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Giro: João Almeida cai para terceiro da geral após 18.ª etapa ganha por Filippo Zana

por Lusa
Jennifer Lorenzi - Reuters

O ciclista português João Almeida (UAE Emirates) caiu esta tarde para terceiro na geral individual da Volta a Itália, após a 18.ª etapa em que perdeu tempo para outros favoritos e que foi vencida pelo italiano Filippo Zana (Jayco-AlUla).

Zana, de 24 anos, cumpriu os 161 quilómetros entre Oderzo e Val di Zoldo em 161 quilómetros, batendo o francês Thibaut Pinot (Groupama-FDJ) num sprint a dois, com outro gaulês, Warren Barguil (Arkéa Samsic), a cortar a meta no terceiro lugar, a 50 segundos.

Nas contas da geral, João Almeida, também líder da juventude e hoje nono na etapa, caiu para o terceiro posto da geral, a 39 segundos da camisola rosa, por troca com o esloveno Primoz Roglic (Jumbo-Visma), que subiu a segundo e segue a 29 do líder, o britânico Geraint Thomas (INEOS).

Na sexta-feira, continua a toada de alta montanha com a 19.ª tirada, que liga Longarone a Tre Cime di Lavaredo em 183 quilómetros que incluem mais de 5.400 metros de desnível acumulado positivo.

Roglic ataca sofredor João Almeida e relega-o para terceiro da geral

O ciclista esloveno Primoz Roglic (Jumbo-Visma) recuperou o tempo perdido na terça-feira e fez sofrer o português João Almeida (UAE Emirates), na 18.ª etapa da Volta a Itália, ultrapassando-o em segundo da geral.

O italiano Filippo Zana (Jayco-AlUla), de 24 anos, venceu a etapa, ao cumprir os 161 quilómetros entre Oderzo e Val di Zoldo em 161 quilómetros, batendo o francês Thibaut Pinot (Groupama-FDJ) num sprint a dois, com outro gaulês, Warren Barguil (Arkéa Samsic), a cortar a meta no terceiro lugar, a 50 segundos.

Nas contas da geral, João Almeida, também líder da juventude e hoje nono na etapa, caiu para o terceiro posto da geral, a 39 segundos da camisola rosa, por troca com Roglic, que subiu a segundo e segue a 29 do líder, o britânico Geraint Thomas (INEOS).

A luta pela geral dominou as atenções do dia embora a frente da corrida também tenha vivido a sua narrativa, com o campeão italiano de fundo a vencer pela primeira vez em grandes Voltas em novo dia de desilusão para Pinot.

O francês recuperou a liderança da classificação da montanha, ao vencer quase todos os portos categorizados do dia, ganhando margem para o italiano Davide Bais (EOLO Kometa), mas acabou derrotado.

Depois de já ter perdido uma etapa para o colombiano Einer Rubio (Movistar), ao fazer grande parte do trabalho na fuga, e no alto, para depois ser batido na ponta final, hoje foi o mesmo destino que lhe bateu à porta.

“Ainda não consigo acreditar. Agradeço a confiança que depositaram em mim, cheguei ao Giro a 100% e hoje era o meu dia, joguei bem as minhas cartas no final, contra um corredor com a qualidade de Pinot”, declarou.

O campeão italiano consegue a primeira vitória no circuito WorldTour, de ‘tricolor’ ao peito, “algo especial”, e deu justiça, mais uma, à fuga do dia, que se foi esboroando à medida que as montanhas iam e vinham.

No que toca aos candidatos à vitória final, o sofrimento de João Almeida foi a toada dominante após uma jornada de aparente ‘bluff’ de Roglic, que pareceu descair várias vezes na primeira metade da corrida.

Apesar disso, foi ele que acelerou para distanciar o português, vencedor da etapa na terça-feira, na penúltima subida categorizada, deixando-o para trás e à mercê da capacidade do australiano Jay Vine.

O companheiro de equipa tudo deu para o recolocar no grupo dos favoritos, mas várias vezes teve de abrandar para não deixar o chefe de fila para trás, e quando parecia estar quase a recolocá-lo, na descida antes da ascensão final, teve uma saída de estrada que lhe atrasou o ímpeto.

A poucos metros de nova aproximação ser fechada, o australiano ‘abriu para o lado’ e deixou o português sozinho para os últimos dois quilómetros, em que acabou por agravar o prejuízo, ainda assim controlado.

O ‘bluff’ de Roglic, tricampeão da Volta a Espanha, só não abanou o aniversariante Geraint Thomas, que chegou hoje aos 37 anos e parece melhor que nunca, ao mesmo estilo da sua vitória na Volta a França de 2018: sem dias maus, sem inconstância, e ‘colado’ aos favoritos, quando não à frente, além de ter ainda dois companheiros a fechar o top 10.

No primeiro de três ‘rounds’ seguidos na montanha, ‘brilhou’ o esloveno, dois dias depois de ser o líder da juventude a mostrar-se em forma na ‘corsa rosa’, seguindo-se a Tre Cime di Lavaredo e uma ‘cronoescalada’ no sábado.

“Ganhar tempo ao Almeida e não ceder para o ‘Rogla’ é um bom dia. Senti-me bastante bem, a controlar. O Primoz gosta de ir no duro, depois acalmar, e voltar ao duro. (...) É bom [ganhar tempo a Almeida], mas o Roglic teve um mau dia, o João foi hoje. Tenho de me manter consistente, ir dia a dia, subida a subida”, analisou Geraint Thomas.

Na sexta-feira, continua a toada de alta montanha com a 19.ª tirada, que liga Longarone a Tre Cime di Lavaredo em 183 quilómetros que incluem mais de 5.400 metros de desnível acumulado positivo.


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