Uma embarcação apinhada de migrantes afundou domingo passado ao largo da ilha italiana de Lampedusa, confirmou esta quarta-feira a secção italiana do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados. Apenas sete das pessoas que seguiam a bordo sobreviveram, socorridas pela guarda costeira de Itália.
"Vinte pessoas são dadas como desaparecidas após um naufrágio ocorrido dia 1 de setembro, de acordo com os sobreviventes", reportou Chiara Cardoletti, do ACNUR, na rede X. "Os sete sobreviventes, acolhidos pela nossa equipa em Lampedusa, estão em estado crítico. Vários entre eles perderam os seus mais próximos" na tragédia, acrescentou.
A imprensa italiana fala em 21 desaparecidos, incluindo três crianças.
Os sobreviventes têm nacionalidade síria e, de acordo com a imprensa, afirmaram às autoridades terem partido da Líbia com 28 pessoas a bordo.
Nicola Dell'Arciprete, o coordenador da UNICEF em Itália, denunciou "mais um naufrágio trágico ao largo de Lampedusa".
"A maioria dos sobreviventes afirma ter perdido familiares. Estamos no local com a nossa equipa operacional", escreveu Dell'Arciprete na X.
O Mediterrâneio central é uma das rotas mais fatais para os migrantes, devido aos riscos da travessia e à precaridade das embarcações que os transportam.
De acordo com a Organização Internacional para as Migrações, IOM, em 2023 mais de 3.000 migrantes morreram ou desapareceram ao tentar atingir a costa italiana. A contagem das fatalidades para 2014 atingiu terça-feira 1.047.