Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a ofensiva militar desencadeada pela Rússia na Ucrânia.
Apesar do edifício ter ficado reduzido a escombros, a cave, usada como abrigo para mais de mil pessoas, terá resistido ao ataque aéreo. Os sobreviventes começaram a aparecer e dizem que a maioria das pessoas que estava no local sobreviveu.
Outra mulher que ganhou popularidade em todo o mundo, nos últimos dias, foi a jornalista Marina Ovsianikova.
Apesar de arriscar uma pena de anos de cadeia por ter interrompido um telejornal na televisão russa com um cartaz contra a guerra, Marina Ovsianikova diz que não tenciona sair do país.
Uma grande coluna de fumo negro, provocada pelo incêndio da explosão, foi visível a quilómetros de distância. O fogo foi combatido por mais de cinquenta bombeiros.
Este bombardeamento ocorreu um dia depois de um outro ao mercado de Karkhiv, considerado um dos maiores mercados do mundo, com uma área total de 300 mil metros quadrados.
Kharkiv é uma cidade estratégica do Leste da Ucrânia, situada a poucos quilómetros da fronteira russa e tem estado constantemente debaixo de fogo da artilharia russa.
Uma das exigências é a aceitação da Ucrânia de que deve ser neutra no futuro e que não deve tornar-se membro da aliança militar ocidental, a NATO.
Outros pedidos incluem uma “cláusula de desnazificação” e compromissos para proteger a língua russa.
Vladimir Putin também exige partes do Leste da Ucrânia e a aceitação de Zelensky de que a Crimeia seja parte permanente da Rússia, o que só pode ser resolvido cara a cara com seu opositor ucraniano.
A coordenação está a ser feita através do grupo de trabalho da Comissão Europeia, batizado "Congelar e Apreender", que intensificou agora o seu trabalho internacional, salientou, em comunicado, a Comissão Europeia.
Este grupo vai trabalhar com outro recém-criado para atuar sobre "elites e oligarcas russos", em que a UE atua em conjunto com os países do G7 - Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, bem como a Austrália.
O comissário europeu para a Justiça, Didier Reynders, salientou, citado em comunicado, que esta coordenação tornará mais concreta a acusação dos oligarcas russos e bielorrussos incluídos na lista negra de sanções da UE.
Didier Reynders frisou que é "vital" conseguir o rápido congelamento e arresto dos bens das pessoas e entidades sujeitas às sanções.
"A nossa ação conjunta pode fazer a diferença globalmente. É uma verdadeira demonstração de solidariedade e unidade diante da guerra", concluiu.
O grupo de trabalho "Congelar e Apreender" é composto pela Comissão Europeia, peritos de cada um dos 27 Estados-membros, Eurojust e Europol, bem como outras agências e organismos da UE, que podem ser chamados sempre que necessário.
Neste momento, 877 pessoas e 62 entidades estão sujeitas ao congelamento de bens que possam ter na UE, sob sanções da UE no contexto da agressão russa contra a Ucrânia.
Os Estados Unidos também criaram uma 'task force' que pretende trabalhar com países aliados para "apreender e congelar" os iates, propriedades ou outros bens das elites da Rússia, em resposta à invasão russa da Ucrânia.
O Conselho de Segurança da ONU não vai votar o projeto de resolução, que chegou a ser ponderado para sexta-feira.
A situação decorreu na reDe social Twitter, em que a missão da ONU do Canadá revela a versão comentada de uma parte da carta russa.
A Eslováquia está disponível para fornecer à Ucrânia os seus sistemas de defesa antiaérea S-300, mas estabeleceu como condição receber outro em substituição, para evitar colocar em risco a segurança da NATO, referiu fonte do governo eslovaco.
"Discutimos com os Estados Unidos, com a Ucrânia e também com outros aliados sobre a possibilidade de enviar todos os nossos sistemas S-300 para os ucranianos", referiu o ministro eslovaco da Defesa, Jaroslav Nad.
"Estamos prontos para fazer isso imediatamente, quando tivermos uma alternativa adequada", acrescentou, numa conferência de imprensa conjunta com o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, que está de visita a Bratislava.
O ministro eslovaco lembrou que entregar o "único sistema estratégico de defesa aérea" que o país tem criaria "um vazio de segurança dentro da NATO".
No entanto, "se houver uma situação em que tenhamos um substituto adequado ou tenhamos uma capacidade (de defesa) garantida por um período de tempo, estaremos dispostos a discutir o futuro dos sistemas S-300", sublinhou.
Já o secretário de Defesa dos Estados Unidos confirmou as conversações relativas a este tema, embora tenha referido que não tinha nenhum anúncio para fazer.
"Estas são situação que continuaremos a trabalhar com todos os nossos aliados e certamente não é apenas um problema norte-americano. É um problema da NATO", frisou Lloyd Austin.
