Decisão da ADoP critica Conselho de Disciplina da FPF
A Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP) considera que o seleccionador nacional, Carlos Queiroz, questionou a legitimidade do controlo antidoping em Maio, aquando do estágio da selecção nacional na Covilhã.
O documento de 31 páginas é assinado pelo presidente do Instituto do Desporto de Portugal, Luís Sardinha, o qual depende directamente do secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias.
Luís Sardinha liderou este processo, porque o presidente da ADoP, Luís Horta, ter-se-á declarado impedido por ter sido o principal visado pelos insultos alegadamente proferidos por Carlos Queiroz na Covilhã.
De acordo com o Público, o acórdão contesta factos que foram dados como provados pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), nomeadamente os termos com que o técnico se dirigiu aos membros da ADoP que pretendiam realizar o controlo antidoping.
A ADoP alega que Carlos Queiroz nunca tentou convencer os médicos a esperar que os jogadores acordassem e considera que o técnico questionou a legitimidade do controlo: "Não pode aceitar-se como tolerável que uma organização nacional antidopagem seja recebida pelos visados, numa acção de controlo, nos termos graves em que o foi feito".
Carlos Queiroz foi notificado da suspensão de seis meses imposta pela ADoP ao final do dia de quarta-feira. O seu advogado, Rui Patrício, já anunciou que vai recorrer da decisão.