Perante a insistência dos jornalistas sobre as negociações do Orçamento de Estado, Leitão Amaro apontou o dedo ao Partido Socialista, "para que não haja dúvidas, o PS não está à espera" do que quer que seja, "o governo fez tudo", "ninguém sabe o que o PS quer".
No final do Conselho de Ministros, António Leitão Amaro considerou que "o PS é que teima em falar em eleições e contactos", para depois garantir que "o nosso cenário não são eleições" e criticou "um partido ou dois partidos" que não param de falar sobre eleições e que "talvez isso diga algo da sua intenção e das suas prioridades".
O PS disse recentemente que está à espera de contacto do Governo, mas o
ministro da Presidência garante que o Executivo é que espera e insistiu que o governo foi mais longe do que qualquer outro "em termos de transparência" ao fornecer toda a informação que o Partido Socialista pediu. Ainda assim "o único partido com o qual não é possível dizer se sim, se não" é o PS porque "não diz o que quer". O limite para o governo, quanto às negociações e acertos no OE 2025 "é o dos tempos das decisões".
"Digam-nos o que querem e o que pensam, nós continuamos à espera".
Para o Governo, "preservando o equilíbrio orçamental, vamos também negociar o resto, incluindo as nossas propostas". Quanto às notícias que dão conta de que o Presidente da República terá a intenção de dissolver o Parlamento se o Orçamento do Estado for chumbado, Leitão Amaro não comenta. As críticas vão para a oposição que tem falado de eleições antecipadas.
A proposta de Orçamento do Estado para 2025 tem ser entregue na Assembleia da República até 10 de outubro e a aprovação é incerta, já que PSD e CDS-PP (partidos que suportam o governo) somam 80 deputados, insuficientes para garantir a viabilização do documento.