Acompanhamos aqui os desenvolvimentos sobre a pandemia da Covid-19 à escala internacional. O número de mortos chegou em Portugal aos 380. Há 13.141 infetados.
Vai ser limitado no estado de emergência o acesso às plataformas de jogo 'online', de acordo com proposta do PAN aprovada pelo Parlamento.
A iniciativa teve os votos contra de PSD, CDS-PP, Iniciativa Liberal e Chega, tendo sido aprovada com os votos dos restantes partidos e da deputada não inscrita Joacine Katar Moreira.
O diploma prevê que sejam estabelecidas limitações "parciais ou totais de acesso às plataformas de jogo de azar 'online'" até ao fim do estado de emergência, pretendendo-se com a medida informar e proteger os consumidores, sobretudo os menores, jovens adultos ou pessoas com problemas de jogo.
A Federação Nacional da Educação (FNE) e a Federação Nacional de Professores (Fenprof) concordam que a situação epidemiológica atual ainda não permite um regresso seguro às escolas, uma preocupação que transmitiram hoje à tutela.
Os dois sindicatos, que reuniram hoje por videoconferência com o Ministério da Educação, consideram até prematuro que as atividades letivas presenciais sejam retomadas em maio, uma possibilidade que foi avançada pelo primeiro-ministro, António Costa, na sexta-feira.
O secretário-geral da Fenprof adiantou que a posição desfavorável dos especialistas sobre a abertura das escolas no início do terceiro período foi unânime. "O que tem que prevalecer, numa decisão qualquer, é a saúde, porque não podemos libertar as pessoas e depois vermos disparar o número de casos outra vez", considerou Mário Nogueira.
Em comunicado, também a FNE revelou ter "reservas quanto a uma eventual decisão da tutela de retomar precipitadamente as atividades letivas presenciais" em maio, a menos que as autoridades de saúde aconselhem o contrário.
Durão Barroso diz que as instituições europeias estão a reagir, nomeadamente o BCE, a Comissão Europeia, e o Banco Europeu de Investimentos. O antigo presidente da Comissão Europeia diz no entanto que a UE pode estar em causa se não "houver um acordo" entre os vários países de apoio a esta situação. Diz no entanto que acredita na "resiliência da União Europeia".
22h25 - Falta de acordo na Europa. A análise de Durão Barroso
Em direto no Telejornal, o antigo presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, disse que houve "essencialmente uma oposição a partir da Holanda". Disse o antigo primeiro-ministro português que países como a Alemanha, a Finlândia e a Áustria acabaram por aceitar o compromisso que foi posto na mesa.
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O parlamento rejeitou hoje um projeto de lei do PCP que visava garantir um apoio de proteção social a trabalhadores com vínculos laborais precários, designadamente taxistas e trabalhadores domésticos.
O documento, que teve os votos contra do PS, PSD e CDS-PP e os votos a favor dos restantes partidos, pretendia apoiar os trabalhadores precários que não tinham acesso aos apoios criados no âmbito das medidas excecionais e temporárias de resposta à pandemia de covid-19.
Poderiam beneficiar do apoio aqueles que vissem o seu contrato de trabalho ou de prestação de serviços ser cessado ou que tivessem uma quebra de, pelo menos, 40 por cento dos serviços a prestar.
O Banco Alimentar recebeu 4.500 novos pedidos de ajuda em apenas 15 dias. A instituição abriu uma linha de emergência para as famílias que perderam rendimentos com o estado de emergência.
No concelho da Golegã está já interdita a entrada a não moradores.
O presidente da Câmara decidiu antecipar-se ao período da Páscoa e à proibição de circulação entre concelhos, e colocou placas de proibição nas estradas municipais.
A nova pandemia de coronavírus matou já pelo menos 86.289 pessoas em todo o mundo e infetou quase 1,5 milhões desde dezembro, segundo um balanço da AFP, às 19:00 de hoje, através de fontes oficiais dos países.
Segundo os dados recolhidos pela agência noticiosa francesa, 1.469.920 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados em 192 países e territórios desde o início da epidemia, em dezembro passado, na China.
Muitos médicos e enfermeiros estão infetados e em quarentena. Mas dizem que querem regressar o mais depressa possível para ajudar os doentes.
