As epidemias no mundo selvagem
As epidemias não afetam apenas a espécie humana. Quando uma doença se espalha no mundo animal é conhecida como epizootia. Os animais do nosso planeta são descendentes de sobreviventes de grandes surtos epizoóticos. Vírus e bactérias precisam de hospedeiros para se expressarem e os animais precisam de se proteger para perpetuar a espécie. É um combate sem fim que se perpetua desde o início dos tempos e é decisivo para a evolução de ambos. Os micróbios têm-se espalhado rapidamente e de forma mais eficiente e os animais têm de ser criativos para os combater. Mas, o que sabemos realmente sobre estes microrganismos? Como é que a natureza lida com epizootias? A relação entre os agentes patogénicos e os seus hospedeiros é, por vezes, bastante surpreendente, e os animais na natureza desenvolveram mecanismos excecionais para se protegerem dos micróbios e da sua propagação, incluindo confinamento, quarentena, automedicação e transmissão cultural e genética.
Do infinitamente grande ao infinitamente pequeno, das estepes da Ásia Central às florestas tropicais africanas, partimos numa viagem científica para compreender a extraordinária interação entre animais e agentes patogénicos. E aos poucos, perceber como as doenças são parte integrante do equilíbrio natural do mundo selvagem. Um equilíbrio frágil onde os agentes patogénicos e os animais tentam sobreviver lutando entre si, mas também coevoluindo geração após geração.