Também esta quinta-feira, Jaroslav Nad reconheceu que a Eslováquia ainda depende da Rússia para a manutenção dos S-300.
"Questiono-me como devemos mantê-los, modernizá-los, fornecer peças de reposição quando o país que pode fazer isso é o agressor e qualquer cooperação com este país é impossível", realçou o ministro da Defesa.
"A Eslováquia deve-se livrar dessa dependência da Rússia o mais rápido possível", acrescentou.
Os mísseis terra-ar S-300 são considerados um sistema eficaz para proteger locais estratégicos contra bombardeamentos aéreos, utilizando mísseis de longo alcance que são capazes de voar centenas de quilómetros e travar mísseis de cruzeiro, bem como aviões de guerra.
Estes sistemas de defesa antiaérea da era soviética, que são detidos por três países da NATO - Eslováquia, Grécia e Bulgária, podem ser valiosos para impedir ataques aéreos russos a cidades e outros alvos.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, referiu-se na quarta-feira aos S-300 quando falou hoje perante o Congresso norte-americano.
Zelensky pediu estes sistemas antiaéreos que permitiriam à Ucrânia "fechar os céus" aos aviões de guerra e mísseis russos.
A jornalista russa Marina Ovsiannikova, que se tornou num símbolo antiguerra após ter interrompido a emissão do noticiário pró-Kremlin para denunciar a invasão na Ucrânia, deixou o canal de televisão Primeiro Canal por sua vontade.
"Hoje fui a Ostankino (sede do canal). Enviei todos os documentos para a minha demissão, decidida por mim", disse Marina Ovsiannikova, numa entrevista ao canal de informação francês France 24.
A jornalista russa ficou conhecida quando interrompeu o noticiário mais assistido na Rússia, na noite de segunda-feira, no Primeiro Canal (Piervy Canal, em russo), exibindo um cartaz criticando a guerra na Ucrânia em plena emissão "da propaganda e mentiras do Kremlin".
Marina Ovsiannikova explicou que queria "enviar uma mensagem forte para dizer que os russos são contra a guerra" e que não devem "confiar na propaganda" e no que se "diz na TV (televisão)" e que necessário "fazer a distinção entre a mentira e a verdade".
"Estou com medo, é claro, mas não penso que não faço parte da ralé", defendeu, após ser questionada sobre o discurso do Kremlin contra ativistas antiguerra na Rússia.
De acordo com o Kremlin, o conflito na Ucrânia revela quem são os "traidores". "Alguns demitem-se, alguns deixam o país. É uma purificação", disse hoje o porta-voz da Presidência russa, Dmitry Peskov.
Para jornalista ativista, "as pessoas que saem às ruas para protestar não são traidoras, são cidadãos."A sociedade russa está dividida. Parte, talvez metade, é contra a guerra e metade apoia o presidente Putin", disse.
Com dois filhos, Marina Ovsiannikova, de 43 anos, também recusou a oferta de asilo do Presidente francês, Emmanuel Macron, porque não "quer deixar" o seu país.
"Não quero deixar o nosso país. Sou patriota, o meu filho é ainda mais", observou, numa entrevista à revista alemã Der Spiegel transmitida na noite de quarta-feira.
Após ter sido detida, a jornalista foi condenada a uma multa simples e libertada.
No entanto, Marina Ovsiannikova ainda enfrenta processos criminais puníveis com pesadas penas de prisão, sob os termos de uma lei recente que reprime qualquer "informação falsa" sobre o Exército russo.
(agência Lusa)
O rapaz de 11 anos que atravessou a Ucrânia sozinho com um número de telefone escrito na mão já está com a família. A mãe e os irmãos também conseguiram chegar à Eslováquia.
O embaixador da Rússia nas Nações Unidas, Vasily Nebenzya, informou hoje que não levará a votação na sexta-feira a sua proposta de resolução "humanitária" sobre a Ucrânia, um projeto que, segundo diplomatas, estava já "condenado".
"Decidimos, nesta fase, não pedir uma votação sobre o nosso projeto, mas não estamos a retirar o projeto de resolução", indicou o embaixador russo em declarações ao Conselho de Segurança da ONU.
Ainda segundo Nebenzya, a Rússia aproveitará para pedir para esta sexta-feira de manhã uma reunião de emergência para discutir novamente alegados "laboratórios biológicos" na Ucrânia, afirmando ter "novas provas" para apresentar.
O presidente francês, Emmanuel Macron, falou hoje ao telefone com o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau.
Os dois líderes discutiram o acolhimento de refugiados que fogem do conflito na Ucrânia, assim como o reforço da ajuda humanitária e militar enviada a esse país, e acordaram em manter uma estreita coordenação.
As tropas russas centraram-se hoje no flanco leste na sua ofensiva militar na Ucrânia, sobretudo na região de Kharkiv, enquanto permanece o cerco à cidade de Mariupol e são enviados reforços de bases noutros países e da Sibéria.
