Reportagem
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Covid-19. A situação ao minuto do novo coronavírus no país e no mundo

por RTP

Mário Cruz - Lusa

Acompanhamos aqui os desenvolvimentos sobre a pandemia da Covid-19 à escala internacional. O número de mortos chegou em Portugal aos 380. Há 13.141 infetados.

Mais atualizações




23h31 - Acesso a jogos 'online' limitado durante estado de emergência

Vai ser limitado no estado de emergência o acesso às plataformas de jogo 'online', de acordo com proposta do PAN aprovada pelo Parlamento.

A iniciativa teve os votos contra de PSD, CDS-PP, Iniciativa Liberal e Chega, tendo sido aprovada com os votos dos restantes partidos e da deputada não inscrita Joacine Katar Moreira.

O diploma prevê que sejam estabelecidas limitações "parciais ou totais de acesso às plataformas de jogo de azar 'online'" até ao fim do estado de emergência, pretendendo-se com a medida informar e proteger os consumidores, sobretudo os menores, jovens adultos ou pessoas com problemas de jogo.

22h45 - Sindicatos rejeitam regresso em breve a aulas presenciais

A Federação Nacional da Educação (FNE) e a Federação Nacional de Professores (Fenprof) concordam que a situação epidemiológica atual ainda não permite um regresso seguro às escolas, uma preocupação que transmitiram hoje à tutela.

Os dois sindicatos, que reuniram hoje por videoconferência com o Ministério da Educação, consideram até prematuro que as atividades letivas presenciais sejam retomadas em maio, uma possibilidade que foi avançada pelo primeiro-ministro, António Costa, na sexta-feira.

O secretário-geral da Fenprof adiantou que a posição desfavorável dos especialistas sobre a abertura das escolas no início do terceiro período foi unânime. "O que tem que prevalecer, numa decisão qualquer, é a saúde, porque não podemos libertar as pessoas e depois vermos disparar o número de casos outra vez", considerou Mário Nogueira.

Em comunicado, também a FNE revelou ter "reservas quanto a uma eventual decisão da tutela de retomar precipitadamente as atividades letivas presenciais" em maio, a menos que as autoridades de saúde aconselhem o contrário.

22h30 - Durão Barroso e a União Europeia. O que pode acontecer?

Durão Barroso diz que as instituições europeias estão a reagir, nomeadamente o BCE, a Comissão Europeia, e o Banco Europeu de Investimentos. O antigo presidente da Comissão Europeia diz no entanto que a UE pode estar em causa se não "houver um acordo" entre os vários países de apoio a esta situação. Diz no entanto que acredita na "resiliência da União Europeia".



22h25 - Falta de acordo na Europa. A análise de Durão Barroso

Em direto no Telejornal, o antigo presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, disse que houve "essencialmente uma oposição a partir da Holanda". Disse o antigo primeiro-ministro português que países como a Alemanha, a Finlândia e a Áustria acabaram por aceitar o compromisso que foi posto na mesa.

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22h15 - Parlamento chumbou apoio a taxistas e domésticos em situação precária

O parlamento rejeitou hoje um projeto de lei do PCP que visava garantir um apoio de proteção social a trabalhadores com vínculos laborais precários, designadamente taxistas e trabalhadores domésticos.

O documento, que teve os votos contra do PS, PSD e CDS-PP e os votos a favor dos restantes partidos, pretendia apoiar os trabalhadores precários que não tinham acesso aos apoios criados no âmbito das medidas excecionais e temporárias de resposta à pandemia de covid-19.

Poderiam beneficiar do apoio aqueles que vissem o seu contrato de trabalho ou de prestação de serviços ser cessado ou que tivessem uma quebra de, pelo menos, 40 por cento dos serviços a prestar.

22h05 - Pedidos de ajuda ao Banco Alimentar estão a aumentar

O Banco Alimentar recebeu 4.500 novos pedidos de ajuda em apenas 15 dias. A instituição abriu uma linha de emergência para as famílias que perderam rendimentos com o estado de emergência.



21h55 - Câmara da Golegã interdita entrada na cidade

No concelho da Golegã está já interdita a entrada a não moradores.

O presidente da Câmara decidiu antecipar-se ao período da Páscoa e à proibição de circulação entre concelhos, e colocou placas de proibição nas estradas municipais.


21h45 - Vírus já matou 86.289 pessoas e infetou quase 1,5 milhões no mundo

A nova pandemia de coronavírus matou já pelo menos 86.289 pessoas em todo o mundo e infetou quase 1,5 milhões desde dezembro, segundo um balanço da AFP, às 19:00 de hoje, através de fontes oficiais dos países.

Segundo os dados recolhidos pela agência noticiosa francesa, 1.469.920 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados em 192 países e territórios desde o início da epidemia, em dezembro passado, na China.

21h35 - Cada vez mais profissionais de saúde infetados com Covid-19

Muitos médicos e enfermeiros estão infetados e em quarentena. Mas dizem que querem regressar o mais depressa possível para ajudar os doentes.


21h25 - Água, luz e gás não podem ser cortados a famílias afetadas pela pandemia

Vai ser proibido cortar a luz, a água e o gás às famílias afetadas pela pandemia. A medida foi aprovada no parlamento.

Em caso de falta de pagamento, o fornecimento tem de continuar a ser assegurado, enquanto durar o estado de emergência e no mês seguinte.

A obrigação abrange famílias atingidas pela covid-19, pelo desemprego ou por perda de rendimentos no agregado familiar de, pelo menos, 20 por cento.



21h15 - Reino Unido torna-se país onde se morre mais

O Reino Unido tornou-se o país do Mundo onde se morre mais por Covid-19.

Nas últimas 24 horas, morreram 938 pessoas, um valor próximo dos máximos registados em Itália e em Espanha.

No total há mais de sete mil vítimas no Reino Unido e perto de 19.500 pessoas estão hospitalizadas com a doença, entre elas Boris Johnson.


21h10 - Espanha. Aumentaram mortes e contágios

Os números voltaram a aumentar. Morreram 757 pessoas em 24 horas e há quase 147 mil infetados registados.

Mesmo assim, o número de mortes baixou em relação há uma semana e o Governo acredita que já foi atingido o pico da infeção.

A correspondente da RTP em Madrid, Daniela Santiago, está a seguir a situação em Espanha.


21h00 - França prolonga confinamento

As vítimas mortais no país ultrapassam as 10 mil. A correspondente da RTP em Paris, Rosário Salgueiro, está a acompanhar o impacto da pandemia em França.


20h55- Economia francesa com o pior desempenho desde 1945

A economia francesa caiu seis por cento nos primeiros três meses deste ano. É o pior desempenho desde 1945.

O impacto da pandemia está a atingir os grandes países da Europa, com os números a indicarem enormes quebras na atividade económica.



20h50 - Quase todos os hoteis já pediram regime de lay off

O setor hoteleiro calcula ter sofrido quebras de receita entre os 70 por cento e os 100 por cento no primeiro semestre.

Mais de 90 por cento das empresas já recorreu ou vai recorrer ao regime de lay-off.

20h40 - Abastecimento dos produtos alimentares está a decorrer sem problemas

Perante as queixas da falta de mão de obra no campo, a ministra da Agricultura anunciou que estão a ser preparadas leis para que os trabalhadores em lay-off possam ajudar, tal como estudantes e os imigrantes.


