O ciclista português Amaro Antunes (CCC) vai estrear-se em grandes voltas na Volta a Itália, que arranca no sábado para a 102.ª edição, mas chega a Bolonha condicionado por problemas físicos sentidos nas últimas semanas.
A estrear-se em grandes voltas logo na mais dura das três, a lesão poderá levar a uma reconfiguração do calendário para o resto de 2019, e "a Volta a Espanha poderá ser uma das corridas" que passem a constar do calendário.
Para já, no "Giro", terá de apostar numa tática "defensiva e de gestão de esforço" e esperar que o corpo possa reagir da melhor forma, numa prova em que será o único luso.
Amaro Antunes chega à "corsa rosa" depois de abrir a temporada na Volta à Comunidade Valenciana, com um 28.º lugar final, antes de chegar à Volta ao Algarve, onde já venceu uma etapa, em 2017, e que corre na região de onde é natural.
Foi quinto no segundo dia e 10.º no último, na chegada ao Malhão, que havia vencido dois anos antes, para acabar em oitavo da geral, o melhor resultado até agora, antes de correr o Paris-Nice (29.º) e a Volta ao País Basco (73.º).
Bons desempenhos dos portugueses
Em 2001 José Azevedo, agora diretor desportivo da Katusha-Alpecin, acabou a prova no quinto lugar final, enquanto José Gonçalves, que corre na equipa suíça, foi 14.º em 2018, num dos melhores resultados recentes na corrida.
Olhando para o lote de favoritos da 102.ª edição da corrida, Antunes recorda, antes de elencar um escolhido, a ausência do colombiano Egan Bernal (Sky), lesionado, olhando depois para a "grande forma" do esloveno Primoz Roglic (Jumbo-Visma), mas também o italiano Vincenzo Nibali (Bahrain Mérida), vencedor em 2013 e 2016.
A 102.ª edição da Volta a Itália arranca no sábado, com um contrarrelógio individual de 8,2 quilómetros em Bolonha, terminando 21 etapas depois, em 2 de junho, com novo crono em Verona.