Euro sub-21: Portugal e Alemanha discutem 23.º troféu continental de `esperanças`

por Lusa
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As seleções de futebol de sub-21 de Portugal e Alemanha discutem no domingo a final da 23.ª edição do Europeu da categoria, três dias depois de suplantarem com aperto as respetivas meias-finais diante de Espanha e Países Baixos.

Os pupilos de Rui Jorge colocaram-se na quinta-feira pela terceira vez a um triunfo do título, ao vencerem a atual detentora do troféu e pentacampeã (1-0), numa semana em que já tinham afastado a Itália (5-3, após prolongamento), também com cinco cetros.

Um autogolo de Jorge Cuenca, aos 80 minutos, quando tentava intercetar um centro na direita de Fábio Vieira, lançado por Vítor Ferreira, acabando por fazer um ‘chapéu’ ao guarda-redes Álvaro Fernández, bastou para Portugal manter-se invicto nesta fase final.


O médio cedido pelo FC Porto aos ingleses do Wolverhampton sobressaiu mesmo outra vez com o prémio de melhor jogador em campo da UEFA - o primeiro entregue na ronda inaugural com a Croácia (1-0) -, sinal da mestria na hora de temporizar a armada lusa.

Ao somar o 12.º triunfo seguido em jogos oficiais, Portugal fixou a maior série vitoriosa no escalão de ‘esperanças’, à frente de dois ciclos continuados de 11 vitórias, ambos neste século, de setembro de 2013 a junho de 2015 e de junho de 2004 a novembro de 2005.

A equipa das ‘quinas’ sofreu para lá chegar, beneficiando, além do golo fortuito, num dos seus raros ataques perigosos, de várias oportunidades perdidas da Espanha na etapa complementar, depois de um primeiro tempo repartido entre estilos de jogo semelhantes.

Em Maribor, Portugal manteve às custas da pentacampeã europeia (1986, 1998, 2011, 2013 e 2019), que ainda conta com três finais frustradas (1984, 1996 e 2017), o ataque mais concretizador do Euro2021 de sub-21, com 12 golos, um acima dos Países Baixos.

Volvidas três horas do duelo ibérico, os holandeses, campeões continentais em 2006 e 2007, descontinuaram o seu registo invicto no torneio diante da Alemanha, detentora dos títulos de 2009 e 2017, ao perderem por 2-1, na cidade húngara de Székesfehérvár.


Um ‘bis’ de Florian Wirtz, aos 29 segundos, no golo mais rápido de sempre em fases finais, e aos oito minutos, lançou o ‘onze’ de Stefan Kuntz para a quinta final, a terceira seguida e a quarta nas últimas sete edições, nada beliscada pelo tento de Perr Schuurs, aos 67.


Estruturados num tradicional 4-3-3, os germânicos têm três totalistas desde a fase de grupos, ocorrida entre 24 e 31 de março, como o guarda-redes Finn Dahmen (Mainz) e os defesas centrais Amos Pieper (Arminia Bielefeld) e Nico Schlotterbeck (Union Berlin).

Outros titulares indispensáveis são o lateral Ridle Baku (Wolfsburgo), o médio Arne Maier (Hertha Berlim) e os avançados Mergim Berisha (Red Bull Salzburgo) e Lukas Nmecha (Anderlecht), um dos ‘artilheiros’ a prova, junto ao italiano Patrick Cutrone, o holandês Myron Boadu, o espanhol Javi Puado e o português Dany Mota, todos com três golos.

Há ainda nomes suscetíveis de serem utilizados durante a final, casos de David Raum (Greuther Furth), Salih Ozcan (Colónia), Niklas Dorsch (Gent) ou Jonathan Burkardt (Mainz), além de Karim Adeyemi (Red Bull Salzburg) e Florian Wirtz (Bayer Leverkusen), ambos ausentes da primeira fase e convocados apenas para a ronda eliminatória.

A Alemanha chega ao encontro decisivo plena de invencibilidade, já que se impôs à Hungria (3-0) e empatou com Países Baixos (1-1) e Roménia (0-0) para ficar na vice-liderança do Grupo A, com os mesmos cinco pontos dos últimos dois oponentes, mas menor diferença de golos (4-1) face aos holandeses (8-3), ao invés dos romenos (3-2).