20h30 - Regresso às aulas presenciais ainda por decidir

O Governo poderá abrir progressivamente as escolas já no próximo mês. O primeiro-ministro reuniu com os partidos para decidir a data de regresso às aulas.


20h20 - Aprovado perdão parcial de penas. 2700 presos vão ser libertados

A ministra da justiça diz que se trata de uma questão de decência devido ao risco de contágio nas cadeias. PSD, CDS, Iniciativa Liberal e Chega votaram contra e os sociais-democratas defenderam a prisão domiciliária em vez do perdão de penas.


20h15 - A pandemia em Portugal

Nas últimas 24 horas, morreram 35 pessoas com Covid-19. Desde o início da epidemia, o país já registou um total de 380 óbitos. Estão confirmados 13.141 casos positivos para o novo coronavírus, mais 699 de ontem para hoje.

20h10 - GNR: ordens para permanecer no concelho de residência estão a ser acatadas

As garantias foram deixadas em direto, no Telejornal.


20h05 - Operação "Fique em casa" cortou pontes e autoestradas

A partir da meia-noite ninguém pode abandonar o concelho onde reside. Há multidões a tentar sair, PSP e GNR estão a controlar as estradas desde as 18h00.

A Operação Fique em Casa cortou as saídas de Lisboa na Ponte 25 de Abril, Ponte Vasco da Gama, Segunda Circular, e na Autoestrada do Norte em Aveiras, o que levou à formação de filas com quilómetros e quilómetros de extensão.


20h00 - Trânsito acumula-se nas saídas de Lisboa

Saídas de Lisboa registam longas filas de trânsito, com milhares de pessoas a tentar abandonar a cidade antes de entrarem em vigor as proibição de circulação previstas durante a Páscoa, a partir da meia-noite.



As principais vias e saídas da capital estão a ser fiscalizadas pelas forças de segurança, as quais se certificam se os motivos dos condutores se enquadram nas exceções previstas no decreto sobre o estado de emergência.

19h50 - CP suspende comboios de Longo Curso durante a Páscoa

A circulação de comboios de Longo Curso, Alfa Pendular e Intercidades, vai ser suspensa durante a Páscoa, entre quinta e segunda-feira, excetuando algumas ligações a Évora e Beja, anunciou a CP.

Em comunicado, a CP -- Comboios de Portugal justifica que a decisão, tomada "no âmbito do plano de contingência" da covid-19, surge "na sequência da renovação do estado de emergência", com a limitação à circulação no período da Páscoa.

Assim, a CP "implementou alterações à oferta, que estarão em vigor entre as 00:00 do dia 09 de abril (quinta-feira) e as 24:00 do dia 13 de abril (segunda-feira)".

"Durante este período, fica suspensa a circulação dos comboios de serviço de Longo Curso, Alfa Pendular e Intercidades, em todos os eixos, a nível nacional, com exceção de algumas ligações a Évora e Beja, assegurando a mobilidade estritamente necessária nestes eixos, que não dispõem de Serviço Regional", explica a CP.

Segundo a empresa, "serão ainda introduzidas alterações às ofertas de comboios urbanos e regionais", sendo que "a atualização da informação sobre a oferta CP está disponível em www.cp.pt".

19h40 - Boris Johnson melhorou

O estado de saúde do primeiro-ministro britânico está a registar melhorias e Boris Johnson está capaz de se sentar na cama hospitalar e conversar com o pessoal médico, revelou o ministro das Finanças do Reino Unido, Rishi Sunak.

Johnson, de 55 anos, registou positivo para o coronavírus há quase duas semanas, tendo-se isolado. Acabou por ser internado no hospital St Thomas domingo à noite, devido à febre alta e tosse persistentes.

Segunda-feira, o chefe do executivo britânico, foi transferido para os cuidados intensivos onde recebeu oxigénio sem nunca necessitar de ser ventilado.

19h30 - Barómetro covid-19 dos que "ficam em casa"

Mais de 80 por cento dos portugueses deixaram de ir a restaurantes e a locais de lazer, 78 por cento não utilizam transportes públicos e cerca de 60 por cento não saem para ir à farmácia ou ao supermercado, segundo um estudo do barómetro covid-19.

Estes dados resultam de um trabalho do barómetro covid-19 da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP), que acompanha as intervenções que as autoridades têm tido no sentido de travar a disseminação da epidemia, que utilizou "os dados de georreferenciação divulgados pela Google", disse à agência Lusa o investigador Alexandre Abrantes.

19h20 - França com 10.869 mortos mais 541 em 24 horas

É o balanço oficial desta quarta-feira, a França registou em 24h mais 541 óbitos em hospitais, elevando o número total para praticamente 10.870, indicou o diretor-geral da saúde, Jérôme Salomon.

Faltam ainda os números dos lares de idosos e de outros estabecimentos sociais de apoio à terceira idade, cuja atualização foi impedida por um "problema técnico", referiu.

Em reanimação estavam internados 7.148 casos graves, "um recorde absoluto em França" desde o início da epidemia, revelou Salomon.

A epidemia mantém-se "ainda muito activa" e "a tensão mantém-se particularmente forte" no sistema de saúde, sublinhou.

Com o número de recuperados, o indicador do número de pacientes em reanimação começa a estabilizar e a descer, referiu o responsável.

19h15 - Como seria um mundo sem humanos? Os animais respodem

Aventuram-se nas ruas desertas e a ausência dos seres humanos é um alívio para outros.


19h10 - Covid-19 atinge particularmente comunidade negra dos EUA

São dados que intrigam as autoridades. A população negra nos EUA está a contrair em maior número o novo coronavírus e a registar mais mortes do que a população branca. Um historial de desigualdades sociais nos Estados Unidos pode estar na base desta discrepância.


19h00 - Angola regista mais dois casos

Angola regista dois novos casos de infeção pelo novo coronavírus, elevando-se a 19 o número total de registos, anunciou hoje a ministra da Saúde angolana, Sílvia Lutucuta.

Trata-se de um homem de 59 anos e uma mulher de 28, ambos provenientes de Portugal e que se encontravam em centros de quarentena, precisou a ministra.

Os dois pacientes estavam assintomáticos e encontram-se agora no centro de referência da Barra do Kwanza.

18h40 - Reserva Federal prevê desaceleração económica profunda

O presidente da Reserva federal dos EUA, Thomas Barkin, acredita que a pandemia vai levar a uma desaceleração económica profunda e que a retoma irá depender da altura em que os consumidores se irão sentir preparadosp ara voltar a gastar.

"Até onde irá a desaceleração? Quanto irá durar? Com que rapidez irá recuperar? A resposta à primeira pergunta é agora clara: irá muito fundo", disse Barkin numa publicação do site de Richmond da Reserva Federal.

18h30 - Nova Iorque ultrapassa Espanha

O Estado norte-americano de Nova Iorque registou o maior número de casos do mundo e ultrapassou a Espanha, de acordo com contas da Agência Reuters.

O Estado tem agora 149.316 casos confirmados, comparativamente aos 146.690 espanhóis. A Itália passou agora para terceiro lugar quanto ao número oficial de infeções, com 139.422 casos esta quarta-feira.

Os Estados Unidos já lideram a lista mundial do número de casos por país, com mais de 417.000 casos confirmados e 14.100 mortes, refere ainda a Reuters.

