Luís Montenegro quer ver repensado direito de voto no Conselho de Segurança da ONU
O primeiro-ministro defende que deve ser repensado o direito de veto dos membros permanentes do conselho de segurança da ONU.
Antecipando em parte o discurso que vai fazer hoje perante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o primeiro-ministro declarou que vai deixar uma mensagem a favor do "um caminho de reforço da intervenção" da ONU. com "mecanismos de decisão" que assegurem a execução das resoluções aprovadas.
O chefe do Governo PSD/CDS-PP voltou a criticar "a forma como o Conselho de Segurança está a funcionar, com um uso excessivo do direito de veto, muitas vezes executado por quem está envolvido nos conflitos", considerando que "tem sido uma demonstração de ineficácia que é preciso ultrapassar".
Interrogado se o caminho é a restrição ou mesmo o fim do direito de veto, Luís Montenegro respondeu: "Eu creio que é preciso ter regras de maior flexibilidade de decisão, para que não haja bloqueio, que é, no fundo, a expressão do direito de veto".
"A forma como isso deve ser alcançado é uma forma que, naturalmente, não deve ser também totalmente flexível. É preciso elencar as matérias, é preciso elencar as circunstâncias em que uma decisão maioritária consegue sobrepor-se ao voto contra de uma ou duas das nações com representação permanente", defendeu.
com Lusa