Segundo o Ministério britânico da Defesa, citado pela agência noticiosa Efe, a ofensiva russa regista pouco avanços e obriga Moscovo a reforçar os seus soldados na Ucrânia e substituir os mortos em combate, apesar de, na perspetiva do Kremlin, a resistência ucraniana face à "operação militar especial" da Rússia estar de acordo com o previsto.
"A Rússia está a redistribuir forças desde lugares tão distantes como o seu Distrito Militar Oriental (Sibéria), a Frota do Pacífico e a Arménia. Também procura cada vez mais explorar fontes irregulares, como companhias militares privadas, mercenários sírios e outros", afirma Londres.
(agência Lusa)
Um total de 132 cidadãos portugueses, acompanhados de 145 familiares, deixaram a Ucrânia nas últimas semanas, revelou hoje à agência Lusa o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Destes cidadãos nacionais, 57 são luso-ucranianos, 75 têm apenas a nacionalidade portuguesa e 145 são elementos dos agregados familiares.
A mesma fonte indicou que, da lista de cidadãos nacionais que consta da base de dados do Ministério dos Negócios Estrangeiros, encontram-se na Ucrânia 222 cidadãos nacionais: 150 luso-ucranianos e 72 cidadãos com nacionalidade portuguesa.
"Neste momento não há nenhum cidadão português na Ucrânia que responda aos contactos da Embaixada e que exprima consistentemente o desejo de sair do país com o apoio das autoridades portuguesas", prossegue a mesma informação solicitada pela Lusa.
Neste país encontram-se ainda 27 jornalistas portugueses a cobrir a ofensiva militar que a Rússia iniciou contra a Ucrânia a 24 de fevereiro.
(agência Lusa)
Pela primeira vez, Portugal tem uma tenda de apoio médico junto à fronteira com a Ucrânia. Muitos refugiados entram na Polónia com problemas de ansiedade e descompensação de doenças crónicas.
As 600 crianças que estavam internadas no maior hospital pediátrico de Kiev foram retiradas para fora da cidade devido à guerra. Ao hospital chegam agora as crianças atingidas pelo conflito.
Reportagem dos enviados da RTP Cândida Pinto e David Araújo.
Os ataques russos são sobretudo efetuados através de bombardeamentos, muitos dos quais atingem prédios de habitação em vários pontos da Ucrânia. Só em Chernihiv morreram 53 pessoas, mas há também vítimas civis em Mariupol, Kharkiv e Kiev.
Pelo menos 928.000 ucranianos estão sem eletricidade devido à guerra desencadeada pela invasão russa, segundo o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric.
O número foi comunicado pelo próprio Ministério da Energia da Ucrânia às agências humanitárias que ainda trabalham no país, disse Dujarric na sua conferência de imprensa diária.
Além disso, 259.000 pessoas não têm abastecimento de gás natural, essencial para o aquecimento.
A situação é especialmente crítica nas cidades de Chernihiv, Donetsk, Mykolaiv, Zaporijia e Kabatsa, disse o porta-voz.
20h48 - Marcelo compreende abstenção de Moçambique em votação da ONU sobre a Ucrânia
Marcelo Rebelo de Sousa disse que compreende a abstenção de Moçambique no voto das Nações Unidas contra a guerra na Ucrânia. No arranque da visita oficial de quatro dias, o Presidente assegurou ajuda militar portuguesa para a região de Cabo Delgado.
Os Estados Unidos querem a intervenção da China. Washington disse que Pequim tem o poder de travar a invasão da Ucrânia. Os presidentes dos EUA e da China vão ter amanhã uma conversa telefónica, com Joe Biden a tentar convencer Xi Jinping a travar Vladimir Putin, a quem Biden chamou agora ditador assassino.
Um total de 3.810 pessoas foram retiradas de cidades ucranianas por corredores humanitários na quinta-feira, disse a agência de notícias Interfax, citando um alto funcionário.
A vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, disse entretanto que cerca de 2.000 pessoas conseguiram deixar a cidade de Mariupol.
No dia anterior o número foi muito mais elevado. Segundo o presidente Volodymyr Zelenskiy, mais de 60.000 pessoas foram retiradas na quarta-feira de várias cidades e vilas.
O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, que hoje se deslocou à Eslováquia, rejeitou de novo a possibilidade de a NATO encerrar o espaço aéreo sobre a Ucrânia, apesar das contínuas exigências do Governo de Kiev.
"Se encerrarmos o espaço aéreo, isso conduzia-nos a uma situação de luta contra a Rússia, e como temos dito, não queremos chegar a esse ponto", recordou o chefe do Pentágono em conferência de imprensa conjunta em Bratislava com o seu homólogo Jaroslav Nad.
Austin explicou que "não existe uma versão `light` de encerrar o espaço aéreo, nem uma situação de guerra `light` com a Rússia".