18h20 - Afinal, as queixas por violência doméstica diminuíram 26%

A GNR esclareceu os números da violência doméstica que tinham sido hoje avançados em conferência de imprensa, clarificando que as queixas deste tipo de crime baixaram 26% em março e não aumentaram 50%.

Em comunicado, a Guarda Nacional Republicana (GNR) refere que registou 938 denúncias por violência doméstica no mês de março, significando menos 26% do que no mesmo período de 2019, e sublinha que "por lapso" foram avançados outros dados na conferência de imprensa realizada no Ministério da Administração Interna (MAI).

18h10 - Madeira com linha de crédito de 100 milhões

A linha de crédito de 100 milhões de euros criada pelo Governo da Madeira entra em funcionamento em 20 de abril, disse hoje o secretário da Economia, quando 60 por cento da atividade empresarial da região está paralisada.

"A finalidade da linha é o pagamento dos custos salariais das empresas e poderá ser subscrita até 31 de dezembro de 2020", explicou Rui Barreto, em videoconferência, no Funchal, sublinhando que o "acesso é universal", independentemente de as empresas apresentarem ou não quebras na faturação ou de recorrerem ao mecanismo do lay-off.

18h05 - Número de mortos diários volta a diminuir em Itália

O número de mortes em Itália com o novo coronavírus ascendeu hoje a 17.669, com mais 542 óbitos nas últimas 24 horas, mantendo-se a tendência dos últimos dias de redução das vítimas mortais provocadas pela pandemia.

O número total de casos desde a deteção do vírus em 20 de fevereiro situa-se nos 139.422, mais 3.836 em relação a terça-feira, um número algo superior ao dia anterior, mas que confirma a contenção da propagação, segundo os dados divulgados por Angelo Borrelli, o responsável pela Proteção civil.

Atualmente existem 95.262 doentes e o número de casos positivos de infeção pela covid-19 subiu para 1.195 em 24 horas, face aos 880 de terça-feira, quando se registou o número mais baixo desde 10 de março. Um total de 26.491 pessoas estão curadas, mais de mil nas últimas 24 horas.

A grande maioria dos casos positivos, 63.084 (66 por cento), está em isolamento domiciliário, outros 28.485 hospitalizados com sintomas -- menos que no dia anterior -- e 3.693 permanecem nos cuidados intensivos, também um número inferior e que indica uma redução destes doentes graves pelo quinto dia consecutivo.

18h00 - EUA. Pandemia alimenta disputas na partilha de custódia

Em muitos casos, os acordos de custódia estão a ser alterados de forma a impedir o contacto com os filhos, principalmente no caso de profissionais que se encontram na linha da frente no combate à pandemia. Um dilema terrível, analisado neste artigo pela RTP.

“Muitas pessoas que trabalham nos hospitais – médicos, enfermeiros, muitos de nós – são pais. Os nossos filhos vão ser afastados de nós porque estamos na linha da frente a ajudar as pessoas?”, questionou Mayorquin, médica em New Jersey, nos EUA, que viu a guarda das suas filhas ser-lhe negada. 

17h50 - Reino Unido. Porque são imigrantes os médicos mortos pelo coronavírus
É uma estatística intrigante, que interessou o jornalista António Louçã.

Até agora houve oito médicos que morreram a combater a pandemia, infetados com o vírus. Nenhum deles era britânico de origem. A origem dos oito realça o papel de primeira linha dos imigrantes no serviço nacional de saúde do Reino Unido.

17h45 - Açores registam primeira morte por covid-19.

O doente estava internado no Hospital do Divinio Espírito Santo e terá sido infetado por profissionais de saúde, anunciou a Autoridade de Saúde Regional.

Em conferência de imprensa em Angra do Heroísmo, o responsável da Autoridade de Saúde Regional, Tiago Lopes, adiantou que o doente tinha "cerca de 90 anos" e "morbilidades associadas".

O homem tinha sido admitido "em meados de março" no Hospital do Divino Espirito Santo, tendo ficado internado na medicina interna, "onde terá sido infetado, entretanto, por via do contacto com profissionais de saúde" ligados à cadeia de transmissão identificada no concelho da Povoação.

"Durante o internamento teve um agravamento do seu estado na sequência do motivo de admissão, não propriamente com a infeção do novo coronavírus", explicou.

17h40 - OMS agradece "generoso apoio" dos EUA

O responsável pela Organização Mundial de Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, agradeceu esta quarta-feira o "generoso apoio" dos Estados Unidos contra a pandemia, horas depois do Presidente norte-americano Donald Trump ter anunciado cortes das contribuições do país à organização das Nações Unidas.

Trump justificou a decisão com a excessiva proximidade da OMS a Pequim. Tedros comentou a crítica, referindo que a organização está "próxima de cada nação, somos daltónicos".

Tedros rejeitou a acusação de "China-centrismo" e defendeu com firmeza a resposta da OMS à pandemia, deixando apelos aos líderes mundiais para não politizarem o vírus.

"Aconselho três coisas", disse o diretor-geral da OMS, em conferência de imprensa em Genebra.

"Por favor, unidade a nível nacional, não usem a covid para questões políticas. Segundom solidariedade honesta a nível global. E liderança honesta por parte dos EUA e da China", aconselhou.

Em 2019, os EUA contribuíram com mais de 400 m ilhões de dólares para a OMS, quase o dobro do segundo maior país contribuinte, de acordo com números do Departamento de Estado. A China, referiu, entregou 44 milhões de dólares.

17h35 - EUA supera fasquia dos 400.000 casos

Quase 13.000 mortos e mais de 400.000 casos confirmados de infeção foram registados até agora nos Estados Unidos, informou a Universidade Johns Hopkins.

17h30 - Convento de Leiria recebe equipamento de proteção

O Convento de Santa Clara, em Leiria, onde estão alojadas 93 freiras, recebeu na terça-feira 200 equipamentos e outro material de proteção pessoal e limpeza, no âmbito do combate à pandemia covid-19, anunciou hoje o município de Leiria.

As religiosas, com idades compreendidas entre os 70 e os 90 anos, estavam sem qualquer material de proteção e com o pessoal auxiliar reduzido a metade, como disse na segunda-feira a irmã coordenadora do convento Claudina de Carvalho Leite.

Hoje, a Câmara de Leiria informou que o apelo foi ouvido.

17h20 - Autarquia paga testes a idosos no privado devido a "escassez" e "demora"

A Câmara de Arcos de Valdevez informou hoje estar a pagar e que irá continuar a pagar testes, em laboratório privado, a idosos residentes em lares, devido à "escassez" daquele rastreio e à "demora" nos resultados pelas autoridades de saúde.

Em comunicado, o município do distrito de Viana do Castelo adiantou que "esta semana já foram realizados mais de 100 testes em duas instituições do concelho, o lar do centro paroquial e social de Grade e o da Santa Casa da Misericórdia".

"Com este reforço de apoio por parte da Câmara Municipal foi possível testar os utentes das referidas unidades, de uma só vez e ao mesmo tempo, podendo assim aumentar a eficácia e fiabilidade dos testes e permitir uma atuação mais célere e concertada nas ações de isolamento e quarentena", sustenta a nota da autarquia presidida pelo social-democrata João Manuel Esteves.