Vai ser proibido cortar a luz, a água e o gás às famílias afetadas pela pandemia. A medida foi aprovada no parlamento.
Em caso de falta de pagamento, o fornecimento tem de continuar a ser assegurado, enquanto durar o estado de emergência e no mês seguinte.
A obrigação abrange famílias atingidas pela covid-19, pelo desemprego ou por perda de rendimentos no agregado familiar de, pelo menos, 20 por cento.
Nas últimas 24 horas, morreram 938 pessoas, um valor próximo dos máximos registados em Itália e em Espanha.
No total há mais de sete mil vítimas no Reino Unido e perto de 19.500 pessoas estão hospitalizadas com a doença, entre elas Boris Johnson.
Mesmo assim, o número de mortes baixou em relação há uma semana e o Governo acredita que já foi atingido o pico da infeção.
A correspondente da RTP em Madrid, Daniela Santiago, está a seguir a situação em Espanha.
Mais de 90 por cento das empresas já recorreu ou vai recorrer ao regime de lay-off.
A Operação Fique em Casa cortou as saídas de Lisboa na Ponte 25 de Abril, Ponte Vasco da Gama, Segunda Circular, e na Autoestrada do Norte em Aveiras, o que levou à formação de filas com quilómetros e quilómetros de extensão.
Assim, a CP "implementou alterações à oferta, que estarão em vigor entre as 00:00 do dia 09 de abril (quinta-feira) e as 24:00 do dia 13 de abril (segunda-feira)".
"Durante este período, fica suspensa a circulação dos comboios de serviço de Longo Curso, Alfa Pendular e Intercidades, em todos os eixos, a nível nacional, com exceção de algumas ligações a Évora e Beja, assegurando a mobilidade estritamente necessária nestes eixos, que não dispõem de Serviço Regional", explica a CP.
Segundo a empresa, "serão ainda introduzidas alterações às ofertas de comboios urbanos e regionais", sendo que "a atualização da informação sobre a oferta CP está disponível em www.cp.pt".
Johnson, de 55 anos, registou positivo para o coronavírus há quase duas semanas, tendo-se isolado. Acabou por ser internado no hospital St Thomas domingo à noite, devido à febre alta e tosse persistentes.
Segunda-feira, o chefe do executivo britânico, foi transferido para os cuidados intensivos onde recebeu oxigénio sem nunca necessitar de ser ventilado.
Estes dados resultam de um trabalho do barómetro covid-19 da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP), que acompanha as intervenções que as autoridades têm tido no sentido de travar a disseminação da epidemia, que utilizou "os dados de georreferenciação divulgados pela Google", disse à agência Lusa o investigador Alexandre Abrantes.
São dados que intrigam as autoridades. A população negra nos EUA está a contrair em maior número o novo coronavírus e a registar mais mortes do que a população branca. Um historial de desigualdades sociais nos Estados Unidos pode estar na base desta discrepância.
Trata-se de um homem de 59 anos e uma mulher de 28, ambos provenientes de Portugal e que se encontravam em centros de quarentena, precisou a ministra.
Os dois pacientes estavam assintomáticos e encontram-se agora no centro de referência da Barra do Kwanza.
"A finalidade da linha é o pagamento dos custos salariais das empresas e poderá ser subscrita até 31 de dezembro de 2020", explicou Rui Barreto, em videoconferência, no Funchal, sublinhando que o "acesso é universal", independentemente de as empresas apresentarem ou não quebras na faturação ou de recorrerem ao mecanismo do lay-off.
O número de mortes em Itália com o novo coronavírus ascendeu hoje a 17.669, com mais 542 óbitos nas últimas 24 horas, mantendo-se a tendência dos últimos dias de redução das vítimas mortais provocadas pela pandemia.
O número total de casos desde a deteção do vírus em 20 de fevereiro situa-se nos 139.422, mais 3.836 em relação a terça-feira, um número algo superior ao dia anterior, mas que confirma a contenção da propagação, segundo os dados divulgados por Angelo Borrelli, o responsável pela Proteção civil.
Atualmente existem 95.262 doentes e o número de casos positivos de infeção pela covid-19 subiu para 1.195 em 24 horas, face aos 880 de terça-feira, quando se registou o número mais baixo desde 10 de março. Um total de 26.491 pessoas estão curadas, mais de mil nas últimas 24 horas.
