Tóquio2020. João Paulo Azevedo acaba em 20.º no fosso olímpico com armas de caça

por Lusa
João Paulo Azevedo ficou a dois pontos da final na prova de trap (fosso olímpico) do tiro com armas de caça D.R.-COP

O português João Paulo Azevedo acabou no 20.º lugar a prova de trap (fosso olímpico) do tiro com armas de caça dos Jogos Olímpicos Tóquio2020, falhando o acesso à final por dois pontos.

O português atirou para 120 pontos, em 125 possíveis, e ficou de fora do "shoot off" de acesso à final, na qual só competem os seis melhores, por dois tiros certeiros, no que foi a estreia em Jogos Olímpicos.

A prova foi dominada pelo checo Jiri Leptak, que só falhou um tiro dos 125 possíveis, enquanto o vila-condense fez duas séries com 25 tiros em 25 possíveis, duas de 23 e outra de 24.

Azevedo era o único português em prova no tiro com armas de caça, encerrando esta quinta-feira a participação com um 20.º lugar, a melhor prestação desde o 18.º lugar do seu treinador, Custódio Ezequiel, em Sydney2000.

Atirador feliz com o seu desempenho

O atirador mostrou-se feliz com a prestação na prova.


Foram dois dias de prova extraordinários. É a primeira vez que estou nuns Jogos e gostei das sensações. A prova foi boa e a minha prestação também. Fazer uma média de 24, falhar um prato por ronda... são os Jogos, estão cá os melhores e estive entre eles. Correu muito bem”, resumiu, na zona mista do Campo de Tiro de Asaka.

Apesar de ter falhado a final, manifestou-se feliz com “um sonho que está realizado”.

A tatuagem já faz sentido”, disse, sobre a tradicional marca dos anéis olímpicos no corpo, que muitos atletas que competem neste patamar escolhem fazer, e que esteve ameaçada pela pandemia de covid-19.

Para o vila-condense, chegar até aqui “foi uma luta de 10 ou 12 anos”, e “um sonho que fugia”, com o tiro com armas de caça português ausente dos Jogos desde o 27.º lugar de Manuel Vieira da Silva em Pequim2008.

Acho que representei bem a nossa bandeira, com uma média alta, e estou muito grato a todos os que me ajudaram”, acrescentou.

O ponto alto da modalidade, de resto, foi a prata conquistada por Armando Marques em Montréal1976.

João Paulo Azevedo não se compromete já com uma corrida a Paris2024, porque “só o futuro dirá” se pode acontecer. “Podemos lutar por isso, mas vamos ter calma. Gozar Tóquio2020, que ainda não acabou, tirar uma pausa, e para o ano pensar nisso”, completou.


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