17h10 - Portugal com ventiladores mas sem médicos

O número de médicos intensivistas pode não ser suficiente para a quantidade de ventiladores que está a chegar a Portugal, admitiu o presidente da Comissão de Acompanhamento da Resposta Nacional em Medicina Intensiva para a COVID-19.

A resposta pode estar na formação de outros profissionais, se for necessário, para assegurar o tratamento dos doentes que necessitem de ventilação invasiva, referiu João Gouveia.

"Está a ser pensada toda uma estrutura que permite o tratamento adequado desses doentes através do trabalho de outros profissionais, sob responsabilidade dos intensivistas", explicou, acrescentando que, à partida, já o país já regista uma carência de medicina intensiva.

Portugal tem mais de 260 médicos especialistas em medicina intensiva e, nos últimos dias, o país já recebeu 144 ventiladores novos.

17h00 - Reino Unido com mais 938 óbitos para um total superior a 7.000 mortos

Mais 938 pessoas morreram infetadas nas últimas 24 horas no Reino Unido, um novo máximo diário, elevando para 7.097 o total de óbitos durante a pandemia covid-19, indicou hoje o Ministério da Saúde britânico.  

Os números das mortes referem-se a pacientes diagnosticados com covid-19 que morreram no hospital até às 17:00 da véspera e são compilados a partir de dados das direções regionais de Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte.

Na atualização dos dados feita hoje, o número de pessoas diagnosticadas com o novo coronavírus aumentou para 60.733 casos positivos, mais 5.492 do que no dia anterior. 

Na terça-feira, o balanço diário tinha registado um aumento recorde de 786 mortes e mais 3.634 novas infeções relativamente ao dia anterior.

16h50 - Moçambique regista mais sete casos

O número de casos registados oficialmente de infeção pelo novo coronavírus em Moçambique subiu de 10 para 17, anunciou hoje o Ministério da Saúde.

Dos novos casos, um é importado e foi registado em Maputo, enquanto os outros seis são de transmissão local, na sequência de uma investigação sobre as ramificações de um caso de infeção pelo novo coronavírus descoberto em Afungi, Cabo Delgado, na área do projeto para a exploração de gás no norte de Moçambique liderado pela francesa Total.

16h45 - 33 pessoas detidas por violação do estado de emergência

PSP e a GNR detiveram desde 03 de abril quase meia centena de pessoas por violarem as restrições em vigor no estado de emergência para conter a pandemia da covid-19, afirmaram hoje responsáveis daquelas forças.

O superintendente Luís Elias, da PSP, afirmou que a polícia deteve 33 pessoas por violação das disposições do decreto que impôs o estado de emergência.

Dez pessoas foram detidas pela PSP por violarem a obrigação de confinamento por estarem doentes, 18 por violarem o dever geral de recolhimento em casa e as restantes por manterem estabelecimentos comerciais abertos sem poderem.

16h40 - Entradas na UE proibidas até 15 de maio

A Comissão Europeia convidou hoje os Estados-membros a prolongarem até 15 de maio a interdição de entradas "não essenciais" em território europeu, adotada em meados de março como forma de prevenir a propagação da pandemia covid-19.

De acordo com o executivo comunitário, "a experiência dos Estados-membros e outros países expostos à pandemia mostra que as medidas aplicadas para combater a propagação do vírus requerem mais de 30 dias para serem eficazes", razão pela qual recomenda aos 27 que prolonguem a restrição, inicialmente prevista para durar um mês, até meados do corrente mês de abril.

16h35 - Alto Tâmega suspende eventos e festividades até final de junho

A decisão da Comunidade Intermunicipal, CIM, que inclui seis municípios, foi unânime. Qualquer tipo de evento ou festividade que implique concentração de pessoas até ao final do mês de junho, devido à pandemia covid-19.

A excepção é a autarquia de Montalegre, onde a suspensão de eventos se estende até ao mês de julho.

16h30 - Autoeuropa quer regresso gradual ao trabalho

A Autoeuropa vai promover um regresso gradual ao trabalho a partir de 20 de abril e recorrer ao `lay-off´ para os trabalhadores que não regressem ao trabalho nessa data, mas garante a totalidade das remunerações.

A administração da Volkswagen Autoeuropa "comunicou que aceitava a proposta de compensação da retribuição, por nós reivindicada", refere um comunicado hoje divulgado pela Comissão de Trabalhadores da empresa, CT, adiantando que está assim "garantida a totalidade da remuneração mensal a todos os trabalhadores, em caso de paragem parcial ou total da atividade laboral (`lay-off´)".

"Clarificamos que entre os dias 13 e 19 de abril, após esgotados os 22 `downdays´ (dias de não produção remunerados) referentes ao ano de 2020, irão ser utilizados os créditos legais (férias, dias especiais), referentes a anos transatos", acrescenta o comunicado.

Antes, num outro comunicado, a CT da Autoeuropa tinha já anunciado que a empresa pretendia promover o "regresso ao trabalho de forma gradual a partir de 20 de abril, em horários reduzidos, inicialmente sem turno da noite, a funcionar de 2.ª a 6.ª feira sob aplicação do regime de `lay-off´ simplificado (Decreto-Lei nº 10-G/2020)".

A administração da Autoeuropa, ainda de acordo com a CT, "prevê o restabelecimento do horário AE19 (Acordo de Empresa de 2019) a partir da semana 23 (primeira semana do mês de junho)".

16h20 - Especialista em geriatria defende uso de hidroxicloroquina em lares

O médico especialista em geriatria João Gorjão Clara defende a utilização em lares, em idosos com covid-19, a mesma medicação que é dada nos hospitais aos internados, em vez de se ficar à espera do agravamento da situação.

Médico cardiologista e membro do Núcleo de Estudos de Geriatria da Sociedade Portuguesa da Medicina Interna, Gorjão Clara referia-se à associação de hidroxicloroquina com azitromicina, terapêutica ainda sem evidência científica que permita concluir da eficácia indiscutível em covid-19, porque a doença é muito recente, mas com evidência empírica.

"É preciso tomar uma atitude positiva e atuante, em vez de simplesmente estar fechado em casa à espera que [a doença] passe ou a tratar os doentes com sintomas com paracetamol e esperar que a situação se agrave e que vão para o hospital a seguir, onde chegam com três ou quatro dias de evolução, e numa situação muito mais débil e mais difícil de controlar do que se a situação fosse abordada logo no inicio", disse o médico à agência Lusa.

16h15 - Queixas por violência doméstica duplicam

As queixas por violência doméstica à GNR aumentaram 50% durante o mês de março em relação ao mesmo período do ano passado, afirmou hoje o diretor de operações daquela força, Vítor Rodrigues, em conferência conjunta com a PSP.

O responsável considerou que este acréscimo "normal não é", mas que, "com as condições que temos era mais ou menos inevitável que assim fosse", aludindo às restrições de mobilidade e obrigação de confinamento.

Quer a GNR quer a PSP vão dedicar atenção a este tipo de situações, mantendo "contacto direto" com pessoas que já tenham sido vítimas de violência doméstica, prometeu por seu lado o superintendente Luís Elias, da PSP.

16h10 - Mercados e vendas ambulantes permitidos

A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, esclareceu hoje que os mercados podem manter-se abertos e as vendas ambulantes são permitidas, como medida para ajudar os pequenos produtores a escoarem os produtos regionais.

