Rui Costa recebe diploma de mérito na federação em que "cresceu"

por RTP
O Campeão do Mundo de Ciclismo, Rui Costa tendo a seu lado o selecionador português de estrada, José Poeira Lusa

Rui Costa, campeão do Mundo de ciclismo de estrada, voltou hoje à casa onde praticamente aprendeu tudo e cresceu, para receber na Federação Portuguesa de Ciclismo (UVP-FPC) o diploma de Sócio de Mérito da instituição.

 Distinção idêntica foi outorgada a José Poeira, selecionador nacional, que orientou a equipa em Florença, na corrida em que Rui Costa conquistou o direito a envergar a camisola arco-íris durante a próxima época.  
 
    "Depois de um ano como este, ser homenageado nesta casa, onde praticamente aprendi tudo e cresci, é muito bom. Estou muito feliz por esta homenagem da Federação Portuguesa de Ciclismo", disse Rui Costa. "Foi aqui que dei os primeiros passos, a federação ajudou-me em tudo o que podia, estou-lhes grato por tudo o que fizeram ao longo da minha carreira", acrescentou.  
 
    O ciclista reconhece que "sonhava" com o título, só que ainda não esta
época. "Não contava nada ganhar, sabia que estava num bom momento de forma e as coisas correram bem para o meu lado, estou feliz por ter dado esta vitória ao nosso país", refere.  
 
    Após uma época repleta de sucessos - nomeadamente duas etapas no Tour, a Volta à Suíça e o Campeonato do Mundo -, em que terminou no top-10 do ranking mundial, é tempo de mudar de equipa, da espanhola Movistar para a italiana Lampre, agora como chefe de fila.  
 
    "As minhas férias acabam este fim de semana e para a semana recomeço o trabalho. Tenho de me mentalizar já no trabalho para o próximo ano - não podemos viver só das vitórias passadas", disse o ciclista.  
 
    José Poeira recordou, ao receber o diploma, o trabalho de mais de dez
anos no comando das seleções nacionais de estrada, destacando a conquista da Taça das Nações de Sub-23, em 2008, e as várias medalhas conquistadas em campeonatos europeus e mundiais de juniores e de sub-23.   
 
    "Já antes estivéramos perto da medalha de ouro - por exemplo com o Nélson Oliveira, no mundial de contrarrelógio para sub-23 -, mas o título principal só o conseguimos este ano, quando surgiu o percurso ideal e o corredor ideal e com mentalidade vencedora".  
 
    Especialmente confiante no futuro da modalidade em Portugal, já antevê
mais medalhas a médio prazo: "Penso que daqui a dois ou três anos poderemos também estar a discutir títulos internacionais de contrarrelógio", disse.
 
    Delmino Pereira, presidente da UVP-FPC, era hoje um anfitrião especialmente satisfeito: "Temos uma bela história de 114 anos e estamos nos tempos atuais a viver momentos maravilhosos. O Rui Costa é um grande corredor, que nos tem apaixonado a todos", disse ainda.  
 
    Presente na cerimónia de entrega dos diplomas, Emídio Guerreiro, secretário de Estado do Desporto e Juventude, assumiu-se como fã da modalidade e de Rui Costa. "Farei parte dos dez milhões que, em julho, estarão a espreitar para o televisor, para ver o Rui de amarelo", disse, aludindo à próxima Volta a França.  
 
    "É importante reconhecer o papel e a importância dos que conseguem os
melhores resultados e dizer aos nossos jovens que vale a pena o caminho
do esforço, dedicação e trabalho", defendeu Emídio Guerreiro, que também
enalteceu o papel da UVP-FPC, que "tem pessoas espantosas, que contribuem para as soluções e não ficam no canto das lamúrias e desalentos".  
 
      
 
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