Exatos dois meses depois, a ‘mannschaft’ regressou a solo magiar para responder a duas desvantagens no embate dos quartos de final frente à Dinamarca, decidido no desempate por penáltis (6-5), que proporcionou o reencontro com os Países Baixos

Orientada desde 2016 pelo ex-avançado internacional Stefan Kuntz, de 58 anos, que se sagrou campeão sénior de seleções no Euro1996, a Alemanha tenta desempatar a seu favor diante de Portugal o balanço em finais, com dois triunfos e outros tantos desaires.

Já a formação de Rui Jorge, ausente da edição de 2019, quer olvidar as frustrações dos torneios de 1994 e 2015 e somar um inédito título à oitava presença na fase final de um Europeu de sub-21, que tem decorrido na Hungria e Eslovénia num formato desfasado, devido ao adiamento para este ano do Euro2020, motivado pela pandemia de covid-19.

Portugal e Alemanha defrontam-se no domingo, às 21:00 (20:00 em Lisboa), no Estádio Stozice, em Ljubljana, talismã capital eslovena onde as cores nacionais já venceram Inglaterra (2-0) e Suíça (3-0), na primeira fase, e a Itália, nos quartos de final, três anos após terem celebrado um inédito título de campeão europeu de futsal na Arena Stozice.

Portugal venceu os três embates diante da Alemanha em fases finais

A seleção portuguesa de futebol de sub-21 disputa no domingo a terceira final de um Europeu da categoria, que nunca venceu, frente à bicampeã Alemanha, à qual infligiu três derrotas em outros tantos jogos em fases finais.

Em 2015, a equipa das ‘quinas’, já com Rui Jorge no comando técnico e na República Checa, alcançou a segunda final às custas da ‘mannschaft’, graças à goleada mais expressiva em oito participações na ronda decisiva do torneio (5-0), materializada pelos golos de Bernardo Silva, Ricardo Pereira, Ivan Cavaleiro, João Mário e Ricardo Horta.


Um dos restantes dois triunfos sucedeu em 2006, quando Portugal, sob orientação de Agostinho Oliveira, derrotou a Alemanha (1-0), com um golo de João Moutinho no ‘último suspiro’, em Guimarães, na última jornada do Grupo A do Euro2006, disperso por seis cidades lusas e marcado pelas derrotas com França (0-1) e Sérvia e Montenegro (0-2).

Dois anos antes, o conjunto nacional superou pela mão de José Romão o Grupo B, no qual começou por marcar passo com Suécia (2-3) e Suíça (2-2), antes de confirmar um lugar nas meias-finais diante dos anfitriões germânicos (2-1), com o golo de Bastian Schweinsteiger a ser insuficiente face aos tentos de Hugo Almeida e Luís Lourenço.

O histórico de confrontos oficiais entre as duas seleções no escalão de ‘esperanças’ agrupa ainda mais quatro duelos em fases de apuramento para o Euro1986, na qual Portugal venceu em Lisboa (2-1) e perdeu em Karlsruhe (0-2), e para o Euro1998, com a Alemanha a vencer em Leiria (1-2) e a consentir um empate a uma bola em Cottbus.

Quanto às presenças em finais de campeonatos da Europa de sub-21, a equipa das ‘quinas’ repetirá as presenças de 1994, assinalada por uma derrota face à Itália (1-0), em França, com um ‘golo de ouro’ de Pierluigi Orlandini, e 2015, que acarretou um desaire com a Suécia na ‘lotaria’ dos penáltis (3-4), após um ‘nulo’ no final do prolongamento.

Já a ‘mannschaft’ vai tentar desempatar a seu favor o balanço nesse encontro decisivo, com dois triunfos e dois desaires, tendo começado por perder a duas mãos com a Inglaterra (1-3 e 3-2), em 1982, adversário que goleou em solo sueco há 12 anos (4-0).

Desde o ingresso do atual selecionador Stefan Kuntz, esteve também nas últimas duas finais do Europeu, ambas face à Espanha, alcançando o ‘bicampeonato’ em território polaco (1-0), em 2017, dois anos antes de perder o torneio disputado em Itália (2-1).