"Não é por nada que os mercados continuam a poder estar abertos, a venda ambulante está permitida, fizemos tudo para poder continuar a assegurar a distribuição destes produtos que, mesmo em tempos de pandemia, todos necessitamos de consumir", declarou.

O esclarecimento segue-se às dúvidas levantadas pelo elevado número de pessoas que se deslocou à feira de Famalicão esta quarta-feira.

16h05 -Universidade de Washington revê em baixa número de mortos nos EUA

Utilizado frequentemente como referência pelas autoridades norte-americanas, o modelo sobre a pandemia da Universidade de Washington acabou de ser revisto e prevê agora 60.000 óbitos por covid-19 em todo o país, um decréscimo de 26 por cento face às estimativas iniciais.

Um responsável federal alertou contudo para o impacto significativo de uma segunda vaga, se os norte-americanos relaxarem a "distância social" imposta.

15h50 - Suíça quer relaxar confinamento no final de abril

A Suíça está a planear aligeirar as medidas de combate à pandemia já a partir do final de abril, anunciou o ministro da Saúde do país, Alain Berset. As restrições deverão manter-se contudo até dia 26 de abril, antes de serem, eventualmente, relaxadas, acrescentou.

O Governo suíço antevê que o impacto da paralisação económica seja o mais grave jamais registado, com quebras de ate 10.4 por cento, e está a tentar evitar os piores cenários.

A Suíça encerrou fronteiras e escolas e proibiu ajuntamentos. Até agora, registou 705 mortes e 22.789 casos confirmados de infeção.

15h40 - África pode perder 88 mil milhões de dólares

É um alerta do BAD - Banco Africano de Desenvolvimento, o continente africano pode perder até 88,3 mil milhões de dólares devido à covid-19. A maioria dos países pode entrar em recessão económica, acrescentou o presidente da instituição.

"O BAD estima que a covid-19 possa custa ao PIB de África entre 22,1 mil milhões de dólares [20,2 mil milhões de euros], no cenário base, e 88,3 mil milhões de dólares [80,8 mil milhões de euros] no pior cenário", disse o banqueiro, num artigo em que analisa as principais previsões do banco para África.

No texto, enviado à Lusa, Akinwumi Adesina disse que "isto é equivalente a uma contração do crescimento do PIB entre 0,7 e 2,8 pontos percentuais em 2020, sendo até provável que África caia em recessão este ano se a situação atual continuar".

A pandemia da covid-19 deve ainda ser combatida com distanciamento social, mas não com distanciamento orçamental, referiu Adesina, pedindo ajuda para a economia dos países africanos.

"O novo coronavírus é uma guerra contra todos nós, todas as vidas importam, por isso temos de evitar um distanciamento orçamental nesta altura; o isolamento social é imperativo, mas o distanciamento orçamental não é", defendeu o presidente do BAD.

15h30 - OMC prevê queda mundial do comércio até 32%

A confirmar-se a estimativa da Organização Mundial do Comércio, a quebra do comércio mundial deverá ultrapassar a provocada pela crise financeira de 2008, e cifrar-se entre os 13 e os 32 por cento, quebras generalizadas de "dois dígitos", em "em praticamente todas as regiões do planeta".

"Milhões de pessoas em todo o mundo já perderam o seu emprego e os seus rendimentos", alertou o diretor da OMC, Roberto Azevedo, durante uma conferência de imprensa em Genebra.

América do Norte e Ásia deverão enfrentar uma quebra particularmente severa, devido a quebras de exportações que poderão oscilar entre os 40 e os 36 por cento, respetivamente, na perspetiva mais pessimista. Europa e América do Sul poderão esperar quedas igualmente superiores a 30 por cento.

"Diante do que poderá ser a recessão mais grave ou o revés económico mais sério do nosso tempo, devemos utilizar todos os motores potenciais de um crescimento duradoiro para reverter a situação", aconselhou.

"Os Governos do mundo inteiro podem e devem lançar as fundações de uma recuperação enérgica e inclusiva", acrescentou Azevedo. "Se os países trabalharem juntos, iremos assistir a uma recuperação mais rápida e sólida do que se cada país agir sozinho", rematou o responsável.

15h10 - Nova Iorque: a contabilidade das vitimas por comunidades

O mayor de Nova Iorque, Bill de Blasio, anunciou que 34 por cento dos óbitos por covid-19 na cidade até agora são hispânicos, 28 por cento são negros, 27 por cento brancos e sete por cento asiáticos.

Blasio garante que a cidade tem ventiladores suficientes para "esta semana".

15h05 - PSP e GNR dão conferência para esclarecer medidas durante a Páscoa

Na conferência conjunta da GNR e PSP, as forças de segurança esclareceram como vai decorrer a operação de fiscalização mais apertada durante a Páscoa, até à próxima segunda-feira.

As autoridades reconhecem que esta será uma Páscoa "diferente" que deve ser passada em casa com o agregado familiar mais próximo.

Entre as 00h00 de dia 9 de abril e as 00h00 de dia 13, os cidadãos não poderão circular para fora do seu conselho de residência, excepto por motivos de saúde ou por motivos de urgência imperiosa.

A regra também exclui os responsáveis das forças de segurança, das Forças Armadas, profissionais de saúde, entre outros setores profissionais. A operação "Páscoa em Casa" conta com a colaboração das duas forças de segurança.

A PSP vai privilegiar os principais eixos rodoviários das cidades, as entradas e saídas das cidades e terminais ferroviários e rodoviários. Jardins, praças públicas, zonas junto ao mar ou zonas fluviais também vão merecer especial atenção de forma a evitar ajuntamentos de pessoas. As autoridades garantem ainda o apoio às vítimas de violência doméstica.

Quanto à GNR, vai intensificar-se o patrulhamento e verificação do cumprimento das regras. Vão ser sobretudo controladas as redes rodoviárias mais importantes de acesso ao norte e centro do país, Serra da Estrela, Algarve, e outros locais tradicionais de destino.

A Guarda Nacional Republicana vai ainda dedicar maior atenção aos idosos que vivem isolados. Em 2019, a GNR contabilizou cerca de 41 mil idosos a viver em situação muito vulnerável.

No total, estiveram até agora, à meia noite, 35 mil forças no terreno. A GNR efetuou 16 detenções, nove fora da cerca sanitária de Ovar e sete na cerca sanitária de Ovar.

Cinco dessas pessoas foram detidas por violação do confinamento obrigatório, dois por violação do recolhimento obrigatório e outros dois por terem estabelecimentos abertos indevidamente.

Houve ainda a registar 155 notificações para encerramento de vários estabelecimentos.

15h00 - Deverão ser libertados pelo menos dois mil reclusos das prisões

A Ministra da Justiça rejeita que haja sobrelotação, mas diz que é preciso libertar espaço, porque o sistema em camaratas favorece a propagação do vírus. Francisca Van Dunem recorda também que Portugal tem o quarto sistema prisional mais envelhecido da Europa.

Rui Rio assumiu que o PSD está "frontalmente contra" a libertação de reclusos das cadeias e defende que só deve ser permitida a saída para prisão domiciliária e em casos de risco específico.

O PS diz que lamenta a posição do PSD e considera a proposta dos social-democratas "inconciliável"


14h57 - "É inequívoco que vai haver uma segunda vaga", garante responsável do São João

O médico que coordena a equipa de Covid-19 na urgência do Hospital de São João diz que a situação em Portugal está muito estabilizada, sendo a primeira vez que desce o número de doentes nos cuidados intensivos.