A grande maioria dos casos positivos, 63.084 (66 por cento), está em isolamento domiciliário, outros 28.485 hospitalizados com sintomas -- menos que no dia anterior -- e 3.693 permanecem nos cuidados intensivos, também um número inferior e que indica uma redução destes doentes graves pelo quinto dia consecutivo.
Em conferência de imprensa em Angra do Heroísmo, o responsável da Autoridade de Saúde Regional, Tiago Lopes, adiantou que o doente tinha "cerca de 90 anos" e "morbilidades associadas".
O homem tinha sido admitido "em meados de março" no Hospital do Divino Espirito Santo, tendo ficado internado na medicina interna, "onde terá sido infetado, entretanto, por via do contacto com profissionais de saúde" ligados à cadeia de transmissão identificada no concelho da Povoação.
"Durante o internamento teve um agravamento do seu estado na sequência do motivo de admissão, não propriamente com a infeção do novo coronavírus", explicou.
O responsável pela Organização Mundial de Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, agradeceu esta quarta-feira o "generoso apoio" dos Estados Unidos contra a pandemia, horas depois do Presidente norte-americano Donald Trump ter anunciado cortes das contribuições do país à organização das Nações Unidas.
Trump justificou a decisão com a excessiva proximidade da OMS a Pequim. Tedros comentou a crítica, referindo que a organização está "próxima de cada nação, somos daltónicos".
Tedros rejeitou a acusação de "China-centrismo" e defendeu com firmeza a resposta da OMS à pandemia, deixando apelos aos líderes mundiais para não politizarem o vírus.
"Aconselho três coisas", disse o diretor-geral da OMS, em conferência de imprensa em Genebra.
As religiosas, com idades compreendidas entre os 70 e os 90 anos, estavam sem qualquer material de proteção e com o pessoal auxiliar reduzido a metade, como disse na segunda-feira a irmã coordenadora do convento Claudina de Carvalho Leite.
Hoje, a Câmara de Leiria informou que o apelo foi ouvido.Em comunicado, o município do distrito de Viana do Castelo adiantou que "esta semana já foram realizados mais de 100 testes em duas instituições do concelho, o lar do centro paroquial e social de Grade e o da Santa Casa da Misericórdia".
"Com este reforço de apoio por parte da Câmara Municipal foi possível testar os utentes das referidas unidades, de uma só vez e ao mesmo tempo, podendo assim aumentar a eficácia e fiabilidade dos testes e permitir uma atuação mais célere e concertada nas ações de isolamento e quarentena", sustenta a nota da autarquia presidida pelo social-democrata João Manuel Esteves.
Portugal tem mais de 260 médicos especialistas em medicina intensiva e, nos últimos dias, o país já recebeu 144 ventiladores novos.
Mais 938 pessoas morreram infetadas nas últimas 24 horas no Reino Unido, um novo máximo diário, elevando para 7.097 o total de óbitos durante a pandemia covid-19, indicou hoje o Ministério da Saúde britânico.
Na atualização dos dados feita hoje, o número de pessoas diagnosticadas com o novo coronavírus aumentou para 60.733 casos positivos, mais 5.492 do que no dia anterior.
Na terça-feira, o balanço diário tinha registado um aumento recorde de 786 mortes e mais 3.634 novas infeções relativamente ao dia anterior.
Dez pessoas foram detidas pela PSP por violarem a obrigação de confinamento por estarem doentes, 18 por violarem o dever geral de recolhimento em casa e as restantes por manterem estabelecimentos comerciais abertos sem poderem.
A Comissão Europeia convidou hoje os Estados-membros a prolongarem até 15 de maio a interdição de entradas "não essenciais" em território europeu, adotada em meados de março como forma de prevenir a propagação da pandemia covid-19.
De acordo com o executivo comunitário, "a experiência dos Estados-membros e outros países expostos à pandemia mostra que as medidas aplicadas para combater a propagação do vírus requerem mais de 30 dias para serem eficazes", razão pela qual recomenda aos 27 que prolonguem a restrição, inicialmente prevista para durar um mês, até meados do corrente mês de abril.
A Autoeuropa vai promover um regresso gradual ao trabalho a partir de 20 de abril e recorrer ao `lay-off´ para os trabalhadores que não regressem ao trabalho nessa data, mas garante a totalidade das remunerações.
