41 minutos, André Claro repôs mesmo a igualdade ao segundo minuto de compensação, ao ser mais lesto na recarga a um livre de Eduardo, que 'esbarrou' na trave, após defesa de Douglas.
A troca de Victor Garcia por Rafael Martins nos vimaranenses, após o intervalo, surtiu efeito de imediato, com o avançado brasileiro a ameaçar o golo aos 46, num remate à malha lateral, e a assistir, dois minutos volvidos, Raphinha, para o 12.º golo do ala brasileiro no campeonato, num lance em que só teve de 'encostar'.
Os pupilos de Ivo Vieira procuraram subir no terreno perante um adversário que, com o decorrer do cronómetro, apostou cada vez mais no contra-ataque, e ainda ameaçaram o segundo golo em tentativas de longe de Victor Andrade, aos 60 minutos, e de André Claro, aos 63.
Os vimaranenses acabaram por controlar, aos poucos, o ímpeto estorilista e, depois do cabeceamento de Jubal, por cima, aos 76 minutos, e de outro de Hurtado, travado por Renan Ribeiro, aos 81, chegaram ao terceiro golo, quando Héldon se isolou e bateu o guardião adversário, aos 90+3.