Rali de Portugal: Ogier espera que "penta" seja prenúncio para o resto do ano
O francês Sébastien Ogier (Ford Fiesta) disse hoje esperar que o seu quinto triunfo no Rali de Portugal seja um prenúncio para as sete últimas provas do campeonato do mundo, que lidera.
"É simbólico, mas foi uma luta dura até ao fim. Achava que não conseguia lutar pela vitória, pelo que é ainda mais saborosa. Conseguimos defender-nos na sexta-feira, para estarmos bem colocados sábado e foi ótimo, até porque conseguimos bons pontos para a equipa", recordou, em conferência de imprensa.
Ogier reconheceu que beneficiou da mudança dos regulamentos, que anteriormente definiam que o líder do campeonato era o primeiro a partir até ao terceiro dia, apontando a sétima prova especial cronometrada, na sexta-feira, na segunda passagem por Ponte de Lima como "o ponto de viragem do rali".
"Depois, o meu ritmo permitiu-me estar na posição que eu gosto de estar, entre os três primeiros, e acho que é um bom sinal para o resto da temporada", frisou Ogier, que se tornou hoje no piloto com mais pontos conquistados no Mundial, com um total de 1.645, mais 20 do que o compatriota Sébastien Loeb, nove vezes campeão do mundo e vencedor de 78 provas.
O francês agradeceu à sua equipa, em especial a Miguel Cunha, mecânico chefe, e a Bernardo Fernandes, engenheiro, que "ficaram muito orgulhosos", apesar de o seu navegador ter sido mais descritivo.
"Foi fantástico o empenho da equipa e esta vitória chegou no momento certo. Temos de estar gratos pelo que fizeram neste novo carro (...) quando chegámos ao 'service park' estavam a chorar como crianças, como se tivesse sido a primeira vitória, percebemos que era especial para eles", afirmou Julien Ingrassia.
Neuville, que desde o início do campeonato demonstrou estar conformado com o pódio, reconheceu estar "satisfeito com o resultado final", apesar das tentativas de se aproximar da frente.
"Tinha a sensação de que seria impossível ganhar tempo, porque tentámos muitas vezes e percebemos que não era possível ganhar mais do que seis segundos. Foram bons avanços, mas hoje, com as especiais de Fafe, era impossível chegar ao 'Seb'", sublinhou o belga, que subiu ao segundo lugar do Mundial, a 20 pontos de Ogier.
Sordo justificou a perda de alguns segundos na secção de hoje com "algumas dificuldades na tração traseira", reconhecendo a necessidade de melhorar o i20 para cumprir "a vontade de lutar por vitórias". Mesmo assim, após o segundo pódio do ano, o espanhol admitiu que "foi um bom fim de semana".
Malcom Wilson, 'patrão' da M-Sport, que lidera o campeonato de equipas, mostrou-se satisfeito pelo triunfo de Ogier em solo português, "depois do desânimo na Argentina", onde o galês Evans Elfyn ficou a 0,7 segundos de Neuville.
"Foi um grande passo para a equipa. Fizemos um grande trabalho. Espero que nos consigamos manter nesta direção até ao fim da temporada", rematou o antigo piloto.
O Mundial de ralis regressa entre 08 e 11 de junho, com a sétima prova, o Rali da Sardenha.