Washington, acrescentou o secretário da Defesa, prefere continuar a apoiar a defesa da Ucrânia com a entrega de sistemas de mísseis de médio e curto alcance, e com `drones` [aviões não tripulados] armados".
"Foi importante. O que efetivamente evitou que a Rússia garantisse o controlo [sobre o espaço aéreo] foi um sistema antimísseis de curto e médio alcance", assegurou Austin.
O presidente da Ucrânia disse que falou com o homólogo francês, Emmanuel Macron, e que ambos enfatizaram “a continuação do diálogo pacífico” para acabar com a guerra.
“Devemos reforçar a coligação anti-guerra”, acrescentou Volodymyr Zelensky no Twitter.
Continued dialogue with 🇫🇷 President @EmmanuelMacron. Discussed the support for Ukrainians in the fight against Russian aggression, especially in the defense sphere. Emphasis was put on the continuation of peaceful dialogue. We must strengthen the anti-war coalition. #StopRussia
— Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) March 17, 2022
19h41 – Portugal sem casos de tráfico de pessoas entre refugiados
Portugal, que até ao momento não registou qualquer caso de tráfico entre as pessoas chegadas da Ucrânia em consequência da guerra, vai entregar aos refugiados um guia de prevenção sobre os riscos deste crime, anunciou hoje o Governo.
No final da apresentação do projeto "Melhorar os sistemas de prevenção, assistência, proteção e (re)integração para vítimas de exploração sexual", a ministra da Administração Interna afirmou aos jornalistas que, "assim que as autoridades portuguesas se aperceberam" da possibilidade de casos de tráfico de seres humanos entre refugiados ucranianos, existiu "a preocupação e a perceção de prevenir o fenómeno".
Nesse sentido, sublinhou Francisca Van Dunem, o SEF, em articulação com a GNR, está a fazer controlos móveis aleatórios na fronteira com Espanha para evitar o tráfico de pessoas em fuga da Ucrânia.
Segundo a ministra, esses controlos são feitos aos grupos e autocarros que trazem pessoas da Ucrânia para Portugal.
"Não tenho indicação que tenha havido algum caso já sinalizado como de tráfico de pessoas trazidas dos limites da Ucrânia neste contexto de deslocação de pessoas para Portugal", precisou.
(agência Lusa)
A Organização Mundial da Saúde disse hoje ter confirmado 43 ataques a unidades de cuidados de saúde na Ucrânia, nos quais 12 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas, incluindo profissionais de saúde.
“Em qualquer conflito, ataques a cuidados de saúde são uma violação da lei internacional humanitária”, acusou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
A Casa Branca disse hoje ter “preocupações elevadas” sobre a possibilidade de a China fornecer equipamento militar à Rússia para ajudar na invasão da Ucrânia.
Segundo a Casa Branca, o presidente Joe Biden “será franco e direto” quanto realizar uma chamada telefónica ao hómologo chinês, Xi Jinping.
A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, disse ainda que o fracasso da China em denunciar as ações da Rússia "diz muito".
Portugal já recebeu 13.237 pedidos de estatuto de proteção temporária desde o início da guerra. Destes, 4.759 são menores.
São cidadãos que estavam na Ucrânia e que são de várias nacionalidades.
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, defendeu hoje que os ataques russos contra civis na Ucrânia constituem "crimes de guerra".
"Atingir intencionalmente civis é um crime de guerra. Após tanta destruição nas últimas três semanas, parece-me difícil concluir que os russos estejam a fazer outra coisa que não isso", declarou Blinken numa conferência de imprensa.
O responsável precisou ainda que o processo jurídico para fazer essa acusação formal já está em curso.
O Departamento de Estado norte-americano confirmou que um cidadão dos Estados Unidos morreu hoje na Ucrânia, sem especificar em que circunstâncias ocorreu o óbito.
A informação é avançada depois de a polícia da cidade de Chernihiv ter denunciado mais um bombardeamento sobre civis, entre os quais um cidadão norte-americano.
Mais de 50 pessoas morreram no ataque em Chernihiv, de acordo com as autoridades ucranianas.
A Ordem dos Psicólogos defende que a integração das crianças refugiadas nas escolas deve ser feita com a maior brevidade possível, para que possam criar rotinas e até novos amigos.
Cerca de 300 crianças e jovens fugidos da guerra na Ucrânia inscreveram-se nas escolas portuguesas desde o início do conflito, segundo um balaço feito na quarta-feira pelo ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues.
Para os psicólogos, o primeiro objetivo deverá ser "estabelecer o mais rapidamente possível algumas rotinas mínimas, que passam por receber estas crianças nas escolas", disse à Lusa Tiago Pereira, membro da direção da Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP).
Ali, vão encontrar mais um suporte social, podem "criar uma rede de amigos e brincar com outras crianças". Numa primeira fase, o currículo não será uma prioridade.