Em entrevista à RTP, Nelson Pereira fala no entanto, da necessidade de "muita cautela" na normalização da vida, compreendendo que a economia e a vida têm de continuar e voltar gradualmente ao normal.

Defende que se deve preparar desde já a segunda vaga de infeções. Isto porque o tempo de internamento em cuidados intensivos desta doença é muito longo, sendo que alguns dos primeiros doentes ainda lá estão internados. "Uma segunda vaga enxertada na primeira, seria um problema", refere Nelson Pereira.

14h31 - Mais de 700 mortos no Irão devido a álcool adulterado

Nos últimos dois meses, mais de 700 pessoas morreram no Irão devido ao consumo de álcool adulterado, por se acreditar no benefício do álcool contra o novo coronavírus.

Segundo a Organização de Medicina Forense iraniana, os envenenamentos dispararam no Irão - onde o consumo e a venda de álcool são proibidos - desde que a pandemia da Covid-19 começou em fevereiro.

14h29 - Mais de 80 mil mortos no mundo

A pandemia da Covid-19 matou quase 83 mil pessoas em todo o mundo desde que a doença surgiu em dezembro e mais de 1,4 milhões estão infetados, segundo um balanço da agência France Presse às 11h00, a partir de dados oficiais.

De acordo com a agência de notícias francesa, morreram pelo menos 82.726 pessoas e há mais de 1,4 milhões infetados (1.438.290) em 192 países.

13h24 – Não há conhecimento de quantos portugueses estão imunes

Só se consegue saber a imunidade de uma população, fazendo um inquérito sorológico que implica tirar sangue, “a um elevado número de pessoas e testar anticorpos”.

Para isso “tem de haver metodologias bem firmes”.

“Só posso saber para este coronavírus quando houver mais estudos. Ter anticorpos pode nãos ser suficiente para dizer que estou protegido”.

Para Graça Freitas, “não basta ter anticorpos é preciso ter anticorpos em grande quantidade”.

“Neste momento é muito prematuro fazermos estes estudos”, realçou.

13h22 - DGS decide sobre testes a profissionais de saúde

Questionado pelos jornalistas sobre a situação dos enfermeiros do INEM, o secretário de Estado da Saúde salienta que não tem conhecimento de nenhum que se tenha recusado a utilizar material.

Em resposta sobre a proposta do bastonário da Ordem dos Médicos, que exigiu que os profissionais de saúde sejam testados de 15 em 15 dias, António Lacerda Sales refere que é a Direção-Geral da Saúde a quem caberá deliberar sobre esse aspeto, tendo em conta as normas internacionais.

13h20 – Pode haver falta de recursos humanos para equipamentos

O presidente da Comissão de Acompanhamento da Resposta Nacional em Medicina Intensiva para a COVID-19 diz que podemos chegar a “um ponto em que não temos recursos humanos suficientes para os equipamentos que estamos a instalar”. João Gouveia fala de uma carência nacional na medicina intensiva: 6,4 camas por mil habitantes, cerca de “metade do que tinha por exemplo a Itália”.

“Apesar de tudo, hoje a situação já é melhor. Temos mais de 260 médicos especialistas em medicina intensiva e temos condições de fazer formação a outros profissionais para, trabalhando sob orientação de especialistas de medicina intensiva, tratar todos os doentes que tenhamos de colocar em medicina invasiva”, ressalvando que é preciso respeitar o funcionamento em rede e uma hierarquia definida a nível da Comissão de Acompanhamento.

13h19- Taxa de letalidade

A taxa de letalidade tem várias dimensões regionais. Graça Freitas explica a taxa é mais elevada no norte do pais seguida da zona centro.

Na zona centro a taxa de letalidade, com os número de hoje é de “cerca de 5.1 por cento”

Na região de Lisboa a taxa de letalidade é inferior à média nacional e no Algarve é superior à nacional.

Segundo Graça Freitas são vários os fatores que determinam variações na taxa de letalidade.

13h15 – Curvas mostram estabilidade

Alguns especialistas a defenderem que o pico poder ter acontecido na última semana de março e que nesta altura já podemos estar no planalto. Graça Freitas esclarece que a curva epidemiológica é feita com dados reais, os que nós conhecemos. “Os cientistas projetam com base nesta realidade”.

“O que nós sabemos, à data, é que nos últimos dias tem havido uma certa estabilidade nas duas curvas (a real e a projetada). Isso indicará que poderemos, ou não, estar em planalto”.

“Não sabemos e já estamos ou não. Teremos que esperar mais uns dias. Teremos que ver quando estivermos a descer”, acrescentou.

No entanto, Graça Freitas frisa “que isto não é um dado garantido. Isto não é bem a gripe (…) nós sabemos que com este novo vírus que se abrandarmos determinadas medidas. Podemos ter um segundo pico”.

“Temos de olhar para estes dados com muita cautela e muita preocupação. E sobretudo sabermos, que se abrandarmos as medidas que estão a permitir esta estabilidade, a curva poderá voltar a subir”.

“Apesar de todo reconhecemos que tem havido uma estabilidade”.

13h13- Hospitais a enviar idosos infetados para os lares
Quando confrontada com o facto de os hospitais estarem a enviar idosos infetados para lares de terceira idade, Graça Freitas referiu que a DGS tem uma norma que afirma “que um idoso que entra pela primeira vez num lar tem que ter um teste negativo e ficar em quarentena durante 14 dias”.
No entanto, a diretora-geral da Saúde frisa que é diferente se o idoso saiu do lar para fazer tratamentos em hospitais, que está negativo e assintomático, não faz teste mas fica em isolamento. “Há normas para estas questões e essas normas deveriam estar a ser seguidas”.

13h12 – Utilização de testes sorológicos

Vários investigadores apelam à utilização de testes sorológicos, para identificar a população que tenha anticorpos ao novo coronavírus. Graça Freitas esclarece que esses testes so devem “ser feitos quando já há uma subida de anticorpos”.

“Esse teste será útil na fase de convalescença da doença”, esclareceu.

Segundo a diretora-geral da Saúde, “a ciência ainda não permite dizer, exatamente, qual é o tempo adequado “.

“Nós podemos já ter anticorpos (…) e esses anticorpos ainda não se encontrarem num nível protetor. Estamos a aprender com a experiência de outros países para perceber como é que depois de uma infeção com este novo coronavírus é o comportamento da imunidade”, acrescentou.

Graça Freitas recorda que o Instituto Ricardo Jorge “está a acompanhar muito bem a situação”.

“Quando soubermos mais sobre estes testes poderá ser muito útil para decidir, será a prova final, que está protegido e que poderá voltar à sua vida normal. Mas ainda temos que aguardar para saber estas respostas”, sublinhou.

13h09 – Secretário de Estado admite falta de reagentes de extração

Questionado sobre a capacidade de testagem no norte do país, António Lacerda Sales admite que possa haver “assimetrias”, mas que as autoridades fazem ajustes constantes consoante o necessário.

Sobre o facto de os lares não estarem a ser testados todos ao mesmo tempo, o secretário de Estado da Saúde explica que isso se deve à informação sobre diferenças de densidade. Por exemplo, os lares na zona Norte e Centro acabaram por ser priorizados.

