Chelsea-Real Madrid vai afinal ter público após decisão do governo britânico

por Lusa
José Coelho - EPA

O Chelsea vai afinal poder vender bilhetes para o duelo com o Real Madrid, dos quartos de final da Liga dos Campeões de futebol, anunciou hoje o governo britânico, que atualizou a licença especial em vigor.

Inicialmente, o emblema londrino estava impedido de vender ingressos, no âmbito das sanções impostas ao seu dono, o russo Roman Abramovich, por causa da proximidade a Vladimir Putin e devido à invasão da Ucrânia, mas o executivo britânico acabou por levantar essa limitação para os encontros da 'Champions' e também para outras competições.

Isto significa que o jogo do campeão europeu com o Real Madrid, em 06 de abril, vai afinal ter público em Stamford Bridge e não vai ser disputado à porta fechada como era esperado.

A partir de hoje, o Chelsea pode também vender ingressos para os jogos da Taça de Inglaterra e da Superliga Feminina, desde que a receita não vá para o clube.

O governo britânico explicou que a receita dos ingressos será entregue à federação inglesa, que a distribuirá por terceiros.

Na Premier League, o clube londrino poderá apenas disponibilizar bilhetes para os jogos fora da capital inglesa, novamente sem ter acesso às receitas, que neste caso serão repartidas pela própria Premier League.

Isto significa que, no campeonato inglês, apenas os adeptos detentores de um lugar de época, que já estão pagos, poderão ter acesso às bancadas de Stamford Bridge.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 977 mortos, dos quais 81 crianças e 1.594 feridos entre a população civil, incluindo 108 menores, e provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,60 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU.

Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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