"Clarificamos que entre os dias 13 e 19 de abril, após esgotados os 22 `downdays´ (dias de não produção remunerados) referentes ao ano de 2020, irão ser utilizados os créditos legais (férias, dias especiais), referentes a anos transatos", acrescenta o comunicado.
Antes, num outro comunicado, a CT da Autoeuropa tinha já anunciado que a empresa pretendia promover o "regresso ao trabalho de forma gradual a partir de 20 de abril, em horários reduzidos, inicialmente sem turno da noite, a funcionar de 2.ª a 6.ª feira sob aplicação do regime de `lay-off´ simplificado (Decreto-Lei nº 10-G/2020)".
A administração da Autoeuropa, ainda de acordo com a CT, "prevê o restabelecimento do horário AE19 (Acordo de Empresa de 2019) a partir da semana 23 (primeira semana do mês de junho)".
Médico cardiologista e membro do Núcleo de Estudos de Geriatria da Sociedade Portuguesa da Medicina Interna, Gorjão Clara referia-se à associação de hidroxicloroquina com azitromicina, terapêutica ainda sem evidência científica que permita concluir da eficácia indiscutível em covid-19, porque a doença é muito recente, mas com evidência empírica.
"Não é por nada que os mercados continuam a poder estar abertos, a venda ambulante está permitida, fizemos tudo para poder continuar a assegurar a distribuição destes produtos que, mesmo em tempos de pandemia, todos necessitamos de consumir", declarou.
Utilizado frequentemente como referência pelas autoridades norte-americanas, o modelo sobre a pandemia da Universidade de Washington acabou de ser revisto e prevê agora 60.000 óbitos por covid-19 em todo o país, um decréscimo de 26 por cento face às estimativas iniciais.
Um responsável federal alertou contudo para o impacto significativo de uma segunda vaga, se os norte-americanos relaxarem a "distância social" imposta.
A Suíça está a planear aligeirar as medidas de combate à pandemia já a partir do final de abril, anunciou o ministro da Saúde do país, Alain Berset. As restrições deverão manter-se contudo até dia 26 de abril, antes de serem, eventualmente, relaxadas, acrescentou.
O Governo suíço antevê que o impacto da paralisação económica seja o mais grave jamais registado, com quebras de ate 10.4 por cento, e está a tentar evitar os piores cenários.
A Suíça encerrou fronteiras e escolas e proibiu ajuntamentos. Até agora, registou 705 mortes e 22.789 casos confirmados de infeção.
"O BAD estima que a covid-19 possa custa ao PIB de África entre 22,1 mil milhões de dólares [20,2 mil milhões de euros], no cenário base, e 88,3 mil milhões de dólares [80,8 mil milhões de euros] no pior cenário", disse o banqueiro, num artigo em que analisa as principais previsões do banco para África.
No texto, enviado à Lusa, Akinwumi Adesina disse que "isto é equivalente a uma contração do crescimento do PIB entre 0,7 e 2,8 pontos percentuais em 2020, sendo até provável que África caia em recessão este ano se a situação atual continuar".
"O novo coronavírus é uma guerra contra todos nós, todas as vidas importam, por isso temos de evitar um distanciamento orçamental nesta altura; o isolamento social é imperativo, mas o distanciamento orçamental não é", defendeu o presidente do BAD.
A confirmar-se a estimativa da Organização Mundial do Comércio, a quebra do comércio mundial deverá ultrapassar a provocada pela crise financeira de 2008, e cifrar-se entre os 13 e os 32 por cento, quebras generalizadas de "dois dígitos", em "em praticamente todas as regiões do planeta".
"Milhões de pessoas em todo o mundo já perderam o seu emprego e os seus rendimentos", alertou o diretor da OMC, Roberto Azevedo, durante uma conferência de imprensa em Genebra.
América do Norte e Ásia deverão enfrentar uma quebra particularmente severa, devido a quebras de exportações que poderão oscilar entre os 40 e os 36 por cento, respetivamente, na perspetiva mais pessimista. Europa e América do Sul poderão esperar quedas igualmente superiores a 30 por cento.