(agência Lusa)
As autoridades da cidade ucraniana de Mariupol, cercada pelas forças russas, anunciaram hoje a retirada de 30.000 pessoas durante uma semana, e referiram ainda desconhecer o balanço dos bombardeamentos de quarta-feira de um teatro onde se encontravam civis.
Segundo uma mensagem da câmara municipal no Telegram, a situação é "crítica" com "ininterruptos" bombardeamentos russos e destruições "colossais". "Segundo as primeiras estimativas, cerca de 80% do parque habitacional foi destruído", acrescentou.
Apesar da retirada de 30.000 pessoas em direção a Zaporojie ou Berdiansk através dos corredores humanitários, 350.000 pessoas permanecem na cidade e "continuam a esconder-se em abrigos e caves", prosseguiu a edilidade, que se referiu a "50 a 100 bombas" lançadas por média e diariamente pelos aviões russos.
Continuam os esforços para encontrar sobreviventes no teatro de Mariupol bombardeado pela Rússia. Segundo o antigo líder da região de Donetsk, Sergiy Taruta, de entre as 1.300 pessoas que se encontravam nesse abrigo improvisado, 130 terão já sido resgatadas.
“As pessoas estão a fazer tudo por elas próprias”, explicou Taruta. “Não existe uma operação de resgate, porque todos os serviços que servem para resgatar pessoas, para as tratar, para as enterrar, já não existem”.
As negociações para um cessar-fogo na Ucrânia podem incluir uma "reunião especial" entre o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o russo, Vladimir Putin, segundo um assessor do primeiro, Mykhailo Podolyak.
Podolyak referiu que, nas negociações, está a ser estudada uma "fórmula legal" para acomodar o estatuto das regiões pró-russas de Donetsk e Lugansk.
Em declarações a um jornal polaco, o assessor de Zelensky explicou que, se for encontrada essa fórmula, poderão estar criadas as condições para um novo passo das negociações que inclua uma "reunião especial" entre os presidentes russo e ucraniano.
Podolyak acrescentou que "as negociações são um processo de grande envergadura que envolve não só a Rússia e a Ucrânia", mas que também outros países, como a Polónia, estão indiretamente associados.
"Não devemos limitar-nos a assinar um acordo. Queremos desenvolver um mecanismo concreto que garanta a nossa segurança no futuro", explicou o assessor, referindo-se às cláusulas que Kiev quer ver inscritas num eventual entendimento com Moscovo.
(agência Lusa)
Uma criança de dois anos terá morrido e quatro pessoas terão ficado feridas num bombardeamento na vida ucraniana de Petrivtsi, a norte da capital Kiev, de aco0rdo com a polícia regional.
Numa declaração na rede social Facebook, as autoridades acusaram ainda as forças russas de dispararem sobre edifícios residenciais no distrito de Vyshhorod, onde um prédio terá ficado destruído e outros danificados.
O presidente francês anunciou que irá falar nas próximas horas com os homólogos russo e ucraniano, em mais um esforço diplomático para alcançar a paz.
“Essa viagem teria de acontecer no momento certo e de ser útil para a resolução desta crise”, referiu.
O Governo italiano está pronto para reconstruir o teatro na cidade ucraniana de Mariupol que foi devastado por um bombardeamento, disse o ministro da Cultura, Dario Franceschini, após uma reunião do seu gabinete.
"O gabinete aprovou a minha proposta de oferecer à Ucrânia os recursos e meios para reconstruir o teatro o mais rápido possível. Os teatros de todos os países pertencem a toda a humanidade", escreveu Franceschini no Twitter.
Italy is ready to rebuild the Theatre of #Mariupol. The cabinet of Ministers has approved my proposal to offer #Ukraine the resources and means to rebuild it as soon as possible. Theaters of all countries belong to the whole humanity #worldheritage pic.twitter.com/FPictnEloy
— Dario Franceschini (@dariofrance) March 17, 2022
17h03 – Lisboa tem 23.000 ofertas de emprego para refugiados
O Governo português já recebeu cerca de 23.000 ofertas de emprego para refugiados ucranianos, revelou hoje a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.
Numa conferência de imprensa com os seus homólogos espanhol e italiano, Ana Mendes Godinho disse que a plataforma criada para reunir ofertas de trabalho de empresas para refugiados ucranianos em Portugal já recolheu cerca de 23.000 propostas de emprego.
Mendes Godinho referiu ainda que o Governo português está a trabalhar na "articulação com as creches" para conseguir que haja um acolhimento integrado, principalmente de mulheres ucranianas com crianças.
Por outro lado, Lisboa preparou "cursos de adaptação e aprendizagem de sensibilização" com a língua portuguesa para os refugiados ucranianos, para que a língua não seja uma "barreira".
