Os incêndios em Sever do Vouga e na Serra da Estrela estão em fase de resolução, "sem perigo de propagação", segundo o `site` da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Em Sever do Vouga, na região de Aveiro, pelas 15:00 encontravam-se mobilizados 128 operacionais, apoiados por 42 veículos.
Já no Sabugal, na Serra da Estrela, estavam 60 operacionais, 15 meios terrestres e dois meios aéreos.
Hoje, durante o `briefing` em Carnaxide, Oeiras, o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes, disse que foram registados 12 incêndios até às 12:00.
No total, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) contabilizou 52 ocorrências até às 12:00, com um reforço de "682 operacionais a somar aos mais de 14.000 que já estão em situação operacional".
"Temos 12 ocorrências neste momento que carecem de atenção, que envolvem 516 operacionais, 169 meios terrestres e um meio aéreo", disse André Fernandes, durante o `briefing` de hoje em Carnaxide, Oeiras.
De acordo com o comandante, a região norte é a que tem sido mais fustigada pelos fogos, com 61% dos incêndios esta semana em Portugal continental, apontando para "cinco ocorrências significativas" em Fafe, Cabeceiras de Basto, Aveiro e Serra da Estrela.
André Fernandes explicou que os cinco incêndios estavam a ser combatidos por 514 operacionais, 145 meios terrestres e 13 meios aéreos.
A ANEPC aumentou hoje o estado de alerta e prontidão dos meios de socorro para o nível mais elevado, na segunda e terça-feira, devido ao risco de incêndio na generalidade do continente.
André Fernandes apelou mais uma vez aos cidadãos para colaborarem com as autoridades e evitarem comportamentos de risco nestes dias, adotando medidas de proteção face a eventuais situações de perigo.
A ANEPC já iniciou a emissão de avisos à população, através de SMS, sobre o perigo de incêndio rural.
Após o alerta das entidades de proteção civil, também o Governo declarou Situação de Alerta para todo o território do continente até às 23:59 de terça-feira com medidas excecionais devido ao agravamento do perigo de incêndios rurais.
A Situação de Alerta implica várias medidas excecionais, como a proibição do acesso e circulação em vários espaços florestais, proibição da realização de queimadas e de trabalhos em florestas com recurso a maquinaria (com exceção para as situações de combate a incêndios rurais).
A Câmara de Sintra, no distrito de Lisboa, anunciou o encerramento, neste período, do perímetro florestal da Serra de Sintra, assim como de parques e monumentos localizados no seu interior, como o Palácio Nacional da Pena, o Convento dos Capuchos, o Palácio de Monserrate e a Quinta da Regaleira.
O uso de fogo-de-artifício ou outros artefactos pirotécnicos estão proibidos neste período, incluindo os que já tinham autorizações emitidas.
A declaração de Situação de Alerta pelo Governo prevê ainda a libertação de outras funções de bombeiros voluntários para reforço do dispositivo de combate aos fogos.
As circunstâncias meteorológicas que elevam o risco de fogo são as temperaturas elevadas previstas para os próximos dias e o vento quente e seco do quadrante de leste que, nalgumas áreas, será de 30 quilómetros (km) por hora, mas com rajadas que podem ir até aos 70km.