Electrão e Câmara da Amadora recolhem gratuitamente grandes eletrodomésticos porta-a-porta

por Nuno Patrício - RTP
Alexandra Schuler/dpa via Reuters

A Câmara Municipal da Amadora e o Electrão estabeleceram uma parceria para prestar um serviço diferenciado aos munícipes, a partir desta segunda-feira, que passa pela recolha porta-a-porta de grandes equipamentos elétricos usados.

Este serviço, totalmente gratuito, abrange as seis freguesias do concelho: Águas Livres, Alfragide, Encosta do Sol, Falagueira-Venda Nova, Mina de Água e Venteira.

Para solicitar este serviço de recolha o munícipe tem de entrar em contacto com os serviços municipais, através do número de telefone 214 369 040, para agendar a recolha. A câmara depois articula o processo com o Electrão, e na data e horário combinado a equipa Electrão irá recolher o equipamento elétrico diretamente em casa do cidadão.
Para que possa usufruir do serviço, o munícipe deve ter para entrega, pelo menos, um equipamento elétrico de grandes dimensões, como um frigorífico ou uma máquina de lavar, mas no momento da recolha poderá aproveitar para entregar à equipa do Electrão outros equipamentos de menor dimensão, como telemóveis, lâmpadas ou pilhas e baterias usadas.

O municipio da Amadora é o oitavo concelho da Área Metropolitana de Lisboa, a dispor deste serviço gratuito de encaminhamento de equipamentos elétricos para reciclagem com recolha diretamente em casa, a pedido do cidadão.

Com esta parceria, o Electrão e a autarquia da Amadora esperam conseguir melhorar os resultados da recolha destes resíduos no concelho e contribuir assim para o cumprimento dos objetivos nacionais e das metas estabelecidas por Bruxelas.

“Com este serviço, que agora fica disponível na Amadora, o cidadão pode solicitar a recolha dos grandes eletrodomésticos que estão fora de uso. Todos os equipamentos elétricos recolhidos são encaminhados para reciclagem em unidades especializadas para o efeito que asseguram a descontaminação e, consequentemente, a proteção da saúde pública e do ambiente”, sublinha o Diretor-Geral de Equipamentos Elétricos e Pilhas e Baterias, Ricardo Furtado.

A Presidente da Câmara Municipal da Amadora, Carla Tavares, considera que “a Amadora dá assim um passo muito importante na redução dos impactos ambientais provocados por certos componentes destes eletrodomésticos de grandes dimensões, diminuindo ainda o ruído visual ao retirar das ruas estes equipamentos em fim de vida útil”.
Facilitar a vida ao cidadão e promover a reutilização

Ao contrário do que acontece com as embalagens e com as pilhas, que podem ser facilmente transportadas pelos consumidores, os grandes equipamentos elétricos podem colocar problemas a alguns cidadãos que, por várias razões, não têm capacidade de os carregar até um local oficial de deposição.

A equipa de recolha do projeto porta a porta do Electrão assegura a movimentação do equipamento entre a casa, arrecadação ou garagem, até ao veículo de transporte, e assegura depois o correto encaminhamento para reciclagem.

No âmbito do projeto são também sinalizados equipamentos que ainda estão a funcionar e que são, posteriormente, entregues a instituições promovendo a reutilização e aliando-a a uma causa social. Combater o mercado paralelo e a acumulação
Muitos equipamentos elétricos de grandes dimensões, que são colocados na via pública para serem transportados pelos serviços municipais, acabam por ser desviados do circuito oficial antes da chegada da viatura de recolha de resíduos. E com esta solução pretende-se, também, dar resposta à problemática que constitui o mercado paralelo.

Este serviço inovador pretende ainda colmatar algumas lacunas que se verificam ao nível da logística inversa, ou seja, quando é recolhido um equipamento usado na compra de um novo. Este projeto do Electrão permite ainda travar a tendência de acumulação de equipamentos elétricos nas habitações.

As recolhas porta a porta permitem garantir que 99% dos equipamentos estão completos, o que significa que todos os componentes nocivos para o ambiente podem ser eliminados em segurança em unidades especializadas. Esta prática promove, também, a redução de custos ambientais e de tratamento.
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