"Diante do que poderá ser a recessão mais grave ou o revés económico mais sério do nosso tempo, devemos utilizar todos os motores potenciais de um crescimento duradoiro para reverter a situação", aconselhou.
"Os Governos do mundo inteiro podem e devem lançar as fundações de uma recuperação enérgica e inclusiva", acrescentou Azevedo. "Se os países trabalharem juntos, iremos assistir a uma recuperação mais rápida e sólida do que se cada país agir sozinho", rematou o responsável.
O mayor de Nova Iorque, Bill de Blasio, anunciou que 34 por cento dos óbitos por covid-19 na cidade até agora são hispânicos, 28 por cento são negros, 27 por cento brancos e sete por cento asiáticos.
Em entrevista à RTP, Nelson Pereira fala no entanto, da necessidade de "muita cautela" na normalização da vida, compreendendo que a economia e a vida têm de continuar e voltar gradualmente ao normal.
Só se consegue saber a imunidade de uma população, fazendo um inquérito sorológico que implica tirar sangue, “a um elevado número de pessoas e testar anticorpos”.
Para isso “tem de haver metodologias bem firmes”.
“Só posso saber para este coronavírus quando houver mais estudos. Ter anticorpos pode nãos ser suficiente para dizer que estou protegido”.
Para Graça Freitas, “não basta ter anticorpos é preciso ter anticorpos em grande quantidade”.
“Neste momento é muito prematuro fazermos estes estudos”, realçou.
O presidente da Comissão de Acompanhamento da Resposta Nacional em Medicina Intensiva para a COVID-19 diz que podemos chegar a “um ponto em que não temos recursos humanos suficientes para os equipamentos que estamos a instalar”. João Gouveia fala de uma carência nacional na medicina intensiva: 6,4 camas por mil habitantes, cerca de “metade do que tinha por exemplo a Itália”.
“Apesar de tudo, hoje a situação já é melhor. Temos mais de 260 médicos especialistas em medicina intensiva e temos condições de fazer formação a outros profissionais para, trabalhando sob orientação de especialistas de medicina intensiva, tratar todos os doentes que tenhamos de colocar em medicina invasiva”, ressalvando que é preciso respeitar o funcionamento em rede e uma hierarquia definida a nível da Comissão de Acompanhamento.
A taxa de letalidade tem várias dimensões regionais. Graça Freitas explica a taxa é mais elevada no norte do pais seguida da zona centro.
Na zona centro a taxa de letalidade, com os número de hoje é de “cerca de 5.1 por cento”
Na região de Lisboa a taxa de letalidade é inferior à média nacional e no Algarve é superior à nacional.
Segundo Graça Freitas são vários os fatores que determinam variações na taxa de letalidade.
“O que nós sabemos, à data, é que nos últimos dias tem havido uma certa estabilidade nas duas curvas (a real e a projetada). Isso indicará que poderemos, ou não, estar em planalto”.
“Não sabemos e já estamos ou não. Teremos que esperar mais uns dias. Teremos que ver quando estivermos a descer”, acrescentou.
No entanto, Graça Freitas frisa “que isto não é um dado garantido. Isto não é bem a gripe (…) nós sabemos que com este novo vírus que se abrandarmos determinadas medidas. Podemos ter um segundo pico”.
“Temos de olhar para estes dados com muita cautela e muita preocupação. E sobretudo sabermos, que se abrandarmos as medidas que estão a permitir esta estabilidade, a curva poderá voltar a subir”.
“Apesar de todo reconhecemos que tem havido uma estabilidade”.
13h13- Hospitais a enviar idosos infetados para os lares
Vários investigadores apelam à utilização de testes sorológicos, para identificar a população que tenha anticorpos ao novo coronavírus. Graça Freitas esclarece que esses testes so devem “ser feitos quando já há uma subida de anticorpos”.
“Esse teste será útil na fase de convalescença da doença”, esclareceu.
Segundo a diretora-geral da Saúde, “a ciência ainda não permite dizer, exatamente, qual é o tempo adequado “.
“Nós podemos já ter anticorpos (…) e esses anticorpos ainda não se encontrarem num nível protetor. Estamos a aprender com a experiência de outros países para perceber como é que depois de uma infeção com este novo coronavírus é o comportamento da imunidade”, acrescentou.
Graça Freitas recorda que o Instituto Ricardo Jorge “está a acompanhar muito bem a situação”.