(agência Lusa)
Os autores de crimes de guerra perpetrados na Ucrânia, onde o exército russo é acusado de bombardear populações civis, “devem ser responsabilizados” perante a justiça internacional, alertaram hoje os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 em comunicado conjunto.
Os chefes da diplomacia deste grupo, presidido este ano pela Alemanha, "congratularam-se com o trabalho de investigação e recolha de provas em curso, inclusivamente pelo procurador do Tribunal Penal Internacional" na Ucrânia.
A guerra na Ucrânia provocou pelo menos 780 mortos e 1.252 feridos entre a população civil, incluindo mais de uma centena de crianças, até ao final do dia de quarta-feira, anunciou hoje a ONU.
No seu relatório diário sobre baixas civis, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) contabiliza 58 crianças mortas e 68 feridas.
A agência da ONU para os direitos humanos acredita que os números reais de baixas civis, incluindo crianças, "são consideravelmente mais elevados, especialmente em território controlado pelo Governo" ucraniano, mais sujeito à ofensiva russa.
"A maioria das baixas civis registadas foi causada pela utilização de armas explosivas com uma vasta área de impacto, incluindo bombardeamentos de artilharia pesada e sistemas de mísseis, e ataques aéreos e de mísseis", lê-se no relatório.
O líder bielorrusso, Alexander Lukashenko, advertiu hoje que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, terá de assinar em breve um ato de capitulação se recusar um acordo com o seu homólogo russo, Vladimir Putin.
"A Rússia não perderá esta guerra", disse Lukashenko numa entrevista à televisão japonesa TBS, transmitida pela agência noticiosa oficial bielorrussa Belta.
Lukashenko, um aliado de Putin, disse que a Rússia propõe à Ucrânia "uma variante totalmente aceitável" de um acordo de paz, que não especificou.
"A Ucrânia e a Rússia chegam a um acordo e Zelensky e Putin assinam-no. Se Zelensky não o fizer, acredite, dentro de pouco tempo, terá de assinar um ato de capitulação", afirmou, citado pela agência espanhola EFE.
O presidente da Bielorrússia expressou a sua convicção de que o conflito "terminará com o estabelecimento da paz". Ao mesmo tempo, disse que o Ocidente não conseguirá envolver a Bielorrússia no conflito.
"Estou praticamente convencido de que não teremos de lutar com a Ucrânia. O Ocidente não conseguirá envolver-nos neste conflito. Temos inteligência suficiente para nos mantermos fora deste conflito", afirmou.
Lukashenko disse que apesar da posição hostil da Ucrânia em relação à Bielorrússia, telefonou a Zelensky e propôs negociações imediatas com a Rússia. "Foi literalmente no terceiro ou quarto dia desta guerra. E ele [Zelensky] concordou", contou à televisão japonesa.
O Reino Unido disse esta quinta-feira que vai suspender a troca de informações fiscais com a Rússia e a Bielorrússia, em resposta à invasão da Ucrânia por Moscovo.
"O Reino Unido vai congelar a cooperação tributária com a Rússia e a Bielorrússia, suspendendo todas as trocas de informações fiscais com esses países", disse Lucy Frazer, secretária financeira do Tesouro, em comunicado.
"A suspensão da troca de informações fiscais garantirá que o Reino Unido não fornece à Rússia e à Bielorrússia informações que possam levar a um aumento de benefícios ou rendimentos fiscais para essas nações", adiantou.
Continua a haver uma “grande lacuna” entre Rússia e Ucrânia nas negociações, disseram hoje fontes ocidentais à agência Reuters.
Segundo os funcionários, as duas partes estão a levar as conversações a sério, mas existe uma “grande, grande lacuna” entre as posições de ambas.
A Ordem dos Psicólogos começou esta semana a dar formação a 32 psicólogos ucranianos, uns refugiados e outros que permanecem no país, para que possam apoiar as vítimas da guerra e dar também eles formação a colegas.
A iniciativa nasceu de um apelo feito na semana passada pela Associação Nacional de Psicólogos Ucranianos que procurava ajuda para formar "os seus profissionais na intervenção em situações de crise", contou à Lusa Tiago Pereira, membro da direção da Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP).
O curso visa a resposta psicológica imediata a eventos de larga escala ou catástrofes, desde o momento da exposição até ao final do primeiro mês, através da utilização dos primeiros socorros psicológicos.
A ideia é que os psicólogos ucranianos possam atuar no terreno, mas também fiquem aptos a dar formação a colegas.
A ESA cessou a cooperação com a agência espacial russa Roscosmos devido ao conflito em curso na Ucrânia.
Este procedimento pode igualmente ser feito através da Linha de Apoio às Crianças da Ucrânia (300 511 490), o que "contribuirá de forma relevante para uma receção e acolhimento mais eficaz, de maior qualidade e facilitador de proteção imediata das crianças, principalmente as separadas e não acompanhadas".
