PSD admite coligações autárquicas com liberais. "Iniciativa Liberal faz parte desse leque"

por João Alexandre - Antena 1

Foto: Gonçalo Costa Martins - Antena 1

O coordenador autárquico do PSD considera que sociais-democratas e liberais se podem entender em torno de uma "plataforma" autárquica e, em declarações à Antena 1, aponta como natural o entendimento entre os dois partidos antes das eleições autárquicas previstas para o outono.

"O PSD tem sido o único partido capaz de representar aquilo que nós entendemos como um centro moderado e de bom senso. Por isso, é a única plataforma que nós temos que é capaz de agregar partidos que queiram connosco construir projetos políticos locais - e daí a Iniciativa Liberal também fazer parte desse leque", disse, no programa Entre Políticos, Pedro Alves.

O social-democrata considera, no entanto, que não faz sentido avançar com "imposições" e candidaturas autárquicas que não ouçam as lideranças locais: "Nós não somos um partido que, através do seu diretório nacional, impõe modelos".

E, ainda sobre coligações pré-eleitorais, esclarece: "A nível nacional terá de haver um entendimento de plataformas que permitam a quem está nas bases poder fazer esses acordos, mas deverá, sobretudo, a partir da vontade de quem está no território, perceber se essas coligações fazem sentido", salienta Pedro Alves.

Ainda esta semana, em entrevista ao podcast da Antena 1 Política com Assinatura, o presidente da Iniciativa Liberal tinha deixado a porta aberta a entendimentos, mas sublinhando que não há contactos formais ou informais recentes entre os dois partidos.

"As conversas com o PSD não tiveram mais do que algum tipo de contactos exploratórios - que foram já passados e que têm meses pelo meio", referiu Rui Rocha, que deu conta de um vazio no diálogo com Luís Montenegro: "Eu não falo com a direção e com o presidente do PSD sobre qualquer tema há muitos meses".

Especificamente sobre as eleições autárquicas, o líder liberal adianta que a questão das autárquicas "ficou remetida para a frente" e que não há nenhum tipo de compromisso ou de conversa sobre qualquer coligação pré-eleitoral no país: "Para nenhum tipo de autarquia, incluindo a Câmara Municipal de Lisboa".
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