Tóquio2020: Cavaleira Luciana Diniz bem preparada e confiante no pódio

por Lusa
Foto: Comité Olímpico de Portugal/DR

A cavaleira Luciana Diniz acredita que à quarta participação olímpica pode alcançar o ouro na prova de obstáculos, assumindo o seu otimismo e boa preparação para Tóquio2020.

“Assim na lógica, fui 17.ª (Londres2012), nona (Rio2016) e agora é o primeiro. Na lógica, vamos ao primeiro”, disse à Lusa, em tom sorridente, a atleta que em Atenas2004, ao serviço do Brasil, tinha sido 38.ª.

Luciana Diniz, que vive na Alemanha, entende que “é superimportante ter pensamento positivo” para as competições e igualmente elementar cada um “seguir os seus sonhos”.

“Amamos o nosso desporto, o que fazemos, estamos ali para defender o nosso país. Esse tem de ser o espírito. É uma olimpíada atípica? É! Temos de aceitar o que ela é desta vez, mas continuar com o espírito olímpico, dar o nosso melhor e tentar trazer a medalha para o nosso país. Deve ser esse o nosso espírito. É para isso que vou para Tóquio”, vincou.

A representante lusa, de 50 anos, assumiu a “boa preparação” e realça o “feeling excelente” com que está este ano, justificando-o com o facto do cavalo se ter apurado sempre para as finais.

“Estou com uma expectativa sempre boa, positiva e grande. Vou atrás dos meus sonhos. Estou a trabalhar para isso”, reforçou.

A luso-brasileira não aprecia o novo figurino do concurso – uma passagem, em vez das habituais duas, acrescida de desempate -, alegando que essa alteração “tirou importância” à competição olímpica, tornando-a “praticamente num Grande Prémio normal”, apesar de julgar que isso até a pode beneficiar.

“O Vertigo du Desert é o um ganhador. Já ganhou várias provas. É um cavalo muito rápido. Não acho boa a nova formula (…), mas para mim não faz diferença, pois tenho um cavalo rápido, que gosta de ganhar. Para mim só tem vantagens, contudo não vou dizer que o sistema é bom”, assumiu.

Luciana Diniz congratula-se com a realização dos Jogos em tempos de pandemia, no entanto tem pena de não ver as bancadas cheias, uma vez que considera que “a vibração do público é muito importante, fundamental”, recordando o grande prémio alemão de Aachen, “com 60.000 espetadores a olhar e a aplaudir”.

Reconhece que vai ser um evento “atípico” num país no qual “o publico não está a favor dos Jogos Olímpicos”, porem advoga que “o mundo não pode parar” e que a solução é “ter disciplina e cuidado para continuar a vida” normalmente.

Em Londres2012 teve o azar de perder o estribo no fim do seu percurso e no Rio2016 fez falta no último obstáculo, no entanto em Tóquio2020 confia que vai ter melhor sorte, pois é para isso que se tem preparado “toda uma vida”.

Os Jogos Olímpicos Tóquio2020 vão ser disputados entre 23 de julho e 08 de agosto, após o adiamento em um ano devido à pandemia de covid-19.

Luciana Diniz começa a competir em 03 de agosto, já depois de Maria Caetano, Rodrigo Torres e João Miguel Torrão estrearem a participação lusa nas competições equestres, na disciplina de ensino.
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