Polícia faz buscas no FC Barcelona e detém ex-presidente Bartomeu

por RTP
Mossos d'Esquadra na sede de FC Barcelona Reuters

Em causa suspeitas de corrupção e de delito económico no âmbito do escândalo "barçagate". A imprensa catalã dá conta de várias detenções, entre eles o antigo presidente do Barcelona Josep Maria Bartomeu e o diretor geral do clube Óscar Grau. O caso prende-se com a alegada contratação de uma empresa para descredibilizar jogadores e figuras da oposição.

A Polícia da Catalunha está a levar a cabo uma vasta operação para investigar eventuais irregularidades na gestão do Barcelona. A Área Central de Crimes Económicos esteve esta manhã a fazer buscas em várias instalações do clube.

Josep Maria Bartomeu, que em outubro de 2020 se demitiu da presidência do clube na sequência de uma moção de censura, foi detido durante a manhã.

Além do antigo presidente do Barcelona Josep Maria Bartomeu, terão sido ainda detidos o diretor geral do clube Óscar Grau, o responsável dos serviços jurídicos Román Gómez Pontí e Jaume Masferrer, assessor da presidência, de acordo com a Cadena Ser e o El País. A informação ainda não esta confirmada oficialmente e alguns meios de comunicação social falam de três detido e outros de quatro detidos. A Cadena Ser admite, no entanto, que possam vir a ser feitas mais detenções.

As buscas estão relacionadas com o caso denominado 'Barçagate', que partiu de uma denúncia de um grupo de adeptos, cujo processo segue em segredo de justiça até 10 de março, e, segundo a imprensa espanhola, relaciona-se, entre outros, com uma campanha de difamação levada a cabo contra concorrentes da administração de Bartomeu.

Bartomeu, de 58 anos, foi presidente do 'Barça' entre 2014 e 2020, com Carles Tusquets a sucedê-lo, de forma interina, a partir de outubro do ano passado, após muita pressão de adeptos e até de atletas, como o futebolista argentino Lionel Messi, que 'ameaçou' sair no verão de 2020.

Esta é a segunda operação realizada no Barcelona. A anterior data de 5 de julho. Esta é a segunda operação realizada no Barcelona. A anterior data de 5 de julho. A notícia inicial do “Barçagate” foi revelada em fevereiro do ano passado, pela Cadena SER.

O clube teria contratado uma empresa externa, a I3 Ventures para melhorar a imagem pública do então presidente Josep María Bartomeu. A empresa estava associada a uma série de contas difamatórias nas redes sociais, que difundiam mensagens contra jogadores do clube, bem como contra os opositores da direção e do clube.

A contratação foi feita, além disso, escapando aos controlos legais e financeiros internos. Estima-se que o clube tenha pago seis vezes mais do que as tarifas habituais para este tipo de trabalhos de criação de conteúdos, revela a SER.

Para o próximo domingo estão marcadas eleições para a presidência do clube. As eleições estavam inicialmente marcadas para janeiro, mas foram adiadas.


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