Os germânicos fecham o pódio de conquistas da competição, ao partilharem os mesmos dois títulos de Inglaterra, Países Baixos e União Soviética, três abaixo dos recordistas Espanha e Itália e mais um do que França, Jugoslávia, República Checa e Suécia.

Portugal e Alemanha defrontam-se no domingo, às 21:00 (20:00 em Lisboa), no Estádio Stozice, em Ljubljana, numa inédita final da 23.ª edição do campeonato da Europa de sub-21, que tem decorrido na Hungria e Eslovénia num formato desfasado, devido ao adiamento para este ano do Euro2020, motivado pela pandemia de covid-19.

Seis podem ser tricampeões e outros tantos tentam o ‘bicampeonato’
Seis jogadores portugueses podem completar no domingo o pleno de títulos continentais de futebol jovem de seleções na final do Europeu de sub-21, enquanto outros tantos irão tentar um segundo cetro e há 15 possíveis estreantes.

Dentro do lote dos 27 atletas convocados por Rui Jorge entre a primeira fase, de 24 a 31 de março, e a ronda eliminatória, a decorrer desde domingo, há um sexteto que saboreou os títulos europeus de sub-17, em 2016, e de sub-19, em 2018, com vitórias sobre Espanha (1-1, 5-4 nos penáltis) e Itália (4-3, após prolongamento) nas respetivas finais.

Os guarda-redes Diogo Costa (FC Porto) e João Virgínia (Everton), os defesas Thierry Correia (Valência) e Diogo Queirós (Famalicão), o médio Florentino Luís (Mónaco) e o avançado Jota (Valladolid) celebraram em Baku, em maio de 2016, e em Seinajoki, na Finlândia, em julho de 2018, pela mão de Hélio Sousa, atual selecionador do Bahrain.

Nessa última conquista no escalão de sub-17, volvidos 13 anos de outro triunfo sobre a Espanha (2-1), numa final disputada em Viseu, estiveram também o guarda-redes Luís Maximiano (Sporting), os defesas Diogo Dalot (AC Milan) e Diogo Leite (FC Porto), o médio Gedson Fernandes (Galatasaray) e o avançado Rafael Leão (AC Milan).

Diogo Dalot adiantou Portugal aos 27 minutos, mas Brahim Díaz repôs a igualdade aos 32, numa partida que teve de ser decidida no desempate por grandes penalidades, em que o desperdício solitário de Manu Morlanes espoletou a festa lusa na Bakcell Arena.

Para lá chegar, a equipa das ‘quinas’ triunfou numa ‘poule’ com Bélgica (0-0), Azerbaijão (5-0) e Escócia (2-0) e afastou Áustria (5-0) e Países Baixos (2-0) nas eliminatórias.

Já do quarto título de sub-19 fez parte o dianteiro Francisco Trincão (FC Barcelona), que sobressaiu como um dos melhores marcadores, ao apontar os mesmos cinco golos em outros tantos encontros de Jota, e ficou ausente da ronda decisiva do Euro2021 de sub-21, a par de Thierry Correia, devido a problemas relacionados com o novo coronavírus.

Numa tarde frenética no Estádio Seinajoki, um ‘bis’ de Moise Kean e outro golo de Gianluca Scamacca permitiram à Itália responder sempre às vantagens de Portugal, assinadas por intermédio de um ‘bis’ de Jota e mais um tento de Francisco Trincão, até que o suplente Pedro Martelo faturaria aos 109 minutos o golo decisivo dessa final.

No caminho para a decisão, a equipa das ‘quinas’ ficou na segunda posição de um grupo com Itália (2-3), Noruega (3-1) e Finlândia (3-0) e goleou a Ucrânia nas ‘meias’ (5-0).

Esse troféu intercalou duas finais perdidas com Inglaterra (1-2), em julho de 2017, com o defesa Abdu Conté (Moreirense), e Espanha (0-2), dois anos depois, incluindo o também defesa Tomás Tavares (Farense), os médios Vítor Ferreira (Wolverhampton) e Fábio Vieira (FC Porto) e os avançados João Mário (FC Porto) e Gonçalo Ramos (Benfica).