São cidadãos que estavam na Ucrânia e que são de várias nacionalidades
"A obrigação de proteger os prisioneiros de guerra da curiosidade pública e preservá-los de intimidações ou humilhações faz parte das condições requeridas para garantir um tratamento humano e proteger as suas famílias", explicou a consultora jurídica da HRW, Aisling Reidy.
Questionada sobre as declarações do presidente dos Estados Unidos, que na quarta-feira apelidou o presidente russo, Vladimir Putin, de “criminoso de guerra”, a secretária de Estado para os Negócios Estrangeiros do Reino Unido, Liz Truss, disse que existem “evidências muito fortes" de crimes de guerra cometidos na Ucrânia e que o presidente russo está por detrás deles, mas não repetiu as palavras de Joe Biden para se referir a Putin.
"Há evidências muito, muito fortes de que crimes de guerra foram cometidos e que Vladimir Putin está por detrás deles", disse Liz Truss. "Em última análise, cabe ao Tribunal Penal Internacional decidir quem é ou não um criminoso de guerra, e a nós apresentar as provas”, rematou.
Na quarta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chamou Putin de “criminoso de guerra” – um comentário que o Kremlin disse ser "imperdoável".
Mais de 100.000 ucranianos fugiram do país nas últimas 24 horas, anunciou hoje a ONU, que, desde a invasão russa, já contabiliza 3,16 milhões de refugiados e mais de dois milhões de deslocados no país.
De acordo com os números publicados na conta oficial do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR), estavam registados, até às 10:30 (hora de Lisboa), 3.169.897 refugiados da Ucrânia, o que representa mais 106.802 do que à mesma hora de quarta-feira.
Metade dos refugiados são crianças.
A guerra desencadeada pela invasão russa, a 24 de fevereiro, também provocou o deslocamento interno de cerca de dois milhões de pessoas, pelo que o total de pessoas que tiveram de abandonar as suas casas na Ucrânia alcança já os 5,2 milhões.
Mais de metade de todos os refugiados fugiram para a Polónia, onde já entraram 1.916.445 pessoas em fuga do conflito na Ucrânia, avançou o ACNUR, adiantando, no entanto, que os guardas de fronteira polacos notaram uma queda de 11% nas entradas na quarta-feira em comparação ao dia anterior.
- Grande parte dos civis abrigados no teatro de Mariupol terá sobrevivido aos bombardeamentos de quinta-feira. De acordo com o deputado ucraniano Dmytro Gurin, cujos pais estão retidos na cidade portuária, grande parte dos 1.000 civis estavam no abrigo do teatro quando o edifício foi atingido.
"Não sabemos se há feridos ou mortos, mas parece que a maior parte deles sobreviveu e está bem", afirmou o deputado esta manhã, em declarações à televisão britânica.
Até ao momento não há qualquer balanço de mortes ou feridos deste ataque.
- Noutros locais, os bombardeamentos e conflitos continuam. Pelo menos 53 civis morreram em Chernihiv só na quarta-feira. O governador regional, Viacheslav Chaus, admitiu hoje que há “grandes perdas” a registar.
- Em Kiev, onde terminou hoje um recolher obrigatório de 35 horas, pelo menos uma pessoa morreu e três ficaram feridas. As ocorrências foram registadas depois de vários fragmentos de um míssil russo, derrubado por forças ucranianas, terem caído num prédio de apartamentos de 16 andares na capital da Ucrânia. Os fragmentos causaram danos à estrutura do prédio e causaram ainda um incêndio.
- Com as negociações a prosseguirem por videoconferência, destaque esta manhã para o discurso do presidente ucraniano perante a câmara baixa do Parlamento alemão. Horas depois de ter falado ao Congresso norte-americano, na quarta-feira, Zelensky pediu aos alemães que derrubem o novo "muro" que se ergueu na Europa contra a liberdade.
"Chanceler Scholz, derrube este muro e dê à Alemanha o papel de liderança que conquistou", afirmou o líder ucraniano, lembrando o discurso do ex-presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan, "Tear down this Wall”.
O presidente ucraniano lançou também duras críticas as ligações económicas entre Berlim e Moscovo ao longo dos últimos anos, referindo mesmo que os projetos conjuntos entre os dois países, designadamente o Nord Stream 2, foram o "cimento" do novo muro.
- Do lado russo, continuam os ecos de um duro discurso de Vladimir Putin, emitido pela televisão na quarta-feira. O presidente russo disse que os cidadãos que apoiam o Ocidente são “escória” e “traidores” que devem ser removidos da sociedade.
Putin estará a sinalizar um endurecer da repressão no país, considerando neste discurso que o povo russo “sempre será capaz de distinguir os verdadeiros patriotas da escória e dos traidores e irá simplesmente cuspi-los como uma mosca que acidentalmente voou para as suas bocas".
“Estou convencido de que uma auto-purificação tão natural e necessária da sociedade só fortalecerá o nosso país, a nossa solidariedade, coesão e prontidão para responder a quaisquer desafios”, afirmou ainda.
