Conselho de Arbitragem admite erro no golo anulado a Doumbia

por RTP
Doumbia no jogo frente ao Feirense António Cotrim - Lusa

O Conselho de Arbitragem reconheceu que no jogo de domingo, entre o Sporting e o Feirense, houve "uma interpretação desajustada" do protocolo do vídeo-árbitro, no lance que resultou no golo anulado aos leões, marcado por Doumbia.

Na altura, o vídeo-árbitro Manuel Oliveira alertou Luís Ferreira, árbitro principal, para uma falta de Bruno Fernandes sobre Tiago Silva, antes do golo. No entanto, a bola já tinha passado pelos pés de jogadores do Feirense, o que muda o cenário.

"O Conselho de Arbitragem entende divulgar este esclarecimento para não restarem quaisquer dúvidas sobre a definição de fase de ataque à luz do protocolo VAR", acrescenta a nota.
Conselho de Arbitragem emitiu um documento a esclarecer o protocolo
"Definição de fase de ataque de acordo com o Protocolo do IFAB para o vídeo-árbitro

O Protocolo VAR define que se uma equipa cometer uma infração na fase de ataque e, como resultado dessa ação, obtiver golo ou beneficiar de um pontapé de penálti o lance deve ser revertido. Ou seja, o golo ou pontapé de penálti deverão ser anulados e assinalada a falta.

O IFAB, num recente esclarecimento feito aos árbitros portugueses, definiu que a fase de ataque consiste numa jogada que vá rapidamente na direção da baliza adversária.

Quando a equipa que desenvolve uma fase de ataque decide recuar em direção ao seu meio-campo ou a defesa adversária joga a bola passa a ser uma nova jogada, eliminando-se as eventuais infrações técnicas cometidas na anterior fase de ataque.

Na 22ª jornada da Liga NOS verificou-se um lance em que a equipa de arbitragem teve uma interpretação desajustada desta indicação do protocolo VAR, o que conduziu à errada anulação de um golo.

O Conselho de Arbitragem entende divulgar este esclarecimento para não restarem quaisquer dúvidas sobre a definição de fase de ataque à luz do protocolo VAR.

O CA recorda que a implementação do projeto VAR se encontra em ano de testes, pelo que se torna especialmente relevante a partilha de informação. Só assim todos os agentes e adeptos terão ao seu dispor os dados que lhes permitam compreender esta nova ferramenta ao serviço do futebol".
pub