Sobre a situação em Gondomar, em que há capacidade para fazer 400 testes por dia, mas só estão a ser feitos 40, o secretário de Estado assegura que “não temos falta de testes” nem de zaragatoas.

António Lacerda Sales admite no entanto “dificuldades” ao nível dos reagentes de extração, que são necessários para efetuar testes.

“Todos estes componentes é que fazem os testes. Há situações em que não podemos fazer um teste sem reagentes de extração. É da complementaridade destes diferentes componentes que resultam os testes”, admitiu.

13h07 - “Carência crónica de ventiladores”

João Gouveia fala de uma “carência crónica de ventiladores e monitores de medicina intensiva de nível 3 e isso tem vindo a ser combatido”, dizendo que tem sido possível obter o material e tem sido possível fazer a distribuição, de acordo com critérios objetivo de carência ou urgência.

Realça que os 144 ventiladores que já chegaram a Portugal no fim de semana já foram distribuídos. Alguns doadores dos ventiladores expressaram para onde queriam entregar os equipamentos. 76% dos restantes ventiladores foram entregues à ARS do Norte devido ao esforço a que os hospitais do norte têm estado sujeitos. Houve também a entrega no Norte de ventiladores emprestados por uma empresa.

O responsável diz que o material está a ser distribuído para se tentar dar “a melhor resposta possível”.

13h05 - Resposta da medicina intensiva “excelente”

O presidente da Comissão de Acompanhamento da Resposta Nacional em Medicina Intensiva para a COVID-19, João Gouveia, diz que a resposta da medicina intensiva tem sido “excelente”.

“Temos conseguido aumentar a capacidade instalada da medicina intensiva e a resposta” à pandemia, reforçou. “Isso foi conseguido com o esforço de todos”.

13h01 – Informação sobre testes vai ser disponibilizada

O secretário de Estado da Saúde diz que a preocupação com a situação dos lares começou há mais de um mês, relembrando a interdição às visitas, apoios para a contratação de pessoal e o pedido de voluntários.

“Estão a ser realizadas centenas de testagens em utentes e profissionais em lares por todo o país”, assegurou António Lacerda Sales.

Desde 1 de março foram processadas mais de 130 mil amostras para diagnóstico Covid19, confirmou o governante, acrescentando ainda que esta informação vai passar a estar disponível diariamente.

O secretário de Estado da Saúde ressalva que há empenho para fazer o máximo de testes possíveis e o país continua com 11 mil testes de capacidade diária.

Em relação aos testes e outros materiais, o secretário de Estado garantiu que o Governo tenta assegurar que tudo chega aos locais necessários e de forma equitativa, dando como exemplo a distribuição de 65 mil testes no Norte do país, na semana passada.

13h00 - Número de mortos em Portugal sobe para 380. Há 13.141 infetados

Na habitual conferência de imprensa, o secretário de Estado da Saúde confirmou que há mais 35 vítimas mortais e mais 699 casos em relação aos dados de terça-feira.

A taxa de variação no número de casos é de 5,6%, adiantou António Lacerda Sales.

Há 1.211 casos de internamento, dos quais 245 em cuidados intensivos, e 196 pessoas já recuperaram em Portugal.

De acordo com o governante, a taxa de letalidade global em Portugal é de 2,9% e acima dos 70 anos é de 11,3%.

Há 11.354 pessoas em tratamento domiciliário (86,4% dos doentes) e 9,2% em internamento, dos quais 1,9% nos cuidados intensivos. 7,3% dos doentes estão em enfermaria.

12h49 - OMS alerta para "progresso frágil"

A Organização Mundial de Saúde alertou esta quarta-feira que esta não é altura para aliviar as medidas de restrição à movimentação das populações.

O diretor regional europeu da OMS, Hans Kluge, salientou que a diminuição do ritmo de aumento de novos casos em alguns dos países mais atingidos, como Itália e Espanha, "não representa uma vitória".

11h53 - África ultrapassa 500 mortes

O número de mortes provocadas pela Covid-19 em África ultrapassou as 500 nas últimas horas (535). Houve mais de 10.500 casos registados em 52 países.

A pandemia afeta já 52 dos 55 países e territórios de África, com quatro países - África do Sul, Argélia, Egito e Marrocos - a concentrarem mais de metade das infeções e mortes associadas ao novo coronavírus.

11h07 - Trump corta nos fundos para a OMS

Donald Trump anunciou que vai suspender as contribuições para a Organização Mundial de Saúde. O Presidente dos Estados Unidos acusou a instituição de ter agido demasiado tarde.


10h54 - Ministra da Justiça ouvida no Parlamento

Francisca van Dúnem, admitiu esta manhã que foi ponderada a hipótese dos reclusos irem para casa com pulseira eletrónica, mas não existem as condições técnicas necessárias para que tal seja praticável.

A Ministra da Justiça sublinhou ainda, que o problema não é a sobrelotação das prisões, mas sim uma organização da estrutura prisional envelhecida, que dificulta a condições de afastamento social exigido.

10h43 - Número de mortos em Espanha volta a subir

Morreram 757 pessoas em Espanha nas últimas 24 horas. Há 146.690 casos confirmados e o número total de vítimas mortais é de 14.555.

De acordo com o Ministério espanhol da Saúde, há 6.180 novos infetados, o que representa também o segundo dia em que o número volta a subir.

10h41 - Governantes visitam instituições académicas e científicas

Vários ministros visitam esta quarta-feira instituições académicas e científicas, bem como empresas em Bragança e no Porto, que direcionaram as suas atividades para responder à crise sanitária provocada pela Covid-19.

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, dá o exemplo do Instituto Politécnico de Bragança, que garante ter capacidade para realizar até cinco mil testes em lares.

Já a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, destaca a importância dos fundos europeus para a capacidade de testagem e o apoio às empresas que pretendem regressar gradualmente à atividade.

9h46 - Alemanha. 4.003 novos contágios nas últimas 24 horas

A Alemanha registou 4.003 novos contágios nas últimas 24 horas, elevando o número total para os 103.228 casos.

Foram ainda contabilizados mais 254 mortos, num total de 1.861 vítimas desde o início da pandemia no país.

A Alemanha é o quinto país em termos de contágios, atrás dos Estados Unidos, Espanha, Itália e França, e à frente da China.

9h31 - Operação policial

A partir da meia-noite vai para a estrada uma operação policial reforçada para fazer cumprir as restrições do estado de emergência.

César Nogueira, da Associação de Profissionais da Guarda, diz que apesar dos condicionamentos a GNR está preparada para a operação.

9h20 - Militares da GNR com sintomas obrigados a trabalhar

A Associação de Profissionais da Guarda diz que há militares da GNR com sintomas de infeção por coronavírus que estão a ser obrigados a trabalhar.

A denúncia é de César Nogueira, presidente da associação, em declarações à Antena 1.

8h58 - Papa Francisco diz que o novo coronavírus é "resposta da natureza"

Em entrevista a vários jornais, conduzida por Austen Ivereigh, biógrafo do sumo pontífice, e publicada no diário espanhol ABC, Francisco diz que tem aproveitado para "rezar mais" com a diminuição dos compromissos e que o atual momento que o mundo vive é uma oportunidade para combater o egoísmo.