"Neste caso, não houve nenhum acordo para que isso acontecesse", disse.
O tribunal, que fica em Haia, nos Países Baixos, decidiu na quarta-feira, por 13 votos contra dois, dar razão a Kiev e exigir que Moscovo "suspenda imediatamente as operações militares" na Ucrânia, disse o presidente do tribunal, Joan Donoghue, na leitura pública da ordem judicial.
Mas, apesar de as sentenças da TIJ serem vinculativas e não passíveis de recurso, o tribunal, que fundamenta as suas conclusões principalmente nos tratados e convenções assinados voluntariamente pelos Estados, não tem meios para as fazer respeitar.
A Rússia recusou-se a comparecer nas audiências do TIJ sobre o caso, realizadas a 7 e 8 de março e refutou a jurisdição do tribunal sobre a reivindicação da Ucrânia.
"A ordem para pagamento de juros sobre obrigações (...) com um valor total de 117,2 milhões de dólares (...) foi executada", disse o Ministério das Finanças russo num comunicado.
O ministério afirmou que enviou os fundos para um "banco estrangeiro" em 14 de março. Moscovo tinha até 16 de março para pagar estes 117 milhões de dólares, o primeiro de uma série de prazos previstos em março e abril.
Como retaliação da intervenção militar russa na Ucrânia, a parte das reservas russas detidas no estrangeiro, cerca de 300 mil milhões de dólares, foi congelada como parte das sanções ocidentais.
As sanções suscitaram receios de que Moscovo já não seja capaz de reembolsar o dinheiro, estando por isso ameaçada de incumprimento.
As sanções ocidentais paralisaram parte do sistema bancário e financeiro do país e causaram o colapso do rublo.
Um incumprimento de pagamento corta o acesso de um Estado aos mercados financeiros e compromete o seu regresso durante anos.
As equipas de resgate acreditam que os fragmentos do míssil russo tenham destruído as estruturas do prédio, no 16.º andar, causando ainda um incêndio.
“As operações de resgate estão em andamento para remover detritos e procurar mais pessoas", disse o SES.
"De acordo com dados preliminares, 30 pessoas foram retiradas, incluindo três feridos. Uma pessoa foi morta", acrescentou.
"Em Mariupol, a Força Aérea Russa lançou conscientemente uma bomba no Teatro Dramático, no centro da cidade", disse Volodymyr Zelensky, na noite de quarta-feira, acrescentando ser "ainda desconhecido o número de mortos".
"O mundo deve finalmente admitir que a Rússia se tornou um estado terrorista", alertou.
O Ministério da Defesa russo negou ter bombardeado a cidade e alegou que o edifício foi destruído pelo batalhão ultranacionalista ucraniano Azov.
Mais de mil pessoas estavam no teatro, de acordo com uma mensagem da prefeitura de Mariupol na plataforma Telegram.
- A Ucrânia acusa a Rússia de ter bombardeado um teatro em Mariupol que abrigava "mais de mil civis". O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, adiantou ontem que o edifício está "destruído", mas ainda não há um balanço de vítimas mortais. O Ministério russo da Defesa negou o ataque e alegou que o edifício foi destruído por forças nacionalistas ucranianas.
- O presidente norte-americano, Joe Biden, chamou o homólogo russo, Vladimir Putin, de "criminoso de guerra". O Kremlin respondeu que o comentário do líder dos EUA era uma afirmação "inaceitável e imperdoável".
- No dia em que se completam três semanas desde o início do conflito, há um esboço de paz. Os dois lados revelam esforços no sentido de acabar com a guerra, focados na questão do cessar-fogo, da retirada de tropas russas e ainda a garantia de que a Ucrânia não adere há NATO. No entanto, em Kiev teme-se que estas negociações sejam apenas uma forma de ganhar tempo por parte de Moscovo.
- Na quarta-feira, a Embaixada norte-americana na Ucrânia avançou que dez pessoas foram mortas em Chernihiv quando estavam na fila do pão. Esta cidade foi alvo de novos ataques aéreos, assim como Kharkiv e Zaporizhzhia.
- Terminou há pouco o recolher obrigatório de 35 horas que vigorava na cidade de Kiev desde a noite de terça-feira. O recolher obrigatório tinha sido decretado após o intensificar de bombardeamentos em zonas residenciais.
- Em três semanas de guerra, pelo menos três milhões de pessoas já fugiram da Ucrânia, sendo que a maior parte atravessou a fronteira através da Polónia. Neste conflito, pelo menos 103 crianças morreram, avançam as autoridades ucranianas.
- Depois de falar ao Congresso norte-americano, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky deverá dirigir-se esta quinta-feira ao Bundestag, onde deverá repetir os apelos para o fornecimento de aviões, tropas e o estabelecimento de uma zona de exclusão aérea.