“Quando soubermos mais sobre estes testes poderá ser muito útil para decidir, será a prova final, que está protegido e que poderá voltar à sua vida normal. Mas ainda temos que aguardar para saber estas respostas”, sublinhou.
Questionado sobre a capacidade de testagem no norte do país, António Lacerda Sales admite que possa haver “assimetrias”, mas que as autoridades fazem ajustes constantes consoante o necessário.
Sobre o facto de os lares não estarem a ser testados todos ao mesmo tempo, o secretário de Estado da Saúde explica que isso se deve à informação sobre diferenças de densidade. Por exemplo, os lares na zona Norte e Centro acabaram por ser priorizados.
Sobre a situação em Gondomar, em que há capacidade para fazer 400 testes por dia, mas só estão a ser feitos 40, o secretário de Estado assegura que “não temos falta de testes” nem de zaragatoas.
António Lacerda Sales admite no entanto “dificuldades” ao nível dos reagentes de extração, que são necessários para efetuar testes.
“Todos estes componentes é que fazem os testes. Há situações em que não podemos fazer um teste sem reagentes de extração. É da complementaridade destes diferentes componentes que resultam os testes”, admitiu.
João Gouveia fala de uma “carência crónica de ventiladores e monitores de medicina intensiva de nível 3 e isso tem vindo a ser combatido”, dizendo que tem sido possível obter o material e tem sido possível fazer a distribuição, de acordo com critérios objetivo de carência ou urgência.
Realça que os 144 ventiladores que já chegaram a Portugal no fim de semana já foram distribuídos. Alguns doadores dos ventiladores expressaram para onde queriam entregar os equipamentos. 76% dos restantes ventiladores foram entregues à ARS do Norte devido ao esforço a que os hospitais do norte têm estado sujeitos. Houve também a entrega no Norte de ventiladores emprestados por uma empresa.
O responsável diz que o material está a ser distribuído para se tentar dar “a melhor resposta possível”.
A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, dá o exemplo do Instituto Politécnico de Bragança, que garante ter capacidade para realizar até cinco mil testes em lares.
Já a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, destaca a importância dos fundos europeus para a capacidade de testagem e o apoio às empresas que pretendem regressar gradualmente à atividade.
César Nogueira, da Associação de Profissionais da Guarda, diz que apesar dos condicionamentos a GNR está preparada para a operação.
A denúncia é de César Nogueira, presidente da associação, em declarações à Antena 1.
Nesta altura a China tem 1.190 casos ativos, entre os quais 189 continuam em estado grave.
"Ao cabo de 16 horas de discussões, não chegámos a acordo. Suspendi o Eurogrupo", escreveu no Twitter o ministro português das Finanças, que preside ao bloco ministerial da Zona Euro.
After 16h of discussions we came close to a deal but we are not there yet.
— Mário Centeno (@mariofcenteno) April 8, 2020
I suspended the #Eurogroup & continue tomorrow, thu.
My goal remains: A strong EU safety net against fallout of #covid19 (to shield workers, firms &countries)& commit/ to a sizeable recovery plan pic.twitter.com/wLRhcbR9O1
Foi convocada para quinta-feira uma nova reunião dedicada a uma resposta económica comum aos efeitos da pandemia do novo coronavírus.
7h20 - Números dos Estados Unidos
Os Estados Unidos registaram na terça-feira 1939 mortes causadas pela Covid-19 em 24 horas, o pior recorde mundial diário, de acordo com a contagem da Universidade Johns Hopkins, conhecida esta madrugada (hora de Lisboa).
O número total de mortes desde o início do surto nos Estados Unidos é agora de 12.700.
Os Estados Unidos também são, de longe, o país do mundo com o maior número de casos confirmados: cerca de 396 mil pessoas infetadas no país, de acordo com a universidade norte-americana, que atualiza continuamente os dados.
"Esta, provavelmente, será a semana mais difícil. Haverá muitos mortos", alertam as autoridades de saúde norte-americanas, prevendo a entrada dos EUA num "período que será horroroso".
7h16 - Agenda cheia no Parlamento
Entre medidas excecionais para prisões e banca, mais apoios às empresas ou à cultura ou a suspensão de propinas e das tarifas de gás e luz, o plenário da Assembleia da República debruça-se esta quarta-feira sobre mais de uma centena e iniciativas.