"Guardem-se para melhores tempos, porque recordar esta crise vai ajudar", disse o papa.

Francisco falou ainda da relação entre o homem e a natureza, recordando um didato espanhol: "Deus perdoa sempre, nós de vez em quando, a natureza nunca".

"Não sei se é vingança, mas é a resposta da natureza", diz o papa sobre a emergência do vírus, relembrando os vários problemas que têm atingido o mundo.

8h50 - PIB francês com queda de 6%

As estimativas publicadas pelo Banco de França esta quarta-feira dão conta de uma queda de 6% no PIB francês durante o primeiro trimestre de 2020. A confirmar-se, será o pior desempenho trimestral da economia francesa desde 1945.

O Banco de França lembrou em comunicado que o único declínio trimestral do PIB desta magnitude foi registado no segundo trimestre de 1968, durante as revoltas sociais de maio, quando a queda foi de 5,3%.

8h07 - Números na China

A China registou nas últimas 24 horas três casos de contágio local e 59 novos casos importados. É um aumento significativo face a dias anteriores.

Os três casos de contágio local foram detetados nas províncias de Shandong, no nordeste do país, e Guangdong, que faz fronteira com Macau.

Segundo os dados oficiais, o número total de infetados diagnosticados na China, desde o início da pandemia, é de 81.802, entre os quais 3.333 morreram e 77.279 tiveram alta após superarem a doença.

Nesta altura a China tem 1.190 casos ativos, entre os quais 189 continuam em estado grave.

Entretanto, as restrições impostas na cidade de Wuhan desde final de janeiro foram levantadas ao fim de 11 semanas.

7h36 - Eurogrupo ainda sem entendimento

"Ao cabo de 16 horas de discussões, não chegámos a acordo. Suspendi o Eurogrupo", escreveu no Twitter o ministro português das Finanças, que preside ao bloco ministerial da Zona Euro.


Foi convocada para quinta-feira uma nova reunião dedicada a uma resposta económica comum aos efeitos da pandemia do novo coronavírus.

7h20 - Números dos Estados Unidos

Os Estados Unidos registaram na terça-feira 1939 mortes causadas pela Covid-19 em 24 horas, o pior recorde mundial diário, de acordo com a contagem da Universidade Johns Hopkins, conhecida esta madrugada (hora de Lisboa).

O número total de mortes desde o início do surto nos Estados Unidos é agora de 12.700.

Os Estados Unidos também são, de longe, o país do mundo com o maior número de casos confirmados: cerca de 396 mil pessoas infetadas no país, de acordo com a universidade norte-americana, que atualiza continuamente os dados.

"Esta, provavelmente, será a semana mais difícil. Haverá muitos mortos", alertam as autoridades de saúde norte-americanas, prevendo a entrada dos EUA num "período que será horroroso".

7h16 - Agenda cheia no Parlamento


Entre medidas excecionais para prisões e banca, mais apoios às empresas ou à cultura ou a suspensão de propinas e das tarifas de gás e luz, o plenário da Assembleia da República debruça-se esta quarta-feira sobre mais de uma centena e iniciativas.

Para além de duas propostas de lei do Governo e de três apreciações parlamentares, são exatamente 100 os diplomas que os partidos da oposição, com exceção dos social-democratas, agendaram - 65 são projetos-lei e os demais resoluções, que funcionam como recomendações ao Governo.

Os diplomas dizem todos respeito à pandemia da Covid-19 ou aos seus impactos no país.

6h55 - Ponto de situação


O primeiro-ministro recebe esta quarta-feira os partidos com assento parlamentar para debater a reabertura das escolas. A ronda de reuniões tem início às 10h00 no Palácio de São Bento.

A Iniciativa Liberal é o primeiro a ser ouvido. A seguir António Costa recebe os líderes de Chega, "Os Verdes", PAN e CDS-PP. À tarde é a vez de PCP, Bloco de Esquerda e PSD. A última reunião é com o PS e deverá começar às 17h30.

Ao que tudo indica, o terceiro período poderá arrancar com aulas à distância. A presidente do Conselho Nacional de Educação considera pouco viável a reabertura das escolas em maio.

Em declarações à agência Lusa, Maria Emília Brederode Santos adiantou que o regresso às atividades letivas presenciais não deverá acontecer para já. E acrescentou que um eventual recomeço das aulas em maio é uma decisão para discutir adiante.

Por sua vez, o presidente da Confederação Nacional de Associações de Pais, Jorge Ascensão, considera que, antes do regresso às aulas, é preciso ganhar a confiança das famílias. Na mesma linha, O presidente da Associação de Diretores de Agrupamentos e Escolas Pública, Filinto Lima, pede que a reabertura das escolas seja decidada pelo fator da saúde.
O Presidente da República acabou por afirmar na terça-feira, após uma reunião alargada no Infarmed, que não haveria condições para que as escolas reabrissem ainda este mês.

Marcelo Rebelo de Sousa remeteu a decisão final para o Governo. O anúncio vai ser feito na quinta-feira.
O quadro em Portugal
A Covid-19, doença resultante da infeção pelo novo coronavírus, fez até ontem 345 vítimas mortais em Portugal. Foi um acréscimo de 34 em 24 horas - o segundo pior registo desde o inicio da pandemia.

Registaram-se mais 712 casos de infeção, num total de 12.442.
Cento e oitenta e quatro pessoas recuperararam da infeção.

Entre os doentes infetados há 1432 profissionais de saúde.

Há também uma centena de elementos da PSP e da GNR infetados. Outros 500 estão em isolamento. Os números foram avançados pelo ministro da Administração Interna.

Em entrevista à Rádio Renascença, Eduardo Cabrita garantiu, conudo, que estes números não terão implicações na fiscalização das estradas a levar a cabo na Páscoa.
O quadro internacional
O coronavírus SARS-CoV-2 já infetou cerca de 1,4 milhões de pessoas em todo o mundo. Morreram mais de 80 mil. Dos casos de infeção, cerca de 260 mil são considerados curados.

Nos Estados Unidos, país onde se regista uma explosão da pandemia, a Casa Branca obrigou uma empresa 3M a produzir 55 milhões de máscaras todos os meses. A decisão segue-se a queixas persistentes de falta de equipamento de proteção médica.
O correspondente da RTP em Washington, João Ricardo de Vasconcelos, tem acompanhado a evolução da pandemia na superpotência.

Na Europa, Itália registou na terça-feira o número mais baixo de infetados desde 13 de março. Em 24 horas registaram-se 3038 novos casos e 604 mortos, um novo abrandamento.
O Governo italiano apostou na estratégia do confinamento; já a Suécia tem um abordagem diferente.

A China espera ter superado a crise sanitária. Em Wuhan, a cidade epicentro da pandemia, não houve, terça-feira, registo de mortes e foram anunciados dois casos de infeção.
Já no Japão o Governo decretou o estado de emergência em sete regiões do país.Impacto económico global

A Organização Internacional do Trabalho calcula que a pandemia vá lançar 195 milhões de pessoas no desemprego nos próximos três meses. A maior parte na Ásia: 125 milhões.

Na Europa, serão 12 milhões de desempregados, incluindo milhares de portugueses.

Tanto a OMC como as Nações Unidas alerta para o risco de uma "escassez de alimentos" no mercado mundial por causa do impacto da Covid-19 no comércio internacional e nas redes de abastecimento.