Sonho leonino da Liga dos Campeões acaba na festa do Dragão

por RTP
Sporting caiu no Dragão diante do bicampeão nacional FC Porto LUSA

O campeão FC Porto venceu hoje o Sporting por 2-0 e reforçou ainda mais a liderança da Liga. Por outro lado, os "leões" viram morrer o sonho de chegar à Liga dos Campeões na próxima temporada. Hulk, de grande penalidade aos 82 minutos e aos 89, marcou os golos da festa portista no Estádio do Dragão.

Dois golos de Hulk "selaram" o "clássico" entre o FC Porto e o Sporting, da 29.ª jornada da Liga portuguesa de futebol, arrendando o "leões" da luta pela qualificação para a Liga dos Campeões.

Naquele que pode ter sido o jogo de despedida do "Incrível" no Estádio do Dragão, os portistas - que entraram com o estatuto de bicampeões - fizeram valer o seu futebol, descomprimido mas não descomprometido, pois foram sempre superiores.

O Sporting, que precisava de vencer para se manter na luta pelo terceiro lugar, revelou algum nervosismo e só em jogadas de velocidade conseguiu levar algum perigo ao reduto dos "dragões", sendo que apenas caiu quando ficou em inferioridade numérica.

Vítor Pereira voltou a apostar num "onze" sem ponta de lança, tal como aconteceu na jornada anterior, na Madeira, onde os portistas venceram o Marítimo por 2-0.

Sem referência de área, claramente se percebeu que a equipa da casa optava por movimentos mais rápidos no ataque, com Hulk, Varela, James Rodriguez e Lucho Gonzalez a deambular entre a defesa visitante.

O Sporting, por sua vez, arrancou "coxo" no que diz respeito aos planos de Sá Pinto: João Pereira e Izmailov ainda apareceram na ficha oficial a integrar o "onze", mas ressentiram-se de lesões durante o aquecimento e deixaram de ser opção.

Entraram para os seus lugares Carrilho e Pereirinha, enquanto Evaldo e Xandão passaram da "bancada" para o banco de suplentes.

O jogo começou com um lance rápido dos visitantes, mas Maicon conseguiu tirar a Van Wolfswinkel aquele que poderia ter sido o golo mais "madrugador" do campeonato.

As duas equipas entregaram-se ao jogo com velocidade e empenho, mas as oportunidades claras de golo na primeira parte foram escassas, apesar da bola ter estado, com frequência, junto das duas balizas.

O conforto dos "dragões" permitia trocas de bola que empolgaram as bancadas, mas o Sporting ia respondendo com mais incisão, sobretudo através da velocidade do espanhol Capel e do peruano Carrilho, jogador que manteve aceso duelo com o brasileiro Alex Sandro.

Aos 43 minutos, Varela entrou na área contrária e rematou contra Onyewu, em lance que motivou acesos protestos portistas, alegando que o defesa terá jogado com um braço.

Na resposta, Ínsua avançou em velocidade e rematou ainda de fora da área, de zona frontal, mas a bola passou a centímetros da barra.

O segundo tempo começou com a mesma "aceleração" e aos 51 minutos, sem preparação e de fora da área, Polga rematou ao poste esquerdo de Helton.

Dois minutos depois, Varela apareceu isolado na área sportinguista,
mas foi lento e permitiu que a defesa resolvesse.

Aos 57 minutos, Danilo e Janko renderam Sapunaru (não jogará na última jornada, por ter visto cartão amarelo) e Varela.

Logo a seguir, Sá Pinto trocou Carrilho por Jeffrén e o venezuelano
quase marcou, rematando de pronto após cruzamento de Ínsua, falhando o alvo por pouco.

Aos 67 minutos, o Sporting ficou reduzido a 10 unidades, por expulsão de Onyewu, que travou à margem das regras Hulk, quando este se preparava para visar as redes de Patrício.

Mas, a vantagem numérica não foi imediatamente aproveitada pelos portistas, nem quando de Janko, aos 77 minutos, esteve cara a cara com o golo, mas meteu mal o pé à bola, a cruzamento milimétrico de Danilo.

O jogo seria resolvido, aos 81 minutos, pela cabeça fria de James Rodriguez, que "sacou" um penálti a Polga (expulso) e pelo pontapé certeiro de Hulk, de grande penalidade.

Com apenas nove jogadores, o Sporting sofreu com a maior intensidade do ataque portista, e Janko voltou a falhar novo golo, com Patrício a defender à queima-roupa.

Até que Hulk, a um minuto dos 90, resolveu recordar as razões que fazem dele a estrela dos "dragões", arrancando em velocidade na intermediária contrária, deixando dois defesas para trás, fazendo o mesmo com Rui Patrício e fechando as contas do "clássico".

O Sporting ficou impossibilitado de responder, tanto mais que Pereirinha se lesionou e deixou a equipa a jogar com oito jogadores até final.

C/LUSA
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