Para além de duas propostas de lei do Governo e de três apreciações parlamentares, são exatamente 100 os diplomas que os partidos da oposição, com exceção dos social-democratas, agendaram - 65 são projetos-lei e os demais resoluções, que funcionam como recomendações ao Governo.
Os diplomas dizem todos respeito à pandemia da Covid-19 ou aos seus impactos no país.
6h55 - Ponto de situação
A Iniciativa Liberal é o primeiro a ser ouvido. A seguir António Costa recebe os líderes de Chega, "Os Verdes", PAN e CDS-PP. À tarde é a vez de PCP, Bloco de Esquerda e PSD. A última reunião é com o PS e deverá começar às 17h30.
Ao que tudo indica, o terceiro período poderá arrancar com aulas à distância. A presidente do Conselho Nacional de Educação considera pouco viável a reabertura das escolas em maio.
Em declarações à agência Lusa, Maria Emília Brederode Santos adiantou que o regresso às atividades letivas presenciais não deverá acontecer para já. E acrescentou que um eventual recomeço das aulas em maio é uma decisão para discutir adiante.
Por sua vez, o presidente da Confederação Nacional de Associações de Pais, Jorge Ascensão, considera que, antes do regresso às aulas, é preciso ganhar a confiança das famílias. Na mesma linha, O presidente da Associação de Diretores de Agrupamentos e Escolas Pública, Filinto Lima, pede que a reabertura das escolas seja decidada pelo fator da saúde. O Presidente da República acabou por afirmar na terça-feira, após uma reunião alargada no Infarmed, que não haveria condições para que as escolas reabrissem ainda este mês.
Marcelo Rebelo de Sousa remeteu a decisão final para o Governo. O anúncio vai ser feito na quinta-feira.
O quadro em Portugal
A Covid-19, doença resultante da infeção pelo novo coronavírus, fez até ontem 345 vítimas mortais em Portugal. Foi um acréscimo de 34 em 24 horas - o segundo pior registo desde o inicio da pandemia.
Registaram-se mais 712 casos de infeção, num total de 12.442.
Cento e oitenta e quatro pessoas recuperararam da infeção.
Entre os doentes infetados há 1432 profissionais de saúde.
Há também uma centena de elementos da PSP e da GNR infetados. Outros 500 estão em isolamento. Os números foram avançados pelo ministro da Administração Interna.
Em entrevista à Rádio Renascença, Eduardo Cabrita garantiu, conudo, que estes números não terão implicações na fiscalização das estradas a levar a cabo na Páscoa.
O quadro internacional
O coronavírus SARS-CoV-2 já infetou cerca de 1,4 milhões de pessoas em todo o mundo. Morreram mais de 80 mil. Dos casos de infeção, cerca de 260 mil são considerados curados.
Nos Estados Unidos, país onde se regista uma explosão da pandemia, a Casa Branca obrigou uma empresa 3M a produzir 55 milhões de máscaras todos os meses. A decisão segue-se a queixas persistentes de falta de equipamento de proteção médica. O correspondente da RTP em Washington, João Ricardo de Vasconcelos, tem acompanhado a evolução da pandemia na superpotência.
Na Europa, Itália registou na terça-feira o número mais baixo de infetados desde 13 de março. Em 24 horas registaram-se 3038 novos casos e 604 mortos, um novo abrandamento. O Governo italiano apostou na estratégia do confinamento; já a Suécia tem um abordagem diferente.
A China espera ter superado a crise sanitária. Em Wuhan, a cidade epicentro da pandemia, não houve, terça-feira, registo de mortes e foram anunciados dois casos de infeção. Já no Japão o Governo decretou o estado de emergência em sete regiões do país.Impacto económico global
A Organização Internacional do Trabalho calcula que a pandemia vá lançar 195 milhões de pessoas no desemprego nos próximos três meses. A maior parte na Ásia: 125 milhões.
Na Europa, serão 12 milhões de desempregados, incluindo milhares de portugueses.
Tanto a OMC como as Nações Unidas alerta para o risco de uma "escassez de alimentos" no mercado mundial por causa do impacto da Covid-19 no comércio internacional e nas redes de abastecimento.