O candidato à presidência da Federação Portuguesa de Râguebi (FPR) Lourenço Fernandes Thomaz quer tornar a modalidade num "produto vendável" para poder aumentar as receitas, mas admitiu que para isso terá de se tornar "mais apelativa".
"Não quero que isso sirva de bandeira da minha candidatura, mas esse trabalho está feito", assegurou o candidato, sublinhando que "o râguebi tem de se tornar apelativo para, depois, ir buscar mais patrocínios".
O empresário do ramo da publicidade explicou que "a FPR é uma instituição sem fins lucrativos, portanto, quando mais dinheiro entrar, mais haverá para distribuir pelos clubes e associações regionais".
Ainda no plano financeiro, Fernandes Thomaz assegurou que, se vencer, não haverá verbas recebidas para desenvolvimento a serem utilizadas noutras vertentes, nomeadamente, nas seleções nacionais, cujo financiamento tem de ser garantido "através de patrocínios próprios".
Nesse sentido, o antigo presidente do CDUL sugere um plano de "profissionalização de jogadores", que é "diferente de ter jogadores profissionais".
"É preciso criar uma rede de empresas que estejam dispostas a empregar atletas com diferentes níveis de formação nos seus quadros, permitindo-lhes conciliar a sua profissão com a prática de râguebi a um nível competitivo elevado", explicou Fernandes Thomaz, garantindo que "há empresas interessadas" em fazê-lo.
O candidato lembrou que "já há clubes que o fazem, numa escala mais reduzida", mas que a federação "tem de assumir a criação dessa rede a nível nacional e partilhá-la com todos os clubes".
Lourenço Fernandes Thomaz terá como adversário, na corrida à liderança da FPR, Carlos Amado da Silva, da Lista A, que apresentou a candidatura no início de fevereiro.