Covid-19. Japão admite adiar ou cancelar Jogos Olímpicos

por Mário Aleixo - RTP
Os políticos japoneses já admitem o cancelamento dos Jogos D-R.-Japan Times

O cancelamento dos Jogos Olímpicos, que foram adiados no último verão para 23 de julho deste ano, continua a ser uma opção em cima da mesa no Japão.

A garantia foi dada por Toshihiro Nikai, secretário-geral do Partido Liberal Democrata do primeiro-ministro Yoshihide Suga.

Toshihiro Nikai explicou, esta quinta-feira, que se o número de casos de Covid-19 continuar a subir, os Jogos Olímpicos terão que ser novamente adiados ou até mesmo cancelados.

"Se for impossível, teremos mesmo que cancelar. Qual é o objetivo de termos Jogos Olímpicos se propagar a infeção? Vamos ter que tomar uma decisão", afirmou o secretário-geral do Partido Liberal Democrata, em declarações reproduzidas pelos ingleses do Metro.

Ainda assim, Toshihiro Nikai não esconde que receber os Jogos Olímpicos trata-se de uma "grande oportunidade" para o Japão e que tudo será feito para que o evento olímpico se possa realizar com toda a segurança para a saúde pública.

Cancelamento "é uma opção"

O secretário-geral do partido do governo do Japão, Toshiro Nikai, afirmou esta quinta-feira que o cancelamento dos Jogos Olímpicos Tóquio2020 “é uma opção” de “último recurso”, caso a situação pandémica no arquipélago continue a agravar-se.

Teremos que cancelar (os Jogos) sem hesitação se não for mais possível organizá-los”, disse Toshihiro Nikai.

Se chegar a hora em que nada mais puder ser feito (em termos de medidas para conter o vírus), devem ser cancelados”, disse Toshihiro Nikai, defendendo que a realização do evento não poderá servir para a propagação da pandemia.

A governadora de Tóquio, Yuriko Koike, interpretou os comentários de Toshihiro Nikai como “uma opção”, “nada mais”, e considerou-os como uma forte mensagem de incentivo para que os japoneses contenham o coronavírus por todos os meios.

A 99 dias da abertura dos Jogos, e tendo em conta os números de quarta-feira, o Japão ultrapassou, pela primeira vez, as 4.000 infeções diárias desde o final de janeiro, evolução que os médicos do país começaram a qualificar como quarta vaga.


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