O piloto português Miguel Oliveira (KTM) disse sábado que o seu objetivo para a segunda metade da temporada do Mundial de MotoGP passa por chegar ao ‘top-10’ em várias provas.
Nas nove provas realizadas até agora, Miguel Oliveira pontuou em cinco ocasiões, ocupando o 18.º lugar no campeonato, com 15 pontos.
"A minha batuta tem sido o Pol Espargaró (10.º no Mundial de MotoGP), porque é o piloto mais forte da KTM neste momento e tem conseguido, na maior parte das vezes, estar a lutar pelo ‘top-10'", acrescentou o piloto da equipa KTM Tech3.
Miguel Oliveira referiu que, "como é hábito", as suas segundas metades de temporada "são sempre melhores", esperando que "este ano não seja exceção".
O piloto português ainda não atingiu o objetivo do ‘top-10' - foi 11.º na Argentina, na sua melhor prestação -, mas sublinhou que, face às circunstâncias, a primeira fase da temporada foi positiva.
"É lógico que gostaria de ter pontuado em todas as corridas - foi esse o objetivo a que me propus -, mas, tendo em conta as nossas circunstâncias, dou por muita positiva esta primeira metade da temporada, dado que pontuei em muitas corridas", afirmou.
Oliveira ressalvou que a sua atitude tem feito a diferença na transição entre lutar pelo título - como aconteceu em 2018 no campeonato de Moto2, que terminou no segunda lugar - e estar agora envolvido na luta dos pontos.
"O MotoGP é uma categoria com grande discrepância entre o que faz a mota e o piloto. Se falássemos de percentagens, diria uns 70/30, porventura. Ser um piloto que passa de ganhar corridas e estar a lutar por um campeonato para ser um piloto que luta por pontos pode ser bastante desmotivante e é na atitude que tenho de fazer a diferença para mostrar que mereço estar aqui", afirmou.
As maiores dificuldades têm sido trabalhar uma mota que ainda não é "competitiva" o suficiente para lutar pelos lugares mais altos do pódio, mas Oliveira disse que se sente motivado em melhorar a máquina.
"O caminho que temos a percorrer é duro, demora tempo a desenvolver, demora tempo a ter peças, mas a fábrica da KTM é das fábricas do Mundial com maior capacidade de resposta e, por isso, sinto-me no melhor sítio para me poder desenvolver. Sei bem a longo prazo onde quero estar, que é no lugar mais alto do pódio", concluiu.
Depois da conferência da imprensa no recinto da concentração - "Faro é uma Meca para quem gosta de motos e para quem gosta deste ambiente" - destacou -, Miguel Oliveira teve tempo para conviver com centenas de fãs.
Depois de uma pausa de quase um mês, o Mundial de MotoGP regressa em 04 de agosto, com o GP da República Checa.