O FC Porto reforçou esta quinta-feira, em comunicado, que não houve "contrapartida financeira ou outra" pelos e-mails que divulgou no Porto Canal, os quais diz que entregou à Polícia Judiciária "em simultâneo com o processo de denúncia pública".
"A detenção, na Hungria, de um cidadão português sob suspeita de vários crimes, tornada pública pela Polícia Judiciária, tem sido naturalmente objeto de notícias e comentários em torno do designado processo dos e-mails, alguns, porém, com a pretensão expressa de associar o nome do nosso clube e da sua sociedade anónima desportiva para o futebol profissional a essa detenção", refere a nota do FC Porto.
O FC Porto alude ao 'hacker' Rui Pinto, que terá acedido ilegalmente aos e-mails do Benfica, e que é suspeito de praticar factos suscetíveis de integrarem crimes de extorsão qualificada na forma tentada, acesso ilegítimo, ofensa a pessoa coletiva e violação de segredo, segundo a PJ.
"O nosso Diretor de Informação e Comunicação teve conhecimento de um volumoso conjunto de e-mails, alguns importantes na sua substância por indiciarem práticas irregulares e eventualmente criminosas no plano da verdade desportiva no futebol profissional", sustenta o comunicado do clube.
Para o FC Porto, "o teor de alguns desses e-mails foram divulgados no Porto Canal no exercício pleno do direito a informar e ser informado, ponderados todos os prós e contras face à delicadeza da matéria de fundo que apontava para eventuais práticas de tráfico de influência e corrupção".