O antigo político e sócio do Sporting de longa data, Vera Jardim, interrompe um longo silêncio e, revela na Antena 1, os seus sentimentos sobre o presente e futuro do Sporting Clube de Portugal.
O ministro da Justiça, entrevistado pelo jornalista Nuno Matos, reconheceu a delicadeza daqueles acontecimentos e revelou que em sua opinião será difícil ao Governo intervir num caso que envolve um clube porque o desporto tem os seus organismos próprios.
Como sportinguista, só pode lamentar o sucedido e, reconheceu que os acontecimentos chegaram a um limite extremo revelando a sua preocupação pelo futuro e pelo cenário que está perante os olhos da geração dos seus netos também eles entusiastas pelo clube de Alvalade.
Futuro sombrio com muitos obstáculos
O futuro preocupa o ex-político e lembrou que não há nada de positivo no horizonte.
Faltam quatro dias para a final da Taça de Portugal entre o Sporting e o Aves e Vera Jardim mostrou-se pessimista: “As condições psíquicas do plantel são más. Como acalmar o grupo não sei”.
Sobre a posição em que se encontra o presidente do clube e da SAD, Bruno de Carvalho, perante a atual situação mostrou-se cauteloso: “Não quero que as minhas palavras sejam entendidas como mais gasolina para cima da fogueira”.
Uma coisa é certa. O homem que se diz otimista e realista lamentou: “o Sporting é o meu clube e não me revejo neste cenário de altercações”.
Vera Jardim não se limitou a analisar os acontecimentos do presente e foi mais longe no seu raciocínio: “Há aqui problemas graves. A final da taça é apenas a primeira preocupação”.
A finalizar o antigo membro do Conselho Leonino recordou a atual realidade do desporto e do futebol em particular, em que se misturam ”as paixões clubísticas com os milhões de euros” e fez questão de sublinhar que “o Sporting está acima de todos nós e temos de fazer um esforço para que ultrapasse esta crise”.