Esses seis nomes fazem parte da quinzena de futebolistas que pode alcançar o primeiro título de seleções na final de domingo com a Alemanha, além dos defesas Pedro Pereira (Crotone) e Tiago Djaló (Lille), os médios Romário Baró (FC Porto), Filipe Soares (Moreirense), Daniel Bragança e Pedro Gonçalves (ambos do Sporting) e os avançados Dany Mota (Monza), Francisco Conceição (FC Porto) e Tiago Tomás (Sporting).

Com aposta vincada na geração nascida em 1999, que abrange 14 jogadores, a seleção nacional de sub-21 reúne 12 elementos que disputaram o último campeonato do Mundo de sub-20, entre maio e junho de 2019, sendo eliminados logo na primeira fase graças ao terceiro lugar numa ‘poule’ com Argentina (0-2), Coreia do Sul (1-0) e África do Sul (1-1).

Diogo Costa cumpriu nesse verão em território polaco a sexta de sete fases finais de torneios jovens de seleções, registo singular na equipa de Rui Jorge, à frente das seis chamadas de Diogo Dalot e Florentino e das cinco de Diogo Queirós, Gedson e Jota.

Quanto ao sucesso nos clubes, Diogo Costa, Diogo Queirós, Diogo Leite, Vítor Ferreira, Romário Baró, Fábio Vieira e João Mário ajudaram a equipa de juniores do FC Porto a conquistar a Youth League sobre os ingleses do Chelsea (3-1), em abril de 2019, compondo um inédito título português na principal prova europeia do escalão de sub-19.

Luís Maximiano, Tiago Djaló, Daniel Bragança, Pedro Gonçalves e Tiago Tomás sagraram-se campeões nacionais pelos respetivos emblemas em 2020/21, sendo que o ‘aritlheiro’ da última edição da I Liga prepara a estreia pela seleção ‘AA’ na fase final do Euro2020, praticamente dois meses depois de ter representado os sub-21 no Euro2021.

Portugal e Alemanha defrontam-se no domingo, às 21:00 (20:00 em Lisboa), no Estádio Stozice, em Ljubljana, numa inédita final da 23.ª edição do campeonato da Europa de sub-21, que tem decorrido na Hungria e Eslovénia num formato desfasado, devido ao adiamento para este ano do Euro2020, motivado pela pandemia de covid-19.

Finalista vencido em 1994 e 2015 e ausente da edição de 2019, Portugal busca um título inédito no futebol jovem português masculino, jejum extensível ao Mundial de sub-17.

Georgiano Giorgi Kruashvili arbitra final entre Portugal e Alemanha
O árbitro georgiano Giorgi Kruashvili vai dirigir o jogo entre as seleções de sub-21 de Portugal e Alemanha, no domingo, da final do Europeu da categoria, no Estádio Stozice, em Ljubljana, informou hoje a UEFA.



O juiz, de 35 anos e internacional desde 2015, será assistido pelos compatriotas Levan Varamishvili e Zaza Pipia, enquanto o também georgiano Irakli Kvirikashvili assumirá as funções de quarto árbitro, numa prova sem recurso ao sistema de videoárbitro (VAR).

Giorgi Kruashvili irá apitar o quarto jogo na fase final do Europeu de sub-21 de 2021, depois do Inglaterra-Suíça (0-1) e do Espanha-República Checa (2-0), ambos da primeira fase, além do Espanha-Croácia (2-1, após prolongamento), dos quartos de final.

O georgiano ajuizou três jogos da Liga Europa esta época, incluindo a vitória do Sporting de Braga no terreno dos ucranianos do Zorya (2-1), em outubro de 2020, da segunda jornada do Grupo G, naquele que foi o único duelo com equipas portuguesas.

Portugal, finalista vencido em 1994 e 2015, e Alemanha, vencedora em 2009 e 2017 e vice-campeã em 1982 e 2019, defrontam-se no domingo, às 21:00 (20:00 em Lisboa), no Estádio Stozice, em Ljubljana, numa inédita final da 23.ª edição do campeonato da Europa de Sub-21, que tem decorrido na Hungria e Eslovénia num formato desfasado, devido ao adiamento para este ano do Euro2020, motivado pela pandemia de covid-19.



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