Sindicato de técnicos de emergência pré-hospitalar denuncia casos graves de atraso no atendimento de chamadas 112
Foto: João Marques - RTP
Ouvido na RTP3, Rui Lázaro, presidente do sindicato dos técnicos de emergência pré-hospitalar denuncia pelo menos dois casos em que houve atrasos no atendimento das chamadas feitas para a linha 112 e em que houve mortes. Em resposta à RTP, o INEM admite atrasos no atendimento, e que será feita uma análise mais pormenorizadas a estes casos.
Em relação ao caso de Bragança, o caso do homem em paragem cardíaca, o IENM confirma “o atraso no atendimento devido ao volume de chamadas que estavam a ser atendidas nos CODU. Assim que foi possível realizar a triagem, foram prontamente acionados os BV Bragança e a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) do Hospital de Bragança”.
Quanto ao caso de uma doente de Tondela, “não se confirmam 40 minutos de espera para atendimento pelo CODU. A chamada foi transferida às 9h29 pelo 112 e atendida às 9h49 pelo CODU. No entanto, ninguém respondeu. Foi feita nova tentativa de contacto pelo CODU às 9h59 mas a chamada continuou a não ser atendida.”
O INEM acrescenta que “só às 10h17 foi possível ao CODU realizar a triagem clínica, tendo sido acionado o meio diferenciado que se encontrava mais próximo do local e com capacidade de resposta, no caso a Ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIV) de Tondela”.
Sindicato pede medidas urgentes
Em comunicado, o sindicato revela que tem recebido denúncias diárias sobre atrasos no atendimento de chamadas nos CODU e sobre meios de emergência médica encerrados por falta de profissionais.
Garante que já apresentou soluções ao governo que não contribuem para o agravamento das contas públicas, mas que até agora não há qualquer decisão política.