Volta sobe, sobe até à Senhora da Graça

por Mário Aleixo - RTP
A serpentina colorida começa a partir desta terça-feira a subir as montanhas do país Epa-Nuno Veiga

Com partida de Macedo de Cavaleiros (13h10) e chegada a Mondim de Basto (17h27), no Alto da Senhora da Graça, a 4ª etapa da Volta a Portugal vai definir quem são os verdadeiros candidatos à camisola amarela final. Trata-se da mais carismática “tirada” da corrida portuguesa com a meta no Monte Farinha (montanha de 1ª categoria).

Os 131 corredores partem às 13h10 de Macedo de Cavaleiros e só ao quilómetro 54,3 encontrarão o primeiro “ponto quente”, uma meta volante em Murça, que antecede a contagem de terceira categoria do Alto do Pópulo (64,3).

Depois de ultrapassarem a meta volante de Vila Real (92,8) e de recolherem mantimentos no abastecimento apeado, os ciclistas vão começar a subir ao Alto do Velão, uma contagem de segunda categoria à qual chegarão após 17,6 quilómetros de escalada.

À primeira grande dificuldade da jornada de 152,7 quilómetros até ao ponto mais alto do Monte Farinha, localizada ao quilómetro 114,3, segue-se um breve respiro, com direito a passagem na meta volante de Mondim de Basto (141,4), antes do derradeiro dos testes.

Será um pelotão já muito fracionado aquele que empreenderá a subida de quase oito quilómetros ao alto da Senhora da Graça, uma das mais simbólicas chegadas da Volta a Portugal.

Margem mínima para Alarcón

O ciclista espanhol Raúl Alarcón (W52-FC Porto) vai escalar de amarelo a Senhora da Graça, ponto final da quarta etapa da 79.ª Volta a Portugal, tendo pouco margem para gerir no maior teste à sua liderança.

Raúl Alarcón parte para a primeira etapa de montanha, que termina no alto da Senhora da Graça, um topo de primeira categoria, com seis segundos de vantagem sobre Alejandro Marque (Sporting-Tavira) e 12 para Domingos Gonçalves (RP-Boavista).

Neste pelotão, só Gustavo Veloso (W52-FC Porto), o grande favorito ao triunfo final e quinto classificado da geral, a 17 segundos do seu companheiro Alarcón, Filipe Cardoso e Rui Sousa (RP-Boavista) conhecem a sensação de erguer os braços no Monte Farinha, depois de terem vencido a etapa, respetivamente, em 2016, 2015 e 2012.

Da etapa de segunda-feira fica o registo da vitória ao “sprint” de Bryan Alaphillippe, da Armée de Terre, a equipa francesa que já conquistou duas vitórias em etapas nesta edição da prova.



A partir desta terça-feira a Volta percorrerá as estradas de Portugal num autêntico sobe e desce que se prevê muito desgastante.
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