México quer debater migração com países da América Latina face ao regresso de Trump
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, apelou aos ministros dos Negócios Estrangeiros dos países da América Latina para se reunirem em janeiro para abordar a temática da migração face o regresso de Donald Trump.
A presidente hondurenha ameaçou recentemente retirar as bases americanas se Trump efetuar deportações em massa.
“Apresentamos a ideia de que em janeiro os ministros dos Negócios Estrangeiros de vários países se possam reunir para discutir a questão da migração e a forma como cooperamos entre os países da América Latina e das Caraíbas para abordar a migração na perspetiva das causas”, disse a dirigente mexicana.
Depois de confirmar os contactos com Xiomara Castro, a presidente mexicana sublinhou a importância de “dar continuidade” à conferência sobre questões migratórias realizada em outubro de 2023 na cidade mexicana de Palenque, que contou com a participação de representantes de mais de uma dezena de países da região.
No final de 2024 o México começou a desenvolver uma aplicação para telemóvel que permitirá aos migrantes avisar familiares e consulados locais se suspeitarem que estão prestes a ser detidos pelo departamento de imigração dos Estados Unidos.
O México assegura ter reforçado o pessoal consular e a assistência jurídica para ajudar os migrantes no processo legal relacionado com a deportação.
As autoridades do México estimam que existam 11,5 milhões de migrantes com alguma forma de residência legal nos EUA e 4,8 milhões sem residência legal ou documentos adequados.
Donald Trump toma posse a 20 de janeiro e durante a sua campanha manifestou a sua intenção de avançar com deportações em massa de migrantes nos Estados Unidos.