Miguel Oliveira 17.º nos treinos livres do GP de Portugal

por RTP
EPA

O piloto da Aprilia Miguel Oliveira foi hoje 17.º nos treinos livres para o Grande Prémio de Portugal de MotoGP, segunda prova da temporada, que se disputa este fim de semana no Autódromo Internacional do Algarve.

O corredor luso fez o seu melhor tempo em 1.39,048 minutos, empatando exatamente com o seu companheiro de equipa, o espanhol Raul Fernandez (Aprilia), e ficando a 0,991 segundos do mais rápido, o italiano Enea Bastianini (Ducati). O australiano Jack Miller (KTM) foi o segundo, a 0,118 segundos, com o espanhol Marc Márquez (Ducati) em terceiro, a 0,153.

O piloto espanhol sofreu uma queda no final da sessão, ao deixar fugir a frente da sua mota, naquele que foi a primeira queda da temporada para o seis vezes campeão.

Quanto ao português, Oliveira vinha a ganhar tempo nos primeiros três setores, mas acabaria por ceder meio segundo no derradeiro, não indo além do 17.º lugar.

Desta forma, o piloto da equipa Trackhouse terá de passar pela primeira fase da qualificação (Q1), no sábado, de forma a tentar uma das duas vagas para a Q2, que reúne os 12 melhores dos 22 pilotos da grelha.

Nesta sessão, em que a pista já se apresentou mais limpa, depois de a sessão da manhã ter sido afetada pelas areias vindas do deserto africano, caíram Jack Miller (KTM), Alex Márquez (Ducati), Aleix Espargaró (Aprilia), além de Marc Márquez (Ducati), Luca Marini (Honda) e Franco Morbidelli (Ducati).

Além dos três primeiros classificados, seguem diretamente para a Q2 no sábado Jorge Martin (Ducati), Brad Binder (KTM), Marco Bezzecchi (Ducati), Maverick Viñales (Aprilia), Francesco Bagnaia (Ducati), Fábio Quartararo (Yamaha) e Alex Rins (Yamaha).

Desta forma, Pedro Acosta (GasGas), Fábio Di Giannantonio (Ducati), Alex Márquez (Ducati), Aleix Espargaró (Aprilia), Franco Morbidelli (Ducati), Takaaki Nakagami (Honda), Miguel Oliveira (Aprilia), Raul Fernandez (Aprilia), Joan Mir (Honda), Johann Zarco (Honda), Augusto Fernandez (GasGas) e Luca Marini (Honda) terão de passar pela Q1, no sábado.

Nas Moto2, o espanhol Alonso Lopez (Speed Up) foi o mais rápido, batendo o espanhol Aaron Canet (Fantic) por 0,013 segundos, com o norte-americano Joe Roberts (American Racing) em terceiro, a 0,183.

Em Moto3, o colombiano David Alonso (Aspar) foi o primeiro, com 0,037 segundos de vantagem sobre o australiano Joe Kelso (BOE), e 0,679 segundos sobre o italiano Matteo Berttele (Rivacold), que foi terceiro.

O GP de Portugal de MotoGP é a segunda de 21 provas do Mundial de Velocidade e disputa-se até domingo no Autódromo Internacional do Algarve, em Portimão.
"Nada está perdido"

Após a sessão desta sexta-feira, Miguel Oliveira considerou que “nada está perdido”, restando-lhe tentar “agarrar” um dos dois lugares da Q1, que dão acesso à segunda fase de qualificação do GP de Portugal, para conseguir juntar-se aos 12 melhores pilotos na grelha.

“Tenho de estar [confiante], obviamente. Nada está perdido, tenho de agarrar os dois lugares da Q1”, começou por dizer aos jornalistas portugueses.

Se no treino da manhã, os pilotos foram “todos muito lentos”, não dando para “criar bases”, no da tarde já foi diferente, embora não ideal, segundo explicou o ‘falcão’.

“Agora à tarde fui logo ao limite. Andei com pneu médio atrás e fiz logo 40-0. É que eu tenho para dar, não tenho mais para dar. [A pista] está escorregadia, no final do treino a temperatura desceu bastante e está um bocadinho traiçoeiro. Portimão é assim”, transmitiu.

O “pouco ‘grip’ na dianteira” acaba por traduzir o 17.º posto conseguido, com o melhor tempo em 01.39,048 minutos, empatando exatamente com o seu companheiro de equipa, o espanhol Raul Fernandez (Aprilia).

“No final primeiro setor é onde perco menos tempo. Não tenho muitas queixas a travar direito, mas não tenho ‘grip’ à frente e, por isso, não consigo fazer as cursas rápidas com a mota a virar no sítio certo”, explicou.

E completou: “Perco muito tempo no último setor com duas curvas a descer. É muito difícil, muito difícil”.

(Com Lusa)

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