O grupo criado pela Igreja Católica para acompanhar as situações de abuso sexual na instituição apresenta esta terça-feira o seu terceiro relatório de atividades.
Os dados foram revelados no domingo pela coordenadora do Grupo VITA, a psicóloga Rute Agulhas, em entrevista conjunta à agência Ecclesia e à Rádio Renascença, na qual apontou que a média etária das vítimas que contactaram aquele organismo desde a sua criação, em abril de 2023, se situa nos 54 anos.
Além deste relatório, o Grupo VITA apresenta hoje três estudos que desenvolveu sobre os catequistas e a prevenção do abuso sexual, o conhecimento do abuso infantil dos professores de Educação Moral e as “Vivências do celibato no contexto da Igreja Católica em Portugal”, divulgados no jornal digital 7Margens.
O Grupo VITA foi criado pela Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) na sequência do trabalho da Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica que validou 512 testemunhos de casos ocorridos entre 1950 e 2022, apontando, por extrapolação, para um número mínimo de 4.815 vítimas.
Em abril de 2024, a CEP aprovou a criação de um fundo, “com contributo solidário de todas as dioceses”, para compensar financeiramente as vítimas de abusos sexual no seio da Igreja Católica em Portugal.