A marchadora portuguesa Inês Henriques assegurou que ainda vai tentar lutar pela introdução dos 50 quilómetros de marcha femininos nos Jogos Olímpicos Tóquio2020, adiados por um ano devido à pandemia de covid-19.
Apesar do adiamento dos Jogos, e face à decisão de fevereiro último do Tribunal Arbitral do Desporto (TAS), a atleta não espera facilidades: “Tendo em conta o que se passou, sei que o Comité Olímpico Internacional (COI) não nos vai facilitar a vida”.
Em 4 de fevereiro, o recurso enviado ao TAS por um grupo de atletas, entre as quais a portuguesa, foi rejeitado, com aquele tribunal a considerar não ter jurisdição para julgar o caso, deitando por terra as aspirações de se aplicar a decisão junto da World Athletics (antiga IAAF) e do COI.
Mesmo assim, a atleta natural de Rio Maior, de 39 anos, reitera a ambição de estar nos Jogos.
“Eu quero estar nos meus quartos Jogos Olímpicos, se não for nos 50, será nos 20 quilómetros. Neste momento, estamos a uma grande distância dos Jogos e, tendo em conta a minha idade, vou trabalhar diariamente e, na altura, definir os objetivos”, frisou.
O reagendamento de Tóquio2020 para o período entre 23 de julho e 8 de agosto de 2021 vai permitir, além da possível ‘batalha’ pela introdução da distância maior no programa de atletismo feminino dos Jogos, uma preparação mais atempada da marchadora.