Sete líderes europeus, incluindo o primeiro-Ministro português, pedem às autoridades de Caracas para divulgarem as atas eleitorais. Num comunicado conjunto, divulgado pela Presidência francesa, expressam "grande preocupação com a situação na Venezuela".
Os líderes europeus referem que "a oposição recolheu e publicou mais de 80 por centos das folhas de contagem e que "a verificação é essencial para reconhecer a vontade do povo venezuelano".
“Apelamos às autoridades venezuelanas para que divulguem prontamente todas as folhas de contagem para garantir a total transparência e integridade do processo eleitoral”.
Condenam ainda as detenções ou ameaças do regime e garantem apoiar o apelo por democracia e paz.
“Os direitos de todos os venezuelanos, especialmente os líderes políticos, devem ser respeitados durante esse processo”, acrescentam. “A vontade do povo venezuelano, bem como o seu direito de protestar pacificamente e a liberdade de reunião também precisam ser respeitados”.
“Continuaremos com os nossos parceiros acompanhando de perto a situação e apoiando o apelo por democracia e paz do povo venezuelano”.
Joint statement by France, Italy, Germany, Spain, the Netherlands, Poland and Portugal on Venezuela, following last Sunday’s presidential election:https://t.co/JljQF79GuT
— Élysée (@Elysee) August 4, 2024
O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, apoia a posição do Governo de Portugal e de outros seis países europeus que exigem transparência dos resultados das eleições na Venezuela.
Na passada segunda-feira a Comissão Nacional de Eleições da Venezuela proclamou Nicolás Maduro vencedor das eleições presidenciais realizadas no domingo, com 51,2% dos votos.
Por sua vez, o bloco maioritário da oposição publicou os resultados no seu portal na Internet, que alegadamente deram uma vitória esmagadora ao seu candidato, Edmundo González Urrutia, que conta com o apoio da líder da oposição María Corina Machado, impedida pelo regime `chavista` de participar nas eleições.
Desde então têm-se sucedido manifestações, especialmente contra o regime de Nicolás Maduro, algumas violentamente reprimidas.
Já morreram pelo menos 13 pessoas e foram